Os filhos dos dirigentes africanos que amealham fortunas
Dinastias económicas formadas nas costas de dinastias políticas existentes
PRETORIA (ANITA POWELL) — O continente africano tem muitos exemplos de dinastias económicas – em que os responsáveis políticos e financeiros transferem enormes fortunas para os filhos, algumas vezes de forma que provocam alegações de corrupção.
As famílias que são vistas como capitalizando na predominância política e na riqueza dos pais.
Um novo clube emerge em África: os filhos dos dirigentes de longa data que amealham fortunas consideráveis enquanto as populações se debatem na miséria.
Na Guiné Equatorial, o Banco Mundial avalia que 12 de cem crianças morrem antes de chegar ao quinto aniversário.
O filho do dirigente de longa data comprou um aparelho a jacto, uma mansão em Malibu e um relógio que custou quase quatro milhões de dólares. Todavia o salário do governo de Teodoro Nguema Obiang não chega a 100 mil dólares.
Em 2007, os Estados Unidos despenderam quase sete milhões de dólares num programa para alimentar as crianças da escola na empobrecida República do Congo.
Em 2006, o presidente Denis Sassou-Nguesso e a sua comitiva despenderam mais de 150 mil dólares em serviço de hotel durante as cinco noites de visita para a Assembleia Geral da ONU.
Em 2007, o grupo Global Witness documentou que o filho do presidente gastou centenas de milhares de dólares em compras feitas no estrangeiro.
E assim por diante, dizem os críticos, que muitos destes descentes ricos têm uma coisa em comum: a corrupção.
Este ano, a revista financeira Forbes anunciou o aparecimento da primeira mulher Africana bilionária. Isabel dos Santos afirma ter angariado a sua riqueza através de trabalho árduo e decisões comerciais audazes.
Ela é a filha do presidente angolano de longa data – um facto que leva muitos críticos a questionar como foi que ela ganhou muitos dos contratos lucrativos do governo.
Arvinda Ganesan da Human Rights Watch tem passado ano a estudar a corrupção, centrando-se na Guiné Equatorial e em Angola.
“O que é admirável nestas duas dinastias é que a riqueza vem à luz, através de processos legais como no caso dos Obiang ou através de trabalho de investigação, ou do anúncio de que Isabel dos Santos é agora a mulher mais rica de África, tem de se olhar para a história. O que a história demonstra é que virtude do relacionamento com o governo, eles são capazes de obter investimentos lucrativos ou acesso a receitas lucrativas para poderem construir as suas riquezas”.
Ganesan acrescenta ser necessário dar mais atenção a como estas famílias obtêm o dinheiro.
“A imagem de dinastias económicas formadas nas costas de dinastias políticas existentes. É uma razão para posterior escrutínio como o governo recebe o dinheiro e como o gasta.”
Investigadores franceses desde há muito que analisam a família Sassou-Nguesso, da República do Congo, como angariou muitas residências luxuosas em França.
E o departamento da Justiça dos Estados Unidos tentou recentemente apreender o aparelho a jacto de Obiang, argumentando que foi adquirido por meios ilícitos.
A tentativa falhou por falta de provas, sendo de esperar outras acções do género.
Os pesquisadores referem ser necessária pressão interna e externa para tentar resolver possíveis abusos e reduzir as suspeitas de corrupção.
Corinna Gilfillan da Global Witness considera que uma forma de acabar com os responsáveis corruptos no dinheiro que amontoaram.
Diz ela desejar ver que os Estados Unidos reprimam o dinheiro corrupto que entra na América, o que pode ser feito congelando os bens de autoridades corruptas, ou impedido mesmo que o dinheiro entre nos Estados Unidos.
Corinna recomenda que os bancos prestem mais atenção de onde é proveniente o dinheiro dos investidores, e que aumenta a tendência dos dirigentes ricos, não apenas em África como ao redor do mundo.
As famílias que são vistas como capitalizando na predominância política e na riqueza dos pais.
Um novo clube emerge em África: os filhos dos dirigentes de longa data que amealham fortunas consideráveis enquanto as populações se debatem na miséria.
Na Guiné Equatorial, o Banco Mundial avalia que 12 de cem crianças morrem antes de chegar ao quinto aniversário.
O filho do dirigente de longa data comprou um aparelho a jacto, uma mansão em Malibu e um relógio que custou quase quatro milhões de dólares. Todavia o salário do governo de Teodoro Nguema Obiang não chega a 100 mil dólares.
Em 2007, os Estados Unidos despenderam quase sete milhões de dólares num programa para alimentar as crianças da escola na empobrecida República do Congo.
Em 2006, o presidente Denis Sassou-Nguesso e a sua comitiva despenderam mais de 150 mil dólares em serviço de hotel durante as cinco noites de visita para a Assembleia Geral da ONU.
Em 2007, o grupo Global Witness documentou que o filho do presidente gastou centenas de milhares de dólares em compras feitas no estrangeiro.
E assim por diante, dizem os críticos, que muitos destes descentes ricos têm uma coisa em comum: a corrupção.
Este ano, a revista financeira Forbes anunciou o aparecimento da primeira mulher Africana bilionária. Isabel dos Santos afirma ter angariado a sua riqueza através de trabalho árduo e decisões comerciais audazes.
Ela é a filha do presidente angolano de longa data – um facto que leva muitos críticos a questionar como foi que ela ganhou muitos dos contratos lucrativos do governo.
Arvinda Ganesan da Human Rights Watch tem passado ano a estudar a corrupção, centrando-se na Guiné Equatorial e em Angola.
“O que é admirável nestas duas dinastias é que a riqueza vem à luz, através de processos legais como no caso dos Obiang ou através de trabalho de investigação, ou do anúncio de que Isabel dos Santos é agora a mulher mais rica de África, tem de se olhar para a história. O que a história demonstra é que virtude do relacionamento com o governo, eles são capazes de obter investimentos lucrativos ou acesso a receitas lucrativas para poderem construir as suas riquezas”.
Ganesan acrescenta ser necessário dar mais atenção a como estas famílias obtêm o dinheiro.
“A imagem de dinastias económicas formadas nas costas de dinastias políticas existentes. É uma razão para posterior escrutínio como o governo recebe o dinheiro e como o gasta.”
Investigadores franceses desde há muito que analisam a família Sassou-Nguesso, da República do Congo, como angariou muitas residências luxuosas em França.
E o departamento da Justiça dos Estados Unidos tentou recentemente apreender o aparelho a jacto de Obiang, argumentando que foi adquirido por meios ilícitos.
A tentativa falhou por falta de provas, sendo de esperar outras acções do género.
Os pesquisadores referem ser necessária pressão interna e externa para tentar resolver possíveis abusos e reduzir as suspeitas de corrupção.
Corinna Gilfillan da Global Witness considera que uma forma de acabar com os responsáveis corruptos no dinheiro que amontoaram.
Diz ela desejar ver que os Estados Unidos reprimam o dinheiro corrupto que entra na América, o que pode ser feito congelando os bens de autoridades corruptas, ou impedido mesmo que o dinheiro entre nos Estados Unidos.
Corinna recomenda que os bancos prestem mais atenção de onde é proveniente o dinheiro dos investidores, e que aumenta a tendência dos dirigentes ricos, não apenas em África como ao redor do mundo.
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