terça-feira, 13 de agosto de 2013

MOÇAMBIQUE: Governo e a RENAMO oposição em Moçambique prosseguem diálogo imbatível de surdos. Ninguém entende ninguém, nem ninguém quer ouvir alguém.

Moçambique: Governo e Renamo prosseguem diálogo de surdos

A Renamo exige paridade numérica na composição da Comissão Nacional de Eleições como condição para participar nas eleições de Novembro.
Participação de Renamo nas eleições parece cada vez menos provável
Participação de Renamo nas eleições parece cada vez menos provável

TAMANHO DAS LETRAS
 
Simião Pongoane voa
Radz Balumuka www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
Em Moçambique, o governo e a Renamo estão ainda longe de alcançarem um consenso relativamente à composição da Comissão Nacional de Eleições, uma situação que põe em causa a participação do segundo maior partido moçambicano nas eleições de Novembro.
A distância entre as duas partes coloca a Renamo muito longe de participar nas eleições municipais de 20 de Novembro próximo, já que a sessão extraordinária do parlamento que devia debater a revisão da lei eleitoral no espírito do diálogo político entre o governo e a Renamo termina na quinta-feira.

Nenhuma das duas partes em diálogo submeteu o assunto a Assembleia da República e faltam apenas três dias para o fim da sessão extraordinária.

A Renamo aguarda por um acordo político com o governo para levar o assunto ao Parlamento, segundo afirma Angelina Enoque, chefe da bancada parlamentar do maior partido da oposição em Moçambique.

Para o governo, a questão da paridade numérica na composição da Comissão Nacional de Eleições, exigida pela Renamo viola a Constituição da República e por isso não pode ser acomodada.

Neste contexto, a Renamo vai mesmo ficar fora das eleições de Novembro próximo a menos que haja milagre de última hora no diálogo entre as duas partes. Aliás, até Quinta-feira os deputados estão em prontidão para receber e debater o assunto. O apelo à prontidão foi feito pela presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, no final da sessão desta segunda-feira.

Entretanto, em Muxungue, província de Sofala os guerrilheiros da Renamo e as forcas do governo trocaram tiros no fim-de-semana que provocaram a morte de pelo menos duas pessoas. Algumas fontes dizem que as vitimas são civis e outras falam de soldados do governo.

As duas partes não dizem nada sobre o incidente que terá ocorrido em Pandja, perto da sede do posto administrativo de Muxungue, onde termina a zona de exclusão imposta pela Renamo em alegada defesa ao bastião do seu líder Afonso Dhlakama
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