sexta-feira, 29 de novembro de 2013

LISBOA: Parlamento português recusa condenar assassinato de ativistas angolanos

Parlamento português recusa condenar assassinato de ativistas angolanos

Divulgação: Planalto De malanje Rio Capôpa
Parlamento português recusa condenar assassinato de ativistas angolanoss
O voto apresentado pelo Bloco de Esquerda, que condenava os assassinatos dos ativistas Alves Kamulingue, Isaías Cassule e Manuel "Ganga" e pedia a libertação dos presos políticos em Angola foi chumbado pelas bancadas do PSD, PS, CDS, PCP e Verdes. Seis deputados socialistas votaram a favor da condenação e outros oito abstiveram-se. Um deputado do PSD pediu para registar em ata que saiu da sala no momento da votação.
A iniciativa do Bloco de Esquerda contou com o apoio dos deputados socialistas João Soares, Isabel Moreira, Ana Paula Vitorino, Eduardo Cabrita, Gabriela Canavilhas e Maria Antónia Almeida Santos. Na bancada do PS abstiveram-se os deputados Pedro Delgado Alves, Jorge Lacão, Francisco Assis, Carlos Enes, Catarina Marcelino, Elza Pais, Nuno Sá, Filipe Neto Brandão. E um deputado do PSD, Mário Simões,  pediu para que ficasse registado em ata que não estava presente na sala na altura da votação.
O voto de condenação proposto pelo Bloco de Esquerda referia-se aos dois veteranos do exército angolano que desapareceram em maio de 2012, na altura em que organizavam protestos em defesa dos direitos de milhares de desmobilizados. Nas últimas semanas foi revelado que Alves Kamulingue e Isaías Cassule tinham sido raptados, torturados e executados pela polícia secreta do regime de Eduardo dos Santos.
O terceiro assassinato ocorreu este fim de semana, na véspera da manifestação apoiada pela oposição, quando Manuel Carvalho “Ganga”, militante do partido CASA-CE, colava panfletos com outros companheiros a denunciar os assassinatos dos dois ativistas. Segundo relatos de testemunhas, Manuel "Ganga" foi assassinado a tiro por elementos da guarda presidencial logo após a detenção.
Tal como a manifestação, reprimida por forças policiais e militares que prenderam cerca de 300 pessoas, também o funeral de Manuel "Ganga" foi bloqueado pela polícia, com elementos desconhecidos a lançarem petardos contra as pessoas que participavam no cortejo fúnebre.

Esquerda.net

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