A VELHA CASA-CE TERÁ PARIDO UMA CASA-CE NOVA! SERÁ MESMO?
Os caminhos que levam a liberdade tendem em ser intransigentes,
e sinuosamente obscuros.
Fonte: Planalto de Malanje Rio Capopa/Raul Diniz
Sexta Feira, 09/09/2016
Fonte: Planalto de Malanje Rio Capopa/Raul Diniz
Sexta Feira, 09/09/2016
Angola parece um barco
inavegável, que segue desorientado por águas turvas, inseguro, e sem comando
inteligentemente hábil para leve-lo a bom porto.
A CASA-CE de Abel Chivukuvuku realiza o seu congresso com
objetivo singular de componentizar a base de sustentação politica da sua
coligação com a simples finalidade de transforma-la em partido político.
Como diz o ditado, não se comem horticultas quando não as
cultivamos.
Porém, a criação de um partido politico não se conforma
apenas com pormenores lúdicos indecifráveis a olho nu. Não se constituem nos
tempos de hoje, partidos com sinais politicamente inidentificáveis, como também
não se faz omeletes sem ovos,
Não é conveniente construir um partido fundamentando-se em
variedades de condicionalismos de correntes politico-ideológicos.
Por outro lado, também não se pode continuar a proliferar o
país com o surgimento de partidos políticos com aparências presunçosos na sua
orientação ideológica, sobretudo quando neles se encontram sinais de
domesticidade politica preponderante na sua base de criação.
Até o momento em que
findou o congresso não foram conhecidas nem esclarecidas, e/ou foi mencionado
publicamente qual será o segmento de linhagem politica a seguir por esse novo
partido. O novo partido será de esquerda, de direita ou do centro?
A situação política em Angola esta demasiada inflacionada
com as assimetrias politicas para comportar mais um partido aventureiro
qualquer, aliás, espera-se que esse partido venha a somar para uma
incrementável democracia viável como os angolanos esperam.
A nova CASA-CE de Chivuku, Miau e Tonet terão de demarcar-se
do modo envelhecido de fazer politica de patrulhamento controlado antipopular.
Espera-se que a vontade de defender o povo contras as atrocidades infligidas
pelo MPLA prevaleça no interior da nova CASA-CE, e acima de tudo proceda de
maneira diferente a do MPLA partido antipopular.
O Presidente do MPLA e da republica é de facto velho e enferrujado,
faz-se necessário joga-lo urgentemente para o ferro velho.
Além disso, o partido MPLA possui um discurso apesar de
violento não passa de um discurso desgastado, descabido, cujas bases não se
identificam neles, pois essa ação discursiva a muito ecoa vazia por o mesmo ser
de difícil decifração. Em suma, o atual MPLA é um partido totalitarista, e
funciona como macaco manco desavergonhado.
Aguarda-se do novo partido, um novo tempo, de um novo
momento que permita trazer novos proventos menos promiscui para impulsionar o
surgimento de estágios de alta politica em Angola.
Espera-se igualmente que a nova casa não se mantenha de
cócoras nem em incomoda dependência permanente da vontade explicita do ditador.
Acredita-se no empenho da direção da nova
CASA-CE para distanciar-se da face inebriante da antiga CASA-CE, e não limite o
seu espaço politico passeando-se garbosamente pelos corredores da casa da
opressão (leia-se assembleia nacional).
Esperamos todos angolanos de bem, que o novo partido nascido
do congresso da CASA-CE não comporte negativamente, como se fosse um simples
affaire politico entre o MPLA e a casa novinha em folha.
Por outro lado, aguarda-se que a CASA-CE enquanto partido
não caminha atrelada as jogadas dúbias do partido da situação, nem ceda espaço
ao medo de erigir argumentos em defesa do povo participando ativamente em
manifestações de rua apertados ao coração sofrido do povo.
A mediocridade
governativa é clara, e está explicitamente comprometido com o redundante
pensamento estridente de José Eduardo dos Santos, o mentor da condicionante
concupiscência compulsiva nepotista insustentável, e da corrupção
institucionalizada.
A casa enquanto partido politico, terá que romper
frontalmente com o atual sistema político iníquo, e não deixar confundir a sua
mensagem com a do partido no poder, mas principalmente para não fazer e trazer
mais do mesmo para o xadrez politico nacional.
A CASA-CE no meu
entender precisa de perceber a urgente liceidade pretendida da elevação do
discurso político-partidário, só assim se compreenderá a sua transformação em
partido politico. Visto de outro prisma, a CASA-CE como partido terá que
possuir um excelente jogo de cintura, que lhe permita trazer uma florescente mensagem
inovadora de combate politico frontal contra as forças retrogradas que defendem
o nepotismo, corrupção, roubo, fome, e miséria.
Sobretudo terá de
impor-se contra tudo e todos, que de uma maneira ou de outra tentam a todo
custo inviabilizar o direito do povo de exercitar a sua cidadania, e reivindicar
o direito das liberdades constitucionalmente defendidas.
O partido CASA-CE terá que trazer uma mensagem diferenciada,
sem ruídos disformes,
Não existirá uma CASA-CE forte como partido politico caso
não rompa frontalmente com o sistema político-social iníquo, que prevalece em Angola.
Também terá que se modernizar para libertar-se do ostracismo em que se remeterá
no passado recente.
Caso o partido novo
de Chivukuvuku não se demarque rapidamente do aparelhado sistema governativo
atual, o contencioso que tem com a sociedade irá envenenar grandemente as
eventuais possíveis relações entre esse partido e a sociedade civil
inteligente, e sem dúvidas acarretará grande transtornos ao novo partido.
EM POLITICA AS COISAS NÃO DEVEM APENAS SER ELAS TERÃO
IGUALMENTE QUE PARECER. SOMENTE DESSE MODO AJUDARIA A DESANUVIAR A PENDENCIA
JUSTIFICÁVEL OU NÃO DE UMA EVENTUAL, REAL E/OU VERDADEIRA DEPENDÊNCIA DE
CHIVUKUVUKU EM RELAÇÃO AO PRESIDENTE DO MPLA JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS. ESSA
QUESTÃO TEM SIDO COLOCADA E PÕE EM CAUSA A IDONEIDADE POLÍTICA CREDÍVEL DO NOVO
PRESIDENTE DA NOVA CASA-CE.
Repito, em politica as coisas não podem apenas ser elas têm
que parecer também o que realmente são.
O aparecimento da
CASA-CE como partido não pode parecer-se como uma iminente peça de ilusão a lá
David Copperfield. Abel Chivukuvuku não pode aparecer no teatro das operações
politicas como um insipiente fazedor de magicas de realização politica
conjugação medieval.
A CASA-CE para ser
levada a sério terá que em primeiro lugar romper abruptamente com o seu
insólito passado de paralisia e dar fim ao período do fragmentado estado de
inercia politica abjugativa.
É licito receber de braços semiabertos o novo partido e também
agraciar a nova CASA-CE com o beneficio da dúvida. O cidadão deve sim dar as
boas vindas ao mais recente agremiação politica, mesmo que por enquanto seja um
partido decidido politicamente em congresso.
Apesar de até o momento não se saber qual será a base e
orientação politico-ideológico e/ou também qual será a sua exponente mensagem,
ainda assim, espera-se que o surgimento da CASA nova, não seja tão envelhecido
quanto é ou foi à antiga CASA-CE.
ESPERA-SE QUE A NOVA CASA DE CHIVUKUVUKU, TONET E MIAU NÃO
SEJA MAIS UM PARTIDO APENAS. MAS SEJA UM PARTIDO QUE CHEGOU PARA MARCAR A
DIFERENÇA, NÃO SE ESPERA QUE VENHA DE SOMENTE PARA ENGROSSAR O ARCO DA
GOVERNAÇÃO ANTIPOPULAR DE JES. NEM SEJA APENAS PARA REFORÇO DA ALIANÇA
CORPORATIVA GERENCIADA PELO INCONSEQUENTE LÍDER DO MPLA.
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