MPLA: OS GARGALOS DE JOÃO LOURENÇO
(Parte I)
A componente de maior risco na campanha estridente do MPLA,
é o próprio candidato João Lourenço, escolhido a dedo pelo chefe do regime e,
autor confesso do estado de calamidade institucional e de miséria moral que o
país vivencia.
Fonte: Planalto de Malanje Rio Capopa/Raul Diniz
10/03/2017
Fonte: Planalto de Malanje Rio Capopa/Raul Diniz
10/03/2017
De facto João Lourenço é o mais profundo gargalo mediático,
que pôde colocar em risco a vitaliciedade do MPLA no poder há 41 anos
ininterruptos. A mania das grandezas e do chicoespertismo enviesado, são a
marca registada do MPLA, agora usada orgulhosamente por João Lourenço, o
candidato escolhido para ocupar o poleiro presidencial.
Não se pôde constranger infindavelmente mentindo-lhe
sistematicamente, que estamos a construir uma nação, quando na verdade, sequer conseguimos
construir uma república qualquer. Não existe nenhuma nação, temos o país
muitíssimo mal administrado, e dividido em duas grandes franjas desiguais. Em
15 anos, o MPLA conseguiu atirar 90% dos angolanos para o estado de miséria
calamitosa, onde vegetam milagrosamente com menos de USD 2 dólares por dia. Do
outro lado da balança encontram-se os nutridíssimos muito ricos, nesse grupinho
se incluem a ladra bilionária Isabel dos Ovos Santos, e seus apaniguados
multimilionários meios irmãos, e demais familiares, e amigos diletos do
ditador, estes juntos somam apenas 10% de convivas iluminados com direito a
viver faustosamente a nossa custa.
Por outro lado, no país existem vários partidos, muitos
deles novíssimos, fica incompreensível, e inaceitável ou até mesmo incabível,
que numa república, o partido no poder há 41 anos
Afronte descaradamente a estabilidade institucional, numa
clara violação da lei.
Numa demonstração de forças, o candidato João Lourenço
percorre várias capitais provinciais do país, incluindo Luanda, sem que as
eleições tenham sido decretadas nem definitivamente aprazadas oficialmente. É
vergonhosa a forma como o candidato do MPLA exaure ríspidos recados mal
direcionados, e observado a rigor nos seus horripilantes pronunciamentos hostis.
Porém, os gargalos do MPLA e de João Lourenço não se ficam
por aqui, eles são inúmeros, e permanecem como feridas profundas e encoráveis.
Essa demonstrada arrogância da parte dos donos de Angola, podem causar arrelias
graves aos demais atores, que eventualmente possa retirar legitimidade ao
processo eleitoral em causa. Não adianta
JL tentar branquear a realidade com discursos aleivosos, dos quais nenhum
angolano no seu perfeito juízo acredita. Aliás, nem mesmo JL acredito na
sonoridade de seus injuriosos discursos que em nada são profícuos em matéria
credível de produtividade.
Senão vejamos, João Lourenço afirmou que fará um cerco
apertado contra a corrupção, mais tarde deu-nos a conhecer que combaterá sem
tréguas os traficantes de drogas, por fim veio a promessa baluarte das
promessas, onde afirmou baixar os preços das obras públicas, como também os
preços excessivos dos materiais de construção. Felizmente a mentira em Angola
já não prospera. Afinal o que se pôde esperar de um candidato subalternizado?
O candidato a
presidência do partido-estado há 42 anos no poder, tem consciência que os
presidentes nesses partidos são considerados pelos seus adjutores como
semideuses de um limbo “olimpo” qualquer, seja da kimbandaria e/ou da
feitiçaria afro-ancestral, tanto faz. A força de regimes ditatoriais por outro
lado, firma-se na ação multiforme do absolutismo ortodoxo
político-partidária-disfuncional.
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