Eu e todos os angolanos atentos as muitas trapalhadas protagonizadas pelos detentores do poder que buscam a muito assassinar o semanário e o seu diretor fundador sem êxitos, de igual modo,todos quantos amam a liberdade e a diversidade informativa, não nos vamos solidarizar com o folha 8. A razão para assim proceder esta acentuada na marca que transportamos ao longo dos mais de 30 anos de convivência comum e que de perto assistimos a peleja travada pelo semanário folha 8 contra a vil tirania. Desse modo pessoalmente não devo de maneira alguma solidarizar-me com o resistente folha 8, pelo simples facto de (EU) ser igualmente folha 8.
Nós somos Radio Despertar e nós somos folha 8
Quanto a radio despertar, ouvi elogios bastante elegantes acerca da sua ilustríssima programação. A juventude não inclusa pelo despótico regime nutre grande simpatia, e sente elevada estima por essa tão desejada radio angolana! Agora sinto necessidade de estabelecer contato urgentemente com essa dinâmica emissora, que tanto perturba a verticalidade da ditadura! O medo instalou-se definitivamente no seio do regime e as vitimas escolhidas como bode expiatório para destilar o ódio e o desprezo que sentem pelo povo angolano, recaiu sobre a competente informação livre e independente produzida pela radio despertar e pelo magnifico semanário folha 8. É irônico assistir as trapalhadas de competência do ministro da comunicação social que estamos com ele. É no mínimo estranho que o ministro venha publicamente insurgir-se contra dois órgãos de comunicação do setor privado angolano sem que exista nenhuma razão plausível!
São verdadeiras as enormes discrepâncias assimétricas que existem entre o desejo de JES se perpetuar no poder e desse modo tudo faz para anular o desejo intimo do povo lutar para mudar de vida distanciando-se da mordaça que lhe fora imposta pela ditadura. Para JES e para o seu governo é pecado falar-se a verdade na nossa terra, JES e o seu governo desejam continuar a enganar com mentiras para melhor explorarem os sentimentos do povo sedento de liberdade! A essa situação acresce-se a miserável oferta da paz podre envenenada com indesejada fome alimentar, de saúde, água e luz, que desfilam por todo nosso país a mais de 39 anos de gestão inescrupulosa MPLISTA e a quase trinta e quatro anos de uma desastrosa gestão ininterrupta de JES e seus capangas!
Desse modo não tenho porque me solidarizar com essa emissora do povo que tanto desperta a fúria do regime! Os angolanos querem seguir outro caminho diferente daquele que a desgraçada dinastia do soberano (rei Eduardo Ultimo) tem-nos obrigado a seguir cegamente. Por isso, eu não preciso de modo algum solidarizar-me com a rádio despertar, porque ela também é minha.
O ministério da comunicação Social tende a desprestigiar cada vez mais a informação independente tão necessária e cara ao nosso país. Sinceramente ninguém no seu perfeito juízo percebeu patavina do que o ministério da comunicação EDUARDINA quis dizer ao país no seu tenebroso e desarticulado comunicada expandido ontem com sintomas inglórios de uma vitória antecipada sobre o nada! A sinfonia vitoriosa difundida pelos meios de comunicação do estado que trabalham especificamente para o MPLA e para o chefe do regime ditatorial foi no mínimo degradante e insidiosa.
O estado angolano como detentor e dono dos meios de comunicação social estatizados, não pode ser simultaneamente o mentor da linha editorial da imprensa privada. Também a ordem democrática da informação não pode obedecer à mesma ética deontológica que controla a imprensa pertencente ao estado angolano, por outro lado a imprensa privada de maneira alguma pode ser tratada como uma extensão dimensional da imprensa controlada com rédeas de aço pelo regime! Ou pode? Por fim, o ministério da comunicação social não pode como pretende ser o organismo catalizador da discórdia de um regulamento regimental nunca discutido em Angola para gerenciar a informação publica, nem deve ser escolhida uma desajustada forma precipitada para alunar o crescimento do ibope da imprensa independente para favorecer com exclusividade o partido que sustenta o governo aleijado do MPLA/JES! Ou pode?
Ninguém em angola deseja de novo a volta do centralismo democrático! Ou querem? A informação em Angola tem de ter uma conduta livre e independente, e, tem de obedecer a critérios verdadeiramente democráticos e que sejam de facto equidistantes da vontade repressiva e cheia de ambiguidades varias expressamente reconhecidas no regime. Por isso tudo deve ser cuidadosamente bastante discutidas, antes de se lançar ameaças gratuitas a quem se diferencia no modo de fazer e de expandir uma programação com acuidade para servir o seu publico.
Também não se entende que estado na pessoa desse ministro queiram substituir-se aos tribunais e aos demais organismos criados para fiscalizar a conduta dos meios de informação privada. A função do ministro da comunicação social nunca foi e não pode ser o de policiar a imprensa privada e muito menos a independente! Ou será que a função do ministro é mesmo a de perseguir os meios de comunicação privada e eu não sabia? Se os órgãos de comunicação perseguidos pelo Ministro arrivista não independem financeiramente do erário publico angolano, quais seriam então os mecanismos a serem utilizados pelo ministro em obediência ao organograma do ministério que preside para enclausurar e ou encerrar o semanário folha oito e a radio despertar?
Tenho pena desses iluminados senhores, tanto do novo ministro da comunicação quanto a pessoa do corrupto Manuel Rabelais que recorrem a tudo para presentearem o seu patrão fazem de tudo que seria improvável a um dirigente de outros países de matriz democrática. Esses dois utilizam meios de natureza desprezível com o intuito de demonstrar ao seu chefe, que todos estão errados em relação à conduta que os órgãos de comunicação independentes devem seguir.
Acredito que, se alguém ainda tivesse dúvidas do tipo descarado de regime que nos está imposto por tão vil opositor das liberdades democráticas em Angola, agora não precisa mais ter duvidas sobre o caráter dubio do regime que vigora a mais de 34 anos sobre comando do presidente ditador. O estranho comunicado expelido pela comunicação privada do estado criado por José Eduardo Dos Santos não surpreendeu a nenhum angolano minimamente atento e nem aqueles que se debatem com afoiteza contra a ditadura.
Afinal, o MPLA/JES sempre deu a entender a todos, que Angola pertence somente a eles, e todos os demais cidadãos têm de caminhar segundo a vontade dos pretensiosos chefões frustrados! Na verdade o medo instalou-se dentro do regime, até mesmo aqueles que não pretendiam deixar de acompanhar o regime até o seu fim, agora tiram novas ilações sobre o que realmente se passa no nosso país, e o que se passa pela cabeça do chefe do regime e do seu capanga maior o general Kopelipa chefe da casa de segurança militar do ditador!
Afinal, do quê que o regime tem medo? Será que o regime teme o povo que se revê nesses dois temerosos meios de comunicação social? Será que o regime começou a entender que necessita começar a ouvir os donos da terra que quererem fazer parte ativa dos destinos da nossa terra? Ou temos que fazer outra leitura mais audaciosa e mais autentica do novo momento politico desfavorável ao regime e ao seu chefe o ditador imortal? Percebemos hoje mais que ontem que o fim de JES e da sua camarilha finalmente esta chegar ao fim! Tenham em atenção senhores da oligarquia EDURDINA, tudo tem um fim e a maldita ditadura inevitavelmente vai bater com os dentes na terra que vos vão comer. Sim, a terra que vos vão comer é a terra escavada em torno dos poços de petróleo e dos buracos abertos das áreas diamantíferas roubadas ao nosso abençoado povo de Deus.
Ao ministro aprendiz de feiticeiro deixo um recadinho simples, os angolanos não precisão de mais nenhum insinuante vendedor de sonhos imprestáveis, o que angola e os angolenses precisamos é de uma informação dinâmica, diversificada que atenda a todas as matrizes da sociedade angolana contemporânea. Precisamos urgentemente de uma informação sem medo, critica e que faça a diferença necessária prestativa de um bom serviço regular, uma imprensa que mostre sem tabus o momento politico que vivemos. Não desejamos mais conviver com a programação insipiente que seguimos na TPA, na RNA nem podemos continuar a ler a verborreia transcrita no vespertino do MPLA/JES, o Jornal de angola (JA) que é escrito com o jeito JESSEANO de ser. O que queremos para Angola é de uma informação republicana com um jeito angolano de ser.
Raul Diniz