ANGOLA FALA SÓ: Guilherme Santos - "Angola tem um déficit de liderança"
Redação da VOA
Reedição Radz Balumuka
www.planaltodemalangeriocapopa.blogspot.com
Angola tem um deficit de liderança em problemas complexos, disse o Presidente do Conselho Directivo da Acção de Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) Guilherme Santos.
Esse deficit deve-se a “problemas de capacidade e conhecimentos” e abrange o governo, social civil e o sector privado.
Guilherme Santos falava no Programa Angola Fala Só em que o foco foram programas de desenvolvimento em Angola e também problemas sociais e políticos.
O ouvinte Pedro Cabral do Uíge telefonou para se insurgir contra a violação dos direitos de greve dos trabalhadores, aludindo a greves na Lunda Norte onde esse direito teria sido ignorado.
O director da ADRA disse que os trabalhadores têm o direito á greve mas podem também fazer uso de outros meios de pressão para tentar resolver os seus problemas.
“Temos que fazer uso da inteligência técnica e táctica,” disse.
O dirigente da ADRA concordou com o ouvinte Henrique João do Uíge acusou o partido no poder de manter o monopólio sobre a informação.
“O cidadão não tem acesso à informação plural e isto é um déficit,” disse Santos que recordou que a informação plural está prevista na constituição angolana.
“Há dificuldades de rigor, de auto censura e outras,” acrescentou.
O dirigente da ADRA disse ainda em resposta a outro ouvinte que não está a ser feito o suficiente para que os angolanos tenham acesso “à informação de política pública”.
Para Guilherme Santos não pode haver participação “se o cidadão não sabe”.
Para além disso muitas vezes não há participação nos programas governamentais porque o cidadão “ não participa nas decisões”, defendendo para combater esses problemas “sistemas de organização comunitária”.
Santos defende durante o programa a necessidade de envolvimento das populações rurais e afirmou que por exemplo o programa do governo “Água para Todos” poderia beneficiar de “pequenos projectos com pequenos recursos”.
O presidente da ADRA concordou com Filipe Joaquim de Luanda que afirmou que há por parte do governo constante improvisação não se resolvendo os problemas de fundo.
“Em muitos casos não se atacam as causas e anda-se á volta dos efeitos,” disse Santos que se referiu várias vezes às “fragilidades” da sociedade angolana numa “face difícil de transição” em que muitas vezes “é a propaganda que fala mais alto”.
Isso, disse, “gera depois desilusões”.
“Temos que ser realistas e ver os problemas como problemas da sociedade angolana, não de que uns são bons e outros são maus,” disse.
“Temos que avançar todos,” acrescentou.
A última pergunta do programa veio do ouvinte Armando Diniz de Benguela que quis saber a opinião do dirigente da ADRA sobre o chamado “escândalo Kangamba” .
O General Kangamba escapou de ser preso em frança por ter passaporte diplomático depois das autoridades francesas terem apreendido três milhões de Euros em dois carros provenientes de Portugal. O dinheiro tinha como destinatário o general Kangamba.
“isso é uma questão que os serviços judiciais têm que resolver, “ disse Guilherme dos Santos que sublinhou que como todos os casos há a “presunção de inocência”.
Esse deficit deve-se a “problemas de capacidade e conhecimentos” e abrange o governo, social civil e o sector privado.
Guilherme Santos falava no Programa Angola Fala Só em que o foco foram programas de desenvolvimento em Angola e também problemas sociais e políticos.
O ouvinte Pedro Cabral do Uíge telefonou para se insurgir contra a violação dos direitos de greve dos trabalhadores, aludindo a greves na Lunda Norte onde esse direito teria sido ignorado.
O director da ADRA disse que os trabalhadores têm o direito á greve mas podem também fazer uso de outros meios de pressão para tentar resolver os seus problemas.
“Temos que fazer uso da inteligência técnica e táctica,” disse.
O dirigente da ADRA concordou com o ouvinte Henrique João do Uíge acusou o partido no poder de manter o monopólio sobre a informação.
“O cidadão não tem acesso à informação plural e isto é um déficit,” disse Santos que recordou que a informação plural está prevista na constituição angolana.
“Há dificuldades de rigor, de auto censura e outras,” acrescentou.
O dirigente da ADRA disse ainda em resposta a outro ouvinte que não está a ser feito o suficiente para que os angolanos tenham acesso “à informação de política pública”.
Para Guilherme Santos não pode haver participação “se o cidadão não sabe”.
Para além disso muitas vezes não há participação nos programas governamentais porque o cidadão “ não participa nas decisões”, defendendo para combater esses problemas “sistemas de organização comunitária”.
Santos defende durante o programa a necessidade de envolvimento das populações rurais e afirmou que por exemplo o programa do governo “Água para Todos” poderia beneficiar de “pequenos projectos com pequenos recursos”.
O presidente da ADRA concordou com Filipe Joaquim de Luanda que afirmou que há por parte do governo constante improvisação não se resolvendo os problemas de fundo.
“Em muitos casos não se atacam as causas e anda-se á volta dos efeitos,” disse Santos que se referiu várias vezes às “fragilidades” da sociedade angolana numa “face difícil de transição” em que muitas vezes “é a propaganda que fala mais alto”.
Isso, disse, “gera depois desilusões”.
“Temos que ser realistas e ver os problemas como problemas da sociedade angolana, não de que uns são bons e outros são maus,” disse.
“Temos que avançar todos,” acrescentou.
A última pergunta do programa veio do ouvinte Armando Diniz de Benguela que quis saber a opinião do dirigente da ADRA sobre o chamado “escândalo Kangamba” .
O General Kangamba escapou de ser preso em frança por ter passaporte diplomático depois das autoridades francesas terem apreendido três milhões de Euros em dois carros provenientes de Portugal. O dinheiro tinha como destinatário o general Kangamba.
“isso é uma questão que os serviços judiciais têm que resolver, “ disse Guilherme dos Santos que sublinhou que como todos os casos há a “presunção de inocência”.