quinta-feira, 1 de agosto de 2013

LUANDA: Kopelipa e Outros Generais Continuam a Caça aos Diamantes e intentam processo crime contra o ativista e jornalista Rafael Marques.

Kopelipa e Outros Generais Continuam Caça aos Diamantes
O jornalista e defensor dos direitos humanos Rafael Marques de Morais respondeu hoje, na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) em Luanda, por 11 queixas-crime relacionadas com o seu livro Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola.
 
Luís Nascimento, advogado de defesa, considerou o interrogatório, conduzido pelo magistrado-instrutor Iloutério Lourenço, como “urbano e civilizado”. A directora nacional do DNIAP, Júlia Gonçalves, acompanhou a audiência, que durou cerca de quatro horas.
 
“Estamos preparados para defendermo-nos”, assegurou o advogado.
 
Sete generais, liderados pelo ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, apresentaram, a 14 de Março passado, queixas por difamação por terem sido citados no livro como responsáveis morais dos crimes contra a humanidade que têm ocorrido na região diamantífera das Lundas. Os outros generais queixosos são Adriano Makevela Mackenzie, António Emílio Faceira, Armando da Cruz Neto (deputado do MPLA), Carlos Alberto Hendrick Vaal da Silva (Inspector-Geral do Estado Maior-General das FAA), João Baptista de Matos e Luís Pereira Faceira.
 
A empresa privada de segurança Teleservice, propriedade dos referidos generais, também apresentou uma queixa colectiva, para além do seu sócio civil José Carlos Figueiredo de Sousa.
 
Por sua vez, a Sociedade Mineira do Cuango (SMC), que detém uma concessão de diamantes na Bacia do Cuango, também apresentou um queixa colectiva. A SMC é um consórcio formado pela Lumanhe, empresa dos mesmos generais, a Endiama e a ITM-Mining. Esta última apresentou a primeira queixa, sobre a qual o jornalista foi ouvido a 3 de Abril passado.
 
A 14 de Novembro de 2011, o jornalista apresentou, à Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola, uma queixa-crime contra os sócios da Teleservice, da Sociedade Mineira do Cuango e gestores da ITM-Mining. A queixa solicitava uma investigação “por indícios de agência” de crimes contra a humanidade aos sócios das referidas empresas. O autor invocou o Código Penal, “que define a autoria moral de um crime por abuso de autoridade ou de poder”.
 
Como conclusão do Inquérito Preliminar 04/2012-INQ, a PGR arquivou a queixa. No seu despacho, a PGR sublinhou que, “do ponto de vista de responsabilidade criminal, em Angola, nenhuma pessoa colectiva responde criminalmente em observância do princípio da individualidade da responsabilidade penal (…)”.
 
Por sua vez, os generais apresentaram a primeira queixa-crime contra o jornalista em Portugal. O Ministério Público português arquivou o processo a 11 de Fevereiro de 2013, tendo concluído que a publicação da obra “se enquadra no legítimo exercício de um direito fundamental, a liberdade de informação e de expressão, constitucionalmente protegido, que no caso concreto se sobrepõe a outros direitos”.
 
No seu despacho de arquivamento, o Ministério Público português “concluiu pela ausência de indícios de prática de crime, atentos os elementos probatórios recolhidos e o interesse público em causa”. Mais afirmou “não estarem reunidos indícios sobre a prática do crime que os assistentes [os generais] imputaram, em sede de denúncia, aos arguidos [Rafael Marques de Morais e sua editora]”.
 
Como recurso, em Março passado, os generais intentaram uma acusação particular contra o defensor dos direitos humanos junto do Tribunal Distrital de Lisboa, pedindo uma indemnização de 300 mil euros. Com a justiça portuguesa a seu desfavor, os generais recorreram, então, ao sistema judicial angolano, passado um ano e seis meses após a publicação do referido livro.
 
Em Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola, resultado de anos de investigação nas nas Lundas, Rafael Marques de Morais denuncia centenas de casos de tortura e assassinato e violações sistemáticas de direitos humanos a que estão sujeitas as populações das Lundas, com o envolvimento activo de membros das Forças Armadas Angolanas e da Teleservice, uma empresa privada de segurança ao serviço da SMC.
 
O DNIAP não impôs quaisquer medidas de coacção ao jornalista e defensor dos direitos humanos.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

LÍBIA: Ministro de Khadafi foi condenado hoje a morte

Ministro de Khadafi condenado à morte

Fonte: REUTERS

Primeira pena do género contra responsável da ditadura líbia.

Ahmed Ibrahim, antigo ministro no Governo de Muammar Khadafi, foi esta quarta-feira condenado à pena de morte por ter incitado à violência contra os manifestantes na revolta que acabou por ditar a queda do ditador em 2011, disse o seu advogado.
A condenação, pelo tribunal de Misurata, é a primeira decisão do género em relação a um responsável da era Khadafi.
O antigo ditador morreu em Outubro de 2011 em Sirte, durante a captura pelos rebeldes, com dúvidas sobre se teria sido assassinado.

Ibrahim, que teve vários cargos importantes, tendo sido responsável pelas pastas da educação e da informação, foi capturado também na cidade de Sirte, o último bastião do regime.
O fraco governo central da Líbia está a tentar reformar o sistema judicial enquanto tenta estabilizar o país e dominar as milícias que ajudaram a derrubar o antigo ditador.
Os novos líderes líbios querem castigar os familiares e colaboradores de Khadafi, com activistas internacionais a expressarem preocupações de que os procedimentos não sigam padrões internacionais.
O Tribunal Penal Internacional, com base em Haia, já pediu à Líbia que lhe entregue um dos filhos de Khadafi, Saif al-Islam, para o julgar por crimes cometidos durante a insurreição em 2011. A Líbia recusa e diz que o TPI não tem jurisdição, apenas teria se o sistema judicial do país não estivesse à altura da tarefa.  

terça-feira, 30 de julho de 2013

EUA: Soldado americano e considerado culpado no caso WkiLeaks

Soldado dos EUA é considerado culpado de maioria das acusações no caso WikiLeaks

Fonte: Reuters

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Caso WikiLeaks: soldado dos EUA é considerado culpado, mas escapa de prisão perpétua (© AP)
FORT MEADE, Estados Unidos, 30 Jul (Reuters) - Uma juíza militar dos Estados Unidos considerou nesta terça-feira o soldado Bradley Manning culpado da maioria de 21 acusações criminais, mas não de ajudar um inimigo, por ter entregado documentos ao WikiLeaks, no maior escândalo de vazamento de informações na história do país.
A juíza Denise Lind disse que Manning, acusado de divulgar mais de 700 mil arquivos secretos dos Estados Unidos ao site antissigilo, não era culpado da acusação mais grave, que acarretaria uma pena de prisão perpétua sem liberdade condicional.
O governo dos EUA estava pressionando pela pena máxima para o que é visto como uma grave violação da segurança nacional, que inclui relatórios do campos de batalha de guerras no Iraque e Afeganistão. Já ativistas antissigilo elogiaram a ação de Manning como um foco de luz sobre as operações obscuras dos Estados Unidos no exterior.
Promotores do Exército sustentaram durante o julgamento marcial que a segurança dos EUA foi prejudicada quando o site WikiLeaks publicou vídeos de um ataque realizado por um helicóptero Apache norte-americano, telegramas e detalhes secretos sobre prisioneiros detidos em Guantánamo, enviados por Manning ao site enquanto ele era um analista de inteligência no Iraque, em 2009 e 2010.
Um grupo de cerca de 30 apoiadores de Manning se reuniu do lado de fora do Fort Meade antes da leitura do veredicto.

BUENOS AIRES: Ex padre gay argentino escreveu uma carta ao papa Francisco

Ex-padre gay argentino escreve carta ao papa Francisco

Edição: EFE

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Ex-padre gay argentino escreve carta ao papa Francisco
Ex-padre gay argentino escreve carta ao papa Francisco
Buenos Aires. 
Um ex-padre argentino gay, que aposentou o hábito após confessar sua orientação sexual, escreveu uma carta ao papa Francisco em que o pediu para se adaptar 'aos novos paradigmas do mundo contemporâneo' depois que o pontífice disse que não julga os homossexuais.
Andrés Gioeni, que trocou o sacerdócio pelo trabalho de ator e escritor, comemorou 'o ar fresco' que a chegada de Francisco ao Vaticano representou, mas advertiu 'que há um longo caminho a percorrer'.
'Já fui sacerdote católico, pastor, partilhei desse ímpeto missionário e dessa necessidade de reivindicação de abertura eclesial. Até que decidi seguir outro caminho quando descobri minha própria tendência homossexual e admitir minha impossibilidade de exercer o ministério pastoral em celibato', admitiu Gioeni na carta, publicada em sua conta do Facebook.
'Atrevo-me a me tornar porta-voz de uma grande quantidade de pessoas que pertencem à comunidade homossexual. E simplesmente, com humildade, pedir encarecidamente que incentive, estimule, promova e acompanhe um maior aprofundamento na Teologia moral sexual sobre o lugar e a experiência da pessoa homossexual', solicitou o ex-padre, que explicou que se sente 'feliz e realizado' após passar dez anos vivendo com um parceiro.
Gioeni deixou claro que não pretende que o novo pontífice renuncie à doutrina eclesiástica mas 'a ajude a continuar crescendo e se adequando aos novos paradigmas do mundo contemporâneo que nos desafiam a encontrar novas respostas'.
'De verdade, o amor de duas pessoas, sendo do mesmo sexo, não demonstra nem reflete nada do amor de Deus?', questionou o ator, que perguntou também se 'a Igreja com seus silêncios vai permitir que continuem se estigmatizando tantos jovens em tantos países onde continuam sendo assassinados somente por sua tendência'.
O argentino concluiu pedindo a Francisco que ajude a comunidade homossexual a descobrir por onde pode 'transitar pela fé' sem renunciar a sua 'experiência de amor'.
Durante uma entrevista coletiva a bordo do avião de volta a Roma do Rio de Janeiro, o papa afirmou ontem, segunda-feira, que não julga os homossexuais.
'Se uma pessoa é gay, busca o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O catecismo da Igreja Católica explica e diz que não se devem marginalizar essas pessoas e que devem ser integradas à sociedade', disse Francisco.

CABINDA: O general nacionalista cabindense denunciou hoje em Luanda a existência de um campo de concentração em território nacional de Cabinda onde se encontram membros da da FLEC presos.

Campo de concentração em Cabinda, denuncia nacionalista

O centro existe há quase dois anos e tem cerca de 4.000 presos

TAMANHO DAS LETRAS
 
Redacção VOA
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Milhares de cabindenses estão internados num campo de concentração em Cabinda, disse um nacionalista daquela província angolana.
O campo está situado na região do Yabi, disse o  general Bonifácio Zenga Mambo,   que  chefia uma missão negocial  para contactos com o  governo e com outras sensibilidades  políticas  e diplomáticas  na capital angolana sobre o problema sobre de Cabinda.

Mambo  disse à Voz da América que o governo confinou  na zona do Yabi mais de 4 mil elementos da FLEC  raptados tanto  na República Democrática do Congo como no Congo Brazzaville e até mesmo no interior  do enclave.

O cmapo existe “há quase dois anos”, disse

Zenga Mambo  considera um  absurdo haver gente presa   ao mesmo tempo que se fala da pacificação do enclave.

O general Zenga Mambro e sua delegação estão em Luanda  onde tentam   convencer o governo a renegociar o Memorando de Paz para Cabinda  assinado em 2006 pelo governo e pelo general Bento Bembe em representação de  uma das facções da FLEC.

LUANDA: Um grupo de jovens ativistas angolanos pedem encontro com o ditador acuado que se esquivará com toda a certeza por força da agenda comprometedora apresentada atempadamente pelos sitados jovens.

Jovens pedem encontro com Eduardo dos Santos

Jovens querem a sua companhia. Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos (Foto Novo Jornal)
Jovens querem a sua companhia. Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos (Foto Novo Jornal)

TAMANHO DAS LETRAS
 
Redacção VOA
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Desaparecimento misterioso de Alves Kamulingue e Isaías Cassule, seca no sul de Angola, a nomeação do filho de dos Santos ao cargo de presidente do fundo soberano de Angola e a realização do mundial de hóquei em Patim são os temas que um grupo de jovens quer abordar no encontro solicitado com o presidente angolano José Eduardo dos Santos.
Os jovens que no passado estiveram envolvidos em manifestações antigovernamentais foram excluídos de um encontro realizado recentemente entre o Presidente da República de Angola e os representantes das organizações juvenis de partidos políticos, igrejas e cívicas.

A carta solicitando o encontro foi entregue esta segunda-feira ao Gabinete do Presidente José Eduardo a solicitarem uma audiência.

Nito Alves um dos activistas sublinha que de entre os temas que querem abordar consta o desaparecimento misterioso de Alves Kamulingue e Isaías Cassule assim como a nomeação do filho dos Santos ao cargo de presidente do fundo soberano de Angola.

Kamulingue e Cassule desapareceram h pouco mais de um ano quando participavam na organização de manifestações antigovernamentais.

“Queremos falar com o senhor presidente sobre da problemática da seca no sul do país, os nossos amigos desaparecidos Alves Kamolingue e Isaías Cassule assim como a nomeação do filho do Presidente ao cargo de presidente do fundo soberano de Angola,” frisou.

A solicitação do encontro acontece num período em que o presidente da República se encontra  no exterior do país em visita privada há quase um mês.

Os jovens protestatórios do regime de José Eduardo dos Santos acreditam que venham ser recebidos pelo Presidente angolanos, José Eduardo dos Santos.

“Nós temos fé que o senhor presidente vai nos receber,” disse acrescentando que a sua exclusão do encontro anterior apenas serviu para “diluir” o seu impacto e importância.

Os jovens haviam anteriormente  rejeitado dois convites de encontro com o Ministro da Juventude e Desportos por alegadamente não terem sido convidados a esse encontro com José Eduardo dos Santos.

LUANDA: Dirigente da CASA-CE afirma que esta a ser monitorado pela policia politica do regime totalitarista do ditador Jo´se Eduardo dos Santos

Dirigente da CASA diz que está a ser monitorizado

Procuradoria ignora queixa do deputado
TAMANHO DAS LETRAS 
Manuel José
Edição VOA
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O deputado da CASA-CE Leonel Gomes denunciou que está a ser vitima de perseguição e espionagem.

 O secretário executivo nacional da terceira maior forca política do país garantiu que já denunciou o facto á Procuradoria Geral da República mas a situação continua sem solução.

"Denunciei que os meus telefones estão grampeados com o numero 113 da policia nacional mas infelizmente a procuradoria Geral da república pouco ou nada fez se não mandar-me um documento a justificar que não era um problema da policia nacional, sem no entanto dizer quais as causas que levaram ao grampeamento dos telefones," disse

Leonel Gomes diz que os constrangimentos sofridos não ficaram pelo grampeamento dos seus telefones.

"Mais grave eu há dias regressando do exterior do país, de uma actividade académica do meu filho deparei-me com um impedimento da minha saída no protocolo do estado mesmo na qualidade de deputado,” disse.

"Há qualquer coisa que não está bem neste país e o que não está bem é a vontade política daqueles que detém a maioria, a vontade trucidadora da maioria em detrimento da vontade que possa concretizar a dignidade e a felicidade do povo angolano," disse.

Tentativas para ouvirmos as autoridades de justiça do país e o partido maioritário foram goradas.