sexta-feira, 13 de setembro de 2013

MAPUTO: Encontro entre Guebuza e Dhlakama traz novas espetativas para o povo e para o país dividido entre os ricos da Frelimo e a restante maioria da população moçambicana totalmente empobrecida ao extremo.

 Encontro Guebuza-Dhlakama suscita expectativa


TAMANHO DAS LETRAS
 
Em Moçambique, o anúncio feito esta semana pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, de que pretende encontrar-se com o chefe de estado, Armando Guebuza, está a suscitar enormes expectativas, sobretudo no seio dos académicos, que acreditam que um encontro a esse nível tem o potencial de acabar com a tensão política no país.
Afonso Dhlakama diz que pretende deslocar-se a Maputo para se reunir com o presidente Armando Guebuza, e o académico Brazão Mazula, diz que isso é um desenvolvimento político importante.
Mazula sugere que para que o eventual encontro seja mais produtivo, é necessário que haja cedência de ambas as partes, de modo a que o mesmo não seja mais um encontro.

Para o analista Matias Macamo, esse encontro é bem-vindo, porque o diálogo é fundamental para o desenvolvimento do país.
E o docente universitário, João Colaço avança com uma proposta para se resolver uma das questões levantadas pela Renamo, a questão da paridade na composição da Comissão Nacional de Eleições-CNE.

“Eu penso que os dois interlocutores deviam trazer vários modelos de constituição da CNE. Existem vários modelos de paridade, e um dos vários exemplos é o modelo americano”, afirmou o académico.
Segundo ele, trata-se de uma comissão composta por seis elementos, em que os dois grandes partidos Republicano e o Democrata, estão representados de forma igualitária.

Mas as expectativas do académico Calton Cadeado em torno do eventual encontro entre o presidente Armando Guebuza e o líder da Renamo não são assim tão enormes como isso.

“Eu não coloco muita expectativa na solução que a Renamo apresentou agora, de atirar tudo para o diálogo entre o chefe de estado e o seu líder. Muitos estão a pensar que esta é que vai ser a solução; até pode ser um elemento de solução, mas qualquer decisão que for tomada neste nível de diálogo, terá que passar pelas instituições, porque isso vai implicar reforma de lei e recursos que terão que ser alocados”, destacou.

Uma das condições exigidas pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama para se deslocar à capital moçambicana, tem a ver com a segurança, e o ministro do Interior, Alberto Mondlane, diz que quanto a isso, não deve haver nenhum receio
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MAPUTO: Intensifica-se em Moçambique a luta contra p excessivo consumo de alcool

Moçambique intensifica luta contra consumo excessivo de álcool

O governo pretende dizer basta ao consumo excessivo e venda desregrada de bebidas alcoólicas
O uso desregrado do álcool provoca anualmente 2,5 milhões de mortes
O uso desregrado do álcool provoca anualmente 2,5 milhões de mortes

TAMANHO DAS LETRAS
 
William Mapote
Divulgação: Radz Balumuka
www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
Moçambique tem desde o início da semana, um novo regulamento para controlar a venda e consumo de bebidas alcoólicas. A medida está a dividir as opiniões. Uns consideram que será mais uma lei condenada a morrer à nascença, outros consideram fundamental para regrar o consumo e venda em locais públicos.
O regulamento estabelece novos horários de venda em espaços públicos e medidas restritivas para o acesso em certas idades e pessoas em condições psicológicas.
O governo pretende dizer basta ao consumo excessivo e venda desregrada de bebidas alcoólicas, numa altura em que os adolescentes moçambicanos começam a consumir muito mais cedo do que seria de esperar.

“Foram estabelecidas normas de proibição, nomeadamente a compra de bebidas por parte de menores de 18 anos de idade, pessoas com problemas mentais ou com indícios de embriaguez, limitação dos locais onde as bebidas são comercializadas, estabelecimento de um horário de venda das 20 as 9 horas” disse Eurico Banze, vice-ministro dos negócios estrangeiros e cooperação, e em nome do governo, explicando as medidas contidas no regulamento.

A medida está a dividir opiniões entre a sociedade. Enquanto uns consideram que será mais uma lei condenada a morrer à nascença, outros consideram fundamental para regrar o consumo e venda em locais públicos.

Uma das principais consequências nefastas do consumo do álcool regista-se ao nível rodoviário.

Estatísticas dizem que mais da metade dos acidentes rodoviários que se registam ao nível das cidades, em particular aos finais de semana se devem ao consumo de bebidas por parte dos condutores.
O ATMC, Automóvel Touring Clube de Moçambique, considera que mais do que lei, é preciso dotar o factor o humano, de uma mentalidade proactiva para travar a situação
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BISSAU, A radio BOMBOLON da Guiné Bissau suspendeu a sua emissão


Rádio de Bissau suspende emissão

Justino Sá, comentador da Rádio Bombolom e assessor do Parlamento guineense, está a ser ouvido há dois dias pelo Tribunal Militar da Guiné-Bissau. Tudo porque criticou as promoções de oficiais.
Lusa


De acordo com um comunicado divulgado pela Bombolom, a suspensão das emissões é o "único meio de manifestar solidariedade" com Justino Sá. A rádio diz que só voltará a emitir quando o caso estiver encerrado.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau confirmou que Justino Sá está a ser ouvido pelo Tribunal Militar, que vai decidir "se vai continuar com o processo ou se este transita para o Ministério Público".
A mesma fonte não soube precisar qual é a queixa que recai sobre o comentador, nem quem foi o seu autor.
Luís Vaz Martins, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, quer que Justino Sá seja imediatamente libertado de quaisquer interrogatórios por parte dos militares. O comentador está a ser interrogado há dois dias.
Dia 11 foi chamado pelos serviços de inteligência militar, interrogado durante várias horas. No dia seguinte, compareceu no Tribunal Militar, e hoje está outra vez lá.
O responsável da Liga Guineense dos Direitos Humanos diz que esta forma de agir é uma forma de os militares "intimidarem quem os critica".
As críticas às promoções de oficiais feitas por Justino Sá, surgiram depois do Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, ter atribuído no passado dia 4 de setembro novas insígnias a 18 oficiais, nomeadamente ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, António Indjai.

LUANDA: A policia do regime deteve o adolescente Nito Alves e acusou-o de difamação ao ditador angolano

Menor Detido por Difamação ao Presidente da República
por Maka Angola - 12 de Setembro, 2013
Agentes da Polícia Nacional detiveram esta tarde no município de Viana, em Luanda, o activista Manuel Civonda Baptista Nito Alves, de 17 anos, por alegada difamação ao presidente da República, José Eduardo dos Santos.
 
“Dirigimo-nos à 45a Esquadra da Polícia Nacional, no Bairro Capalanca, e a polícia informou-nos que o meu filho foi detido quando ia buscar camisolas para a manifestação que o Movimento Revolucionário marcou para o dia 19 de Setembro”, disse o pai do menor, Fernando Baptista, aoMaka Angola.
 
Segundo o pai de Nito Alves, “os oficiais da polícia disseram-nos que ele está detido por ter cometido o crime de difamação contra o presidente da República. Pediram-nos para irmos amanhã à Direcção Municipal de Investigação Criminal para sabermos o número do processo dele”.
 
Maka Angola soube junto de outros activistas de Viana que a detenção do jovem terá sido motivada pela produção de 20 camisolas que foram impressas com os dizeres “José Eduardo fora! Ditador nojento”. No verso das camisolas foram impressas as inscrições “Povo angolano, quando a guerra é necessária e urgente”. Esta última expressão é o título de um artigo e do livro do jornalista Domingos da Cruz, publicados em 2009. O jornalista foi absolvido a 6 de Setembro pelo Tribunal Provincial de Luanda da acusação de ter cometido o crime de incitação à desobediência colectiva formulada pela Procuradoria-Geral da República. O juiz confirmou a inexistência de tal crime no ordenamento jurídico angolano.
 
Fernando Baptista manifestou-se agastado com as actividades extra-escolares do filho. “Tem de haver alguém desse Movimento Revolucionário para defender o meu filho. Eu já lhe disse para não se envolver nessas actividades, para não arranjar problemas”, disse.
 
A maior preocupação de Fernando Baptista é que o seu filho perca o ano lectivo, estando actualmente a frequenter a 11a classe.
 
Por sua vez, Adália Chivongue, de 40 anos, mãe de Nito Alves, foi peremptória em afirmar, aoMaka Angola que “o meu filho não cometeu crime nenhum, nem um bocado”.
 
“O problema, nesse país, é que quem fala a verdade é preso ou morto. Então o presidente manda prender o meu filho por causa de camisolas? É por isso que lhe podem matar?”, questionou a mãe.
 
“Se acontecer alguma coisa ao meu filho, eu serei revolucionária”, desafiou Adália Civongue.
 
A detenção ocorreu um dia antes do início, em Luanda, do Fórum Nacional da Juventude, uma iniciativa do presidente José Eduardo dos Santos de diálogo com a juventude.
 
Em Junho passado, o presidente José Eduardo dos Santos apodou os jovens que contestam o seu reinado de 34 anos de poder como um grupo de cerca de 300 frustrados. “São jovens com certas frustrações, que não tiveram sucesso durante a sua vida escolar ou académica e não conseguiram uma boa inserção no mundo do emprego”, disse o presidente na sua entrevista ao canal de televisão português SIC.
 
A onda de reacções negativas ao seu pronunciamento levou-o a apadrinhar o referido fórum como forma de melhorar a sua imagem junto da juventude.
 

LUANDA: Regime de José Eduardo dos Santos é acusado de perseguir muçulmanos em território nacional angolano.

Angola: Governo acusado de perseguir muçulmanos

Comunidade muçulmana em Angola, acusa o executivo de perseguição e prometeu apresentar queixas ao Departamento de Estado norte-americano, e à Amnistia Internacional.
Imagem (arquivo - VOA)
Imagem (arquivo - VOA)
TAMANHO DAS LETRAS 
Coque Mukuta
Divulgação: Radz Balumuka
www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
A Comunidade Muçulmana em Angola vai recorrer internacionalmente para denunciar alegadas práticas do governo angolano contra a sua religião.

O executivo angolano é acusado de destruir cerca de nove mesquitas de fiéis muçulmanos em quase todo país. A acusação é de David Já, porta-voz daquela comunidade religiosa que confirma as destruição de mesquitas por entidades governamentais.

“Destruídas e encerradas são cerca de nove em todo país,” disse o porta-voz dos muçulmanos angolanos.

David Já adiantou ainda que o executivo angolano tem perseguido aquela religião, encerrando e destruindo as suas estruturas de adoração sem qualquer justificação plausível.

“O executivo está a perseguir, está a encerrar as mesquitas está a partir e sem qualquer justificação. Vezes há, dizem que é a ordem superior. Esta ordem superior que não tem rosto e sem fundamento nas suas desculpas” acrescentou.

A Voz da América teve acesso de um vídeo em que mostrada a destruição total de uma mesquita no Saurimo na província da Luanda Sul.

Departamento do Estado Americano, Amnistia Internacional serão algumas das organizações internacional onde pretende recorrer.

“Vamos recorrer ao Departamento do Estado Americano e à Amnistia Internacional para reclamarmos este acto bárbaro praticado pelo executivo angolano” acrecentou David Já.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

MAPUTO: Padres católicos debatem tráfico humano em Moçambique

Moçambique: Padres católicos debatem tráfico humano

   Padre Hugo Seenan
Padre Hugo Seenan
TAMANHO DAS LETRAS 
Francisco Júnior
Divulgação: Radz Balumuka
www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
Em Moçambique os padres católicos estão a organizar um encontro para reflectir sobre o problema do tráfico de seres humanos.
O encontro decorre na cidade da Beira, centro de Moçambique. Para além dos religiosos, participam no encontro oficiais da polícia, da procuradoria da república e representantes de diversas organizações da sociedade civil.

”Não à escravatura”, é uma campanha que decorre desde o início do ano, em 22 países africanos onde a congregação católica “Missionários de África”, também conhecida por “Padres Brancos”, está presente.

Em Moçambique, e na zona centro do país, os religiosos já promoveram diversas actividades nas províncias de Tete e Manica, e, de hoje até domingo, vão reunir-se num centro, em Inhamízua, periferia da cidade costeira da Beira. Um encontro de reflexão onde se falará do tráfico de seres humanos.

Com a presente campanha, os Missionários de África pretendem também celebrar os 125 anos da campanha lançada pelo seu fundador, o cardeal Charles Lavengerie, para a abolição da escravatura em África.

Fundada em 1868, a congregação “Missionários de África” estabeleceu-se em Moçambique em 1946 nas províncias centrais de Manica e Sofala onde, para além da sua missão evangélica, tem contribuído para a formação de líderes religiosos sobre a doutrina social da Igreja, justiça e paz, preservação e protecção do meio ambiente, bem como no diálogo inter-religioso.

Não obstante o encontro da Beira marcar o encerramento da campanha “quebremos as correntes”, as acções de prevenção e sensibilização não vão parar tal como referiu à Voz da América, o Padre Hugo Seenan, um dos organizadores do encontro de reflexão sobre o fenómeno de tráfico de seres humanos que iniciou esta quinta-feira e termina domingo, em Inhamízua, arredores da cidade da Beira.

MALANJE: Alunos malanjinos atravessam a província rumo a Republica Democrática do Congo para estudar em terra congolesas, por falta de escolas na província. Assim vai a porcaria do regime ditatorial em Angola, impondo a tirania e reinando impunemente massacrando to povo.

Falta de escolas no Malanje leva crianças a estudarem no Congo-Kinshasa

O governador da província, Norberto Fernandes confirmou que mais de 300 crianças do município de Marimba, ao norte de Malanje atravessam diariamente a fronteira para irem estudar na República Democrática do Congo.
Governador de Malanje, Norberto Fernandes dos Santos
Governador de Malanje, Norberto Fernandes dos Santos
TAMANHO DAS LETRAS 
Isaías Soares
Divulgação: Radz Balumuka
www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
O governante falava no termo de uma digressão de cinco dias por oito municípios do interior desta região onde os sectores da educação, saúde, reabilitação de estradas, pontes, falta de apoio a juventude e infra-estruturas constituem os principais problemas apresentados pelas populações locais.

"O que mais nos preocupa é a questão das crianças que têm estado a estudar na República Democrática do Congo (RDC), são cerca de 360 da nossa fronteira do Tembo – A – Luma, onde dei instruções na devida altura no sentido do senhor provincial da Educação e o senhor administrador daquela área preste uma atenção particular para que possamos rapidamente inverter esta situação,” disse.

Na opinião do chefe do executivo escolas devem ser construídas na comuna de Dala Samba, “no sentido de fazermos com que estas crianças regressem no próximo ano escolar estudando já no nosso país”.

Norberto Fernandes dos Santos que falava em conferência de imprensa no palácio local mostrou-se preocupado com o isolamento de perto de 20 mil pessoas da comuna de Cunga - Palanga, município do Luquembo.

“Partindo desde a ponte sobre o rio Luhando faz com que as pessoas não tenham contacto com o município, com a província, isso deve significar que deveremos ter crianças dessas áreas que não estudam, as populações não estudam”, precisou o governante, referindo que a ponte foi destruída em 1986.

Para contrapor o quadro actual as autoridades governamentais interagiram com a construtora que trabalha naquele perímetro e vai apresentar um projecto que permitirá “recuperar essa situação e salvar as populações que estão do outro lado."

Governador provincial de Malanje quando balanceava o périplo realizado pelos municípios de Luquembo, Quirima, Massango, Kambundi-Katembo, Marimba, Quela, kiwaba-Nzoje, e Cahombo a norte e sul desta circunscrição.

Nos próximos tempos, o também secretário provincial do partido governante vai proceder remodelações no seu executivo depois de radiografar a actividade dos directores e delegados provinciais e administradores da maioria dos municípios desta localidade.

“Na minha óptica depois desta remodelação haverá alguns que se vão manter e outros que vão cessar o mandato, para os que vão ficar é mais uma oportunidade que eu estou a dar para poderem encaixar o modelo de governação que estou a imprimir na província de Malanje”, disse, acrescentando que “todos aqueles que não acompanharem, naturalmente que também conhecerão o mesmo destino.”

Governador provincial de Malanje, Norberto Fernandes dos Santos esta quarta-feira em conferência de imprensa com jornalistas de órgãos públicos e privados sedeados nesta capital.

A região vai contar em breve com um plano especial para recuperar o desenvolvimento que ela pretende, uma vez que a área turística apenas configurada ao município de Calandula onde foi criado do pólo do género de carácter nacional.