quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

LISBOA: Democracia portuguesa em cheque com ultimátum de Dos Santos

Democracia portuguesa em cheque com “ultimátum” de Santos

Democracia portuguesa em cheque com “ultimatum” de Santos

Portugal é o elo mais fraco no diferendo com Angola resultante do “ultimatum” de José Eduardo dos Santos. Mais do que isso, é possível que o Governo português se sinta tentado a subverter um princípio fundamental da democracia – a independência do poder judicial perante interesses particulares, alertam economistas e universitários como Alves da Rocha, da Universidade Católica de Luanda, em recente entrevista à Euronews.
No imediato não se prevê um abrandamento dos atrasos e complicações que decorrem da instabilidade nas relações comerciais e políticas. Independentemente das questões internas angolanas é, para Portugal, que sobram as consequências mais gravosas da declaração de Santos.
A vulnerabilidade portuguesa tem a ver com o volume dos seus interesses económicos em Angola. Além dos montantes significativos das remessas dos 150 a 200 mil emigrantes,  Angola é o principal destino das exportações portuguesas para fora da Europa cujos números oscilam entre os 3.000 a 4.000 mil milhões de dólares/ano. Por outro lado,  os dividendos e lucros das empresas portuguesas em Angola atingem verbas entre os 700 e 800 milhões de dólares/ano. Tratam-se de números muito significativos para um país actualmente em crise económica.
Em contrapartida Angola tem alternativas: tem o Brasil, a China e a África do Sul. Para além de outros países, como a França e os Estados Unidos, poderem reforçar as suas relações económicas com Angola.
O diferendo entre os dois países surgiu na sequência da divulgação de processos de investigação, entretanto já arquivados, instaurados pela justiça portuguesa contra altas figuras do Estado angolano, nomeadamente o Procurador-Geral e o Vice-Presidente. Restam apenas processos contra alguns ministros de estado e membros daa Casas Civil e Militar do PR.
O não respeito pelo segredo de justiça irritou Luanda e levou o Presidente José Eduardo dos Santos a tomar a iniciativa do “rompimento” ou, pelo menos, de anunciar a suspensão de um processo já em curso que visava transformar Portugal num parceiro privilegiado de Angola.
As consequências gravosas desta decisão política começam já a fazer-se sentir de uma forma prática e concreta, através de dificuldades na renovação de contratos por parte de algumas empresas portuguesas, sobretudo na área da construção civil, e também na contratação e consequente emigração de quadros portugueses para Angola que aumentara consideravelmente nos últimos três anos. Igualmente registam-se dificuldades na obtenção de vistos de trabalho havendo mesmo registo, ainda que sem números oficiais, de recusas liminares por parte de consulados angolanos em Portugal.
A súbita limitação da entrada de trabalhadores qualificados portugueses em Angola é também entendida localmente como uma forma de evitar o desemprego de quadros angolanos. Ainda que, em termos teóricos, a maciça emigração portuguesa dos últimos três anos tenha tido consequências positivas no país, na prática as enormes diferenças salariais (4 ou 5 vezes maiores para os portugueses) a juntar a melhores condições de habitabilidade e transportes, têm causado alguns diferendos sérios entre portugueses e angolanos que o Governo de Luanda nem sempre consegue resolver. Com a agravante de ter ainda de gerir as frustrações desses quadros angolanos face a uma emergente classe social muito rica, cujos rendimentos são difíceis de explicar, sobretudo dada a rapidez como foram conseguidos.
Luso Monitor

JOANESBURGO: O presidente Obama dos Estados Unidos enaltece legado de Nelson Mandela

Presidente Obama enaltece legado de Nelson Mandela

No seu discurso, perante a multidão reunida num estádio de Joanesburgo, o presidente Obama enalteceu a força e o sentido de justiça de Mandela.

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Redação VOA
Mais de 60 mil pessoas participaram hoje, 10, em Joanesburgo nas cerimônias em memória do antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela.
Muitos líderes mundiais não quiseram deixar de prestar uma última homenagem a Mandela. Na sua intervenção o presidente americano Barack Obama disse que Mandela foi um gigante da história que conseguiu levar o seu país na direção da justiça conquistando no processo os corações de milhares de milhões de pessoas através do Mundo.

Agradeceu também ao povo sul-africano terem-no partilhado com o resto do Mundo.
“A sua luta foi a vossa luta. O seu triunfo foi o vosso triunfo. A vossa dignidade e esperança exprimiram-se na sua vida e a vossa liberdade e democracia constituem o seu caro legado”, disse o presidente Obama.

No seu discurso perante a multidão reunida num estádio de Joanesburgo, o presidente Obama enalteceu a força e o sentido de justiça de Mandela, mas acima de tudo louvou a sua capacidade de perdoar e o seu reconhecimento de que toda a humanidade partilha o mesmo destino.

“ Foi necessário um homem como Madiba para libertar não apenas o prisioneiro como o seu captor. Para mostrar que devemos confiar nos outros para que eles possam confiar em nós. Para dizer que a reconciliação não é sinónimo de ignorar um passado cruel mas sim um meio de confrontá-lo com inclusão, generosidade e verdade. Ele mudou as leis mas mudou também os nossos corações”, disse o presidente americano.

LUANDA: Em Angola cinco partidos da oposição acusam governo de violar direitos humanos

Em Angola Cinco partidos da oposição acusam governo de violar direitos humanos


TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte:  VOA
Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Por ocasião do dia universal dos direitos humanos uma plataforma de cinco partidos políticos com e sem assento no parlamento chamaram a imprensa para exigir do executivo de José Eduardo dos Santos que acabe com as violações constantes dos direitos fundamentais dos angolanos.

Falando em nomes dos partidos, o chefe da bancada parlamentar da UNITA Raul Danda disse que estes "exigem que o chefe do estado aplique consequentemente os princípios das liberdades fundamentais e como sinal demita imediatamente toda a cadeia repressiva do país"

Os partidos que subscreveram a declaração são a UNITA, CASA-CE, FNLA, Bloco Democrático e PDP-ANA.

A plataforma chegou á conclusãoque quem viola os direitos humanos no país são as próprias instituições do estado angolano, sob a responsabilidade do partido que governa Angola.

O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, que esteve presente ao acto acusou as autoridades de não investigarem assassinatos políticos.

representada ao mais alto nível, com o seu presidente, Isaías Samakuva considerou de ridículo os actos do executivo angolano.

"Com que respeito vou olhar para pessoas que mentem assim,” disse o dirigente d aoposição.

“O  ministro (do interior) diz que estão a investigar os crimes, eu sei que não estão a investigar nada, as mortes de Kamuko e Chakussanga no Kikolo até aqui não foi investigado, nada," idsse
...
Outro presidente, do Bloco Democrático, Justino Pinto de Andrade pensa que o regime no poder em Angola está a cair no ridículo pelos métodos repressivos que usa contra manifestações pacíficas.

"O regime deve deixar de manipular os factos e as pessoas, com esta postura só vai cair no ridículo, como esteve ridicularizado na manifestação da UNITA, ao utilizar meios de guerra contra pessoas que se manifestavam pacificamente e voltou a repetir no funeral do Ganga,” disse.

“Isto 'e de facto ridículo," acrescentou.

Pela CASA-CE, falou o vice-presidente Manuel Fernandes que disse temer pelo regresso ao sistema de partido único no país.

"Estamos a ver na intenção do MPLA que há uma vontade política de se regredir às táticas do sistema monolítico, viemos do partido único e a tendência é caminharmos para um único partido," disse

A FNLA representou-se por Ndonda Nzinga que afirmu que a oposição está determinada a lutar por mudanças.

"Não cruzaremos os braços enquanto não houver mudanças neste país, estamos determinados a dizer ao MPLA que não é o único proprietário deste país," afimrou
Na mesma linha de pensamento e usando adágios populares esteve o líder do PDP-ANA Sidiangani Mbimbi.

" Eles dificilmente vão mudar, um pedaço de pau posto no rio nunca se transforma em jacaré, o MPLA nasceu comunista e vai morrer assim comunista," afirmou

LUANDA: Presidência, Defesa, Interior, e empresas estratégicas não apresentam contas dos seus gastos

Presidência, Defesa, Interior e empresas estratégicas não apresentam contas

Oposição descreve Conta Geral do Estado de embuste, insulto e brincandeira. MPLA rejeita acusações

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Redacção VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Os partidos da oposição acusaram o governo de desonestidade na primeira Conta Geral do Estado votada no parlamento Segunda feira.

A oposição  absteve-se da aprovação final  por, alegadamente, não incluir os relatórios das empresas estratégicas, dos Ministérios da Defesa, Interior e da Presidência da República.

O chefe da bancada parlamentar da UNITA, Raul Danda disse na ocasião  que o documento presentado pelo ministro das Finanças, Armando Manuel, não passava de “uma brincadeira” .

O deputado do PRS , Benedito Daniel disse, disse por seu turno que    a transparência na gestão da coisa pública é um exigência de governar com urbanidade e   verdade.

No entender do chefe da bancada parlamentar da CASA-CE, André Mendes de Carvalho a Conta geral do Estado   proposta do Executivo  é um embuste e um insulto  aos deputados.

O MPLA na voz do  chefe da sua bancada parlamentar, Virgílio de Fontes Pereira,  considerou como sendo corajosa a proposta do Executivo e repudiou as observações da oposição.

  A Conta Geral do Estado, único ponto inscrito na agenda da sessão orientada pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, foi aprovado com 135 votos a favor, 31 contra e quatro abstenções, depois de acessos debates.

LUANDA: Ativista que desconhece realidade angolana deixa escapar informação descontextualizada sobre os angolanos. A intolerancia que existe em Angoal é patrocinada exclusivamente pelo regime que controla tudo e todos e nada faz para que a paz seja de facto uma realidade .

Activista lamenta falta de tolerância política dos angolanos

Falta de respeito dos direitos das crianças é um grade problema

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Coque Mukuta
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Um activista dos direitos humanos lamentou o que disse ser a falta de aceitação dos angolanos da diversidade política.

João Castro Freedom do  Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos, disse que o maior problema para a resolução das diferenças é o facto  dos angolanos não aceitarem-se um aos outros.

“Ainda vemos um como do partido Y ou X e não conseguimos aceitar-nos mutuamente,” mencionou João Castro Freedom, Presidente da Liga Internacional da defesa dos Direitos Humanos e Ambiente que falava no acto para assinalar mais um dia mundial dos direitos humanos que se assinala hoje.

No acto o Conselho Nacional de Direitos Humanos  que congrega várias organizações cívicas defensoras dos direitos humanos, um “Manifesto sobre a Realidade dos Direitos Humanos” em Angola.

A maior preocupação relativamente aos direitos humanos em Angola concentra-se nas áreas políticas, sociais e económicos, assim como os direitos das criança, disse  Freedom para quem a falta de acesso de crianças as escolas e outros problemas sociais e económicos são os grandes desafios na área dos direitos humanos em Angola.

JOANESBURGO: Homenagem a Nelson Mandela na África do Sul - Siga os slides

Homenagens a Nelson Mandela na África do Sul

Publicação VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
10.12.2013

1
As pessoas cantam à porta da casa de Nelson Mandela em Joanesburgo, Dez. 9, 2013.

2
Deixam-se mensagens para Nelson Mandela num passeio ornamentado com bandeiras sul-africanas nas árvores, em Rosebank, distrito muito movimentado em Joanesburgo, Dez. 9, 2013.

3
Entre flores, à porta da casa de Mandela em Joanesburgo, está um quadro de Nelson Mandela rodeado por Martin Luther King, Mohandas Gandhi, John F. Kennedy, Abraham Lincoln, Winston Churchill e Barack Obama, Dez. 9, 2013.

4
Kiran, um bebé com cerca de dois anos descansa num ursinho de peluche que entre flores à porta de casa de Nelson Mandela em Joanesburgo, Dez. 9, 2013.

5
Um casal com a sua bebé à porta do Estádio FNB onde decorreu a cerimónia fúnebre de Estado, de Nelson Mandela, nesta terça-feira. Dez. 9, 2013.

6
Trabalhadores alinham-se à porta do Estádio FNB onde decorreu a cerimónia fúnebre de Estado pelo Presidente sul-africano Nelson Mandela, esta terça-feira, Joanesburgo, Dez. 9, 2013.

7
A cara de Nelson Mandela e o seu nome de clã, Madiba, são projectados na Table Mountain, na Cidade do Cabo, África do Sul. Dez. 8, 2013.

NOVA YORK/USA Países lusófonos africanos esperam mais respeito pelos direitos humanos

Países lusófonos africanos esperam mais respeito pelos Direitos Humanos

Numa ronda pelos países africanos de língua portuguesa, a Voz da América encontrou leituras diferentes sobre a situação dos direitos humanos.
Convenção Universal dos Direitos HumanosConvenção Universal dos Direitos Humanos
TAMANHO DAS LETRAS 

O Secretário-Geral lembra que a organização "defende vítimas, pressiona países a respeitarem suas obrigações e compromissos e apoia especialistas e órgãos de direitos humanos."

Ban Ki-moon destaca que as Nações Unidas têm a missão de promover os direitos humanos e para ele, "a chave para o sucesso é a vontade política dos Estados-membros".

O responsável da ONU aproveita este dia para prestar uma homenagem a Nelson Mandela, considerado por Ban "um grande símbolo do nosso tempo".

Numa ronda pelos países africanos de língua portuguesa, a Voz da América encontrou leituras diferentes sobre a situação dos direitos humanos.

Na Guiné-Bissau o presidente da Liga dos Direitos Humanos Luís Vaz Martins considera que neste último ano houve um retrocesso a todos os níveis.

Apenas vontade e discurso não bastam para melhorar a situação em São Tomé e Príncipe, na óptica do presidente da Associação dos Direitos Humanos vítor Baía, que cita até legislação aprovada há mais de um ano e que ainda não entrou em vigor.

Em Angola, segundo o Manifesto sobre a Realidade dos Direitos Humanos apresentado hoje pelo Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos, a maior preocupação concentra-se nas áreas políticas, sociais e económicas, assim como os direitos da criança. A afirmação é de João Castro Freedom, porta-voz daquele Conselho.

Situação diferente apresenta Cabo Vede, segundo a Comissão Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania, apesar do departamento de Estado americano ter alertado num dos seus últimos relatórios para o trabalho infantil no país.

Zelinda Cohen, presidente da Comissão considera que a situação é boa apesar dos desafios existentes.

Apesar dos esforços desenvolvidos, não foi possível ouvir qualquer representante da Comissão dos Direitos Humanos de Moçambique que nos últimos tempos tem criticado as violações aos direitos humanos decorrentes do conflito entre o Governo e a Renamo, assim como o tráfico de pessoas e a violência contra mulher.