terça-feira, 17 de dezembro de 2013

LUANDA: Ausência de Dos Santos ditador angolano no funeral de Madiba provoca interrogações

Ausência de Dos Santos do funeral de Mandela provoca interrogações

ONGs prestaram homenagem a Madiba em Luanda.

TAMANHO DAS LETRAS
 
Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
A ausência do Presidente José Eduardo dos Santos do funeral de Nelson Mandela está a provocar interrogações e críticas de algumas Organizações Não Governamentais em Angola.

Ao mesmo tempo, essas organizações afirmam que a situação é agravada pelo facto de não haver qualquer explicação para a ausência do presidente às cerimónias em que participaram dezenas de chefe de Estado e de Governo, incluindo dos paises mais poderosos do mundo.

Um grupo de ONG que lutam pela defesa dos direitos humanos no país deslocou-se no domingo ao cemitério da Santa-Ana em Luanda para homenagear Madiba, depositando uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido.

As organizações representadas no Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos decidiram que o funeral de um homem da grandeza de Nelson Mandela não podia passar despercebido aos olhos da sociedade civil em Angola.

"Em Angola, a sociedade civil não podia ficar indiferente a este homem com uma dimensão extraordinária e um pensamento de unidade para todos os povos e daí esta homenagem de um grande herói da África do Sul, do continente e do mundo, um filho da África e de Angola também", disse o presidente da associação Mãos Livres, Salvador Freire.

Outro advogado da Mãos Livres, David Mendes, pensa que o exemplo de Mandela devia ser seguido pelos angolanos.

"O exemplo de Nelson Mandela serve para todos os angolanos pois Angola saiu de uma longa guerra e ainda temos problemas de integração baseada em tribos e questões partidárias”,  disse.

O causídico diz não perceber como o Presidente da República faltou à cerimónia de Madiba e aguarda por uma explicação dos serviços da Presidência.

"A Casa Civil da Presidência da República nada disse e ninguém sabe as razões que levaram (à ausência de José Eduardo dos Santos na África do Sul)”, disse.

“Esperamos que a Casa Civil da Presidência diga alguma coisa, também estamos perplexos pelo facto de Angola não ter decretado luto nacional, não podemos nos esquecer que o primeiro país que Nelson Mandela visitou após a sua libertação foi Angola”, concluiu.

Quem também esteve presente na homenagem a Mandela e manifestou surpresa pela falta de José Eduardo dos Santos nas exéquias de Mandela na África do Sul foi Sidiangani Mbimbi do PDP-ANA.

"Nós não sabemos porque que o nosso presidente não foi a este óbito onde foram quase todos os chefes de estados do mundo”, disse, afirmando que as autoridades deveriam explicar a ausência.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

SÃO PAULO: General sobrinho do ditador Angolano chegava a pagar US$ 100 mil por sexo com brasileirs

General angolano chegava a  pagar US$ 100 mil por sexo com brasileiras



Reportagem especial denuncia rede de prostituição de luxo, que levava brasileiras a Angola. Principal cliente era um dos homens mais poderosos da África.


Fonte: Globo/Fantástico

Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
A reportagem especial deste domingo, no Fantástico, vai denunciar uma rede de prostituição de luxo que você nunca viu nada parecido. Mulheres brasileiras eram levadas para fazer programas sexuais em Angola. Segundo as investigações, o principal cliente era um general, um dos homens mais poderosos da África. Ele chegava a oferecer US$ 100 mil por um programa. Veja na reportagem de Walter Nunes e Ernesto Paglia.
O Aeroporto Internacional de São Paulo é passagem frequente de muitos famosos. Artistas, celebridades, gente que viaja a trabalho para decolar nos palcos do Brasil e do mundo.
Agora, uma investigação da Polícia Federal revela que, durante os últimos sete anos, Guarulhos funcionou também como ponto de partida de uma ponte aérea da prostituição, que ligava Brasil e África.
Brasileiras - algumas, rostos conhecidos de programas de TV - embarcavam pelo menos duas vezes por mês com destino a Angola ou à África do Sul. Em certos casos, essas expedições incluíam Portugal.
Entre os envolvidos, não havia segredo. O objetivo das excursões era abertamente sexual.
Fantástico: Essas mulheres sabiam que iam para lá para se prostituir?
Stella Fátima Scampini, procuradora federal: Sim.
Fantástico: Então, isso não descaracteriza o crime?
Stella: Não. O fato de a pessoa se prostituir, isso não é crime. A pessoa que explora a outra sexualmente, que tira proveito da prostituição alheia, essa sim comete crime. O simples fato de você promover a saída de uma pessoa para o exterior para exploração sexual, isso por si só já é um crime, que é justamente o crime de tráfico internacional de pessoas.
O destino final desse tráfico de pessoas era, na maioria das vezes, a cidade de Luanda. A precária capital angolana, marcada por quase 30 anos de guerra civil, foi o improvável cenário de prostituição para algumas mulheres brasileiras.
Se Angola ainda luta contra a pobreza, o mesmo não pode ser dito do homem que a Polícia Federal aponta como o grande patrocinador deste esquema, que pode ter movimentado quase US$ 50 milhões desde 2007.
Bento dos Santos Kangamba é general da reserva das Forças Armadas angolanas. Herói da guerra civil, líder político do partido do poder, o MPLA, ele é um dos maiores empresários do país. Com negócios na África e em Portugal, dono do time de futebol que é o atual campeão angolano, o general Bento tem forte ligação com o presidente José Eduardo dos Santos, no poder há 34 anos. Ele é, simplesmente, casado com uma sobrinha do chefe de estado de Angola.
Luiz Tempestini, delegado da Polícia Federal: Ele é uma pessoal muito influente naquele país.
Fantástico: Intocável?
Tempestini: Eu não diria intocável. Mas tem uma dificuldade maior sim.
De acordo com a Polícia Federal, as brasileiras eram enviadas em grupos de cinco ou seis para Angola. No auge do esquema, no meio deste ano, havia pelo menos dois grupos por mês. Em uma escuta feita com autorização judicial, uma das mulheres que já tinha visitado Luanda conta para outra como é a viagem. A conversa confirma: as moças sabiam muito bem com quem estavam lidando.
Mulher 1: Ele é famosíssimo. Esse cara é dono de tudo lá. Ele abre uma gaveta assim ó, cheio de dólares. Cheio. Milhões de dólares.
As moças eram contratadas por US$ 10 mil cada. O combinado: uma semana à disposição de Kangamba e seus amigos na África. Mas, para uma delas, a eleita, o cachê podia ganhar outra dimensão.
As escutas mostram que Bento Kangamba fazia uma seleção cuidadosa e escolhia uma das beldades para ser a sua própria acompanhante.
Mulher 1: No primeiro dia que ele foi ver a gente, ele pegou, foi lá pro quarto, mandou chamar nós duas. Aí ele mandou ficar em pé para ele ver meu corpo.
Mulher 2: De roupa mesmo ou sem nada?
Mulher 1: De vestido e calcinha.
Em um quarto do hotel, as moças desfilavam diante do poderoso angolano.
Mulher 1: Ele não gosta de baixa, ele gosta de mulher super bolada. Ele gosta de mulher com carne. Se eu tivesse o corpo de antes, a bunda do tamanho do mundo, eu tenho certeza que ele ia pirar na minha.
Quando Kangamba decidia, a escolhida recebia um bom pé-de-meia. O general pagava até US$ 100 mil, quase R$ 250 mil, para a sua favorita. Mas essa pequena fortuna tinha um preço alto, segundo a polícia. Um risco de vida. Quando se trata de sexo, o general tem os seus caprichos.
Mulher 1: Ele não transa com camisinha, né?
Mulher 2: Ah, não?
Mulher 1: Dizem que ele só gosta sem camisinha e por isso que ele dá R$ 100 mil, R$ 200 mil para as meninas.
Fantástico: O risco envolvido é muito alto.
Stella: Muito alto. Elas tinham consciência disso, muitas delas ficavam em dúvida, mas acho que a tentação e aquela ambição era maior.
Mulher: Eu não vou ficar com demagogia, não, tô lá na chuva é pra me molhar. Ninguém morreu de Aids até agora.
Para as moças que ficavam em dúvida, era oferecido um suposto antídoto, um coquetel de drogas antiaids.
Nesta escuta, uma das mulheres que topou fazer sexo sem camisinha com Bento Kangamba conta os efeitos da medicação recebida.
Mulher: Deixa eu te falar uma coisa, eu estou tomando os negócios e eu estou supermal.
Para o Ministério Público Federal, não há comprovação de que esses remédios de fato teriam algum efeito contra a contaminação pelo vírus.
“A gente não sabe do que seria composto, mas acho que todos sabemos que ainda não há cura para esse tipo de doença”, afirma a procuradora.
Segundo a Polícia Federal, ninguém conhecia melhor as exigências de Bento Kangamba do que um brasileiro, o encarregado de recrutar as prostitutas do lado de cá do Atlântico.
Músico, produtor de eventos, Wellington Eduardo Santos de Souza visitou Angola pela primeira vez em 2003 como percussionista do grupo de pagode Desejos. Wellington é conhecido como Latyno e não deve ser confundido com o músico mais famoso, que tem o mesmo apelido.
Os shows em Luanda iniciaram a parceria com Nino Republicano. O empresário artístico africano era o contato do brasileiro na capital angolana. Segundo a investigação, Nino era encarregado de reservar hotéis e pagar as despesas das brasileiras.
Latyno: Foi nove mil, nove mil e pouco das passagens de todo mundo.
Republicano: Você tinha seis mil dólares meus aí.
Latyno: Comprei cinco bilhete.
Republicano: Então, cinco bilhete dá quanto?
Latyno: Eu vou te passar as contas aí tem o dinheiro já, tu vai pegar aí com o coiso.
A Polícia Federal calcula que o esquema de prostituição internacional chegou a faturar mais de R$ 640 mil por mês. E o dinheiro não ficava todo com as mulheres. A comissão cobrada pelo chefe dos agenciadores, Wellington de Sousa, o Latyno, corroía pelo menos metade desse valor. E como a mesma rapidez com que ele dinheiro entrava, aparentemente ele saía, gasto em itens de luxo, como um supercarro que está apreendido pela Polícia Federal de São Paulo. Um veículo que zero quilômetro custa mais de R$ 380 mil.
“Ele era basicamente o líder da organização aqui no Brasil”, revela o delegado.
Em uma ligação, o ex-pagodeiro fala diretamente com o general angolano. O assunto é uma viagem a Portugal.
Kangamba: Qual o pessoal que vai agora?
Latyno: Tô com várias pessoas já preparadas, que era tudo pessoal de TV. Já tem um time bom, tudo montado pra lá.
Kangamba: Põe pra ir na quinta-feira, elas.
Em outra gravação, ele precisa lidar com a frustração do general, que não pode ter uma das moças que gostaria.
Kangamba: A cara é boa, né?
Latyno: Sim, é boa. É grande, né? Aquela eu tentei já, mas é difícil demais, tio.
Kangamba: É difícil por quê?
Latyno: É muito difícil, tio. Tentei muito, tentei muito.
Kangamba: Ah, tá bom, organiza lá então.
Latyno - que lembramos mais uma vez, não tem nada a ver com o músico mais famoso de mesmo apelido - também executava funções burocráticas. Em uma escuta, uma das mulheres explica que o ex-pagodeiro também cuidava do dinheiro recebido pelo grupo.
Mulher: Quem sempre vai pra pegar o dinheiro, trazer o dinheiro pra gente é o Latyno.
Mas, em pelo menos um dos casos, diz a polícia, o agenciador sumiu com o dinheiro. E a mulher escolhida pelo general ficou sem os US$ 100 mil pagos por Kangamba para fazer sexo sem preservativo.
Em uma troca de mensagens com Latyno, ela cobra a dívida. E o chama de 'o maior cafetão do Brasil'.
Latyno está preso desde o final de outubro. Com ele, estão outros quatro brasileiros. Segundo a polícia, são seus dois auxiliares principais: Rosemary Aparecida Merlin e Eron Francisco Vianna. E o terceiro escalão da quadrilha, formado por Luciana Teixeira de Melo, a Lu Bob, e Jackson Souza de Lima, marido de Rosemary.
“Cada um tinha uma função específica. Mas em termos gerais eles eram responsáveis por toda a logística da organização. Tanto para aliciamento, quanto para seleção, quanto para obtenção de vistos”, afirma Tempestini.
O grupo é acusado de formação de quadrilha, favorecimento à prostituição, tráfico internacional de pessoas e cárcere privado.
Mulher 1: A gente teve que ficar trancada no quarto todos os dias. Horrível, horrível, essa sensação de prisioneira, sabe?
Em uma escuta, a irmã de uma das moças levadas a Angola liga para Rose Merlin, assistente de Latyno.
Irmã: Ela tava surtando já no sábado lá, ela falou comigo. Não podiam fazer nada, ficaram trancadas, que não sei o quê.
Rose: Como o Latyno não está lá, sem autorização do Bento, ninguém sai de lá, também, né?
“Somados os crimes que as pessoas foram indiciadas e denunciadas pelo Ministério Público, o cálculo é aproximado de 41 anos de pena total”, explica o delegado.
O Fantástico procurou todos os acusados. Entre os brasileiros, nenhum quis dar entrevista. A defesa de Jackson Souza de Lima mandou uma nota em que nega todas as acusações e que seu cliente não tem antecedentes criminais. Os angolanos Bento Kangamba e Nino Republicano tiveram a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público Federal.
“De uma forma direta eles participaram também dos crimes cometidos aqui. Esse núcleo brasileiro não existiria se não houvesse o fornecimento de dinheiro. Os fatos estão todos correlacionados”, avalia Stella.
Hoje, Kangamba e Republicano têm os nomes na lista vermelha da Interpol, a polícia internacional.
“De regra, Angola não extradita nacionais. No caso de eles buscarem algum outro país, será a ocasião em que eles poderão ser presos imediatamente, para uma futura extradição para o Brasil”, afirma Luiz Eduardo Navajas, chefe da Interpol no Brasil.
Bento dos Santos Kangamba contratou um advogado para defendê-lo no Brasil.
“Se algo como isso acontecia, acontecia absolutamente sem o conhecimento e domínio do Bento dos Santos. Ele contratou profissionais, artistas brasileiros, para fazer a promoção do clube de futebol dali”, argumenta Paulo Iasz de Morais, advogado de Bento Kangamba.
Nino Republicano também contratou um advogado brasileiro.
“O meu cliente não tem nenhum envolvimento com a dita quadrilha de tráfico internacional de mulheres. Ele tem uma empresa de eventos, responsável por levar inúmeros eventos de artistas brasileiros para Angola”, defende Pedro Iokoi, advogado de Nino Republicano.
As mulheres que viajaram a Angola não serão chamadas como testemunhas, segundo o Ministério Público Federal, para proteger suas identidades.
Fantástico: O papel dessas mulheres no processo é o de vítimas.
Stella: Sim.
Fantástico: Alguma dessas vítimas procurou o Ministério Público Federal para denunciar esse esquema?
Stella: Não. Esse tipo de crime envolvendo prostituição de luxo, elas tentam preservar a privacidade. Então é muito difícil que venham aos órgãos públicos.
Fantástico: Têm medo da exposição?
Stella: Muito medo da exposição. Muito medo de ver seu nome vinculado à prostituição.
Fantástico: Talvez seja difícil para o público em geral identificar onde está o erro. Se são mulheres adultas, famosas, foram de livre e espontânea vontade em busca de dinheiro, será que os riscos envolvidos não são aceitos popularmente.
Stella: É dever do Ministério Público reprimir e também proteger essas vitimas, que muitas vezes nem se vêem como vitimas.

domingo, 15 de dezembro de 2013

LUANDA: Afinal cumprir a lei é pecado?

 AFINAL CUMPRIR A LEI É PECADO ?
A minha cabeça não pára, está a mil, e eu me pergunto: se a constituição deve estar acima de tudo e de todos, afinal com que razão fomos maltratados ontem no nosso próprio país e ainda vejo pessoas a dizer que Isaias Samakuva é culpado por tudo.

Como?

Afinal cumprir a lei é pecado? Afinal o certo é manifestarmo-nos pelas "belas" palavras do "arquitecto da paz"?
Afinal o que é a paz? Será que podemos falar que estamos em paz, quando angolanos são torturados, assassinados e depois viram comida de jacaré? É possível falar-se de paz, quando as próprias autoridades mentem descaradamente?

Quando agentes da UGP atiram indiscriminadamente sob um jovem indefeso que estava a colar panfletos na samba, tão distante da Cidade Alta, sobre pretexto de estar a dirigir-se a este local?

Não se constrói um país por cima da mentira meus senhores. Afinal porque quem diz ter milhões se preocupa com aquele que eles mesmo dizem ser minoritário? Que país é esse meus senhores?


Finte:Ana Margoso
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa

LUANDA: Isabel dos Santos compra Forbes

Isabel dos Santos Compra Forbes
Fonte: Maka Angola
Divulgação: Planalto de Malanje Rio capôpa 
-13 de Dezembro, 2013
Por Maria Simbovala:
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capòpa 
A revista de negócios estado-unidense Forbes formou uma parceria com uma empresa de Isabel dos Santos, a filha do presidente da República, para publicar uma nova edição da revista nos países africanos de língua portuguesa. A Forbes África em Português será uma parceria com a ZAP, uma empresa em que Isabel dos Santos detém uma participação de 70 porcento. Em Agosto passado, a Forbes publicou uma investigação sobre como a filha do presidente tinha adquirido quase toda a sua fortuna através de meios corruptos.
 
Este anúncio surge quase um ano depois da Forbes ter incluído Isabel dos Santos na sua lista das pessoas mais ricas de África. A sua fortuna foi avaliada em US $ 3 biliões, e a revista classificou-a como a mulher mais rica do continente africano. A inclusão de Isabel dos Santos na lista gerou críticas de que Forbes estaria a glorificar uma mulher que devia a sua fortuna à influência política do seu pai, o presidente José Eduardo dos Santos.
 
Em resposta a essa crítica, a Forbes publicou um artigo em co-autoria com o jornalista Rafael Marques de Morais, em Agosto passado, que investigou as origens da fortuna de Isabel dos Santos. Nesse artigo, a Forbes revelou que “segundo aquilo que conseguimos apurar, cada um dos grandes investimentos detidos por [Isabel] dos Santos resultam de ela ter adquirido uma percentagem de empresas que pretendiam fazer negócios no país ou de um acto executivo do presidente que lhe atribuiu uma parte das empresas”.
 
Esta investigação provocou uma reacção irada de círculos próximos da família Dos Santos. A propaganda leal ao presidente publicou alegações infundadas de que uma filha do falecido líder rebelde, Jonas Savimbi, teria uma percentagem na revista Forbes.
 
A nova revista bimensal Forbes África em Português será lançada no segundo trimestre de 2014 e será distribuída em Angola , Portugal, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau. De acordo com um comunicado de imprensa da Forbes, a maior parte do conteúdo da nova revista será produzido localmente e será complementado por material deForbes nos E.U.A., traduzido para português.
 
A marca ZAP foi lançada em 2010, juntamente com a ZAP Televisão, para proporcionar conteúdos de entretenimento televisivo por satélite em Angola e noutros países de língua portuguesa em África. No seu lançamento, a ZAP revelou ser controlada por Isabel dos Santos, detentora de 70 por cento das acções, enquanto a empresa portuguesas de telecomunicações ZON, é proprietária dos restantes 30 por cento. Por sua vez, Isabel dos Santos também é a acionista maioritária da ZON.

sábado, 14 de dezembro de 2013

LUANDA: Ausência de Dos Santos no funeral de Mandela não deve ser dramatizada, diz analista afeto ao segmento do regime ditatorial angolano

Ausência de dos Santos no funeral de Mandela não deve ser dramatizada - analista

Angola e África do Sul têm interesses comuns fortes que não serão afectados por isso

TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: Arão Ndipa VOA
Divulgação: Redação do Planalto De malanje Rio capôpa
Não deve ser dramatizada a ausência do presidente angolano José Eduardo dos Santos das cerimónias fúnebres de Nelson Mandela, disse o analista político angolano Bernardino Neto.

O analista disse que a ausência de dos Santos de pode dever-se  “ a razões de maior” e que portanto “tudo o resto são especulações”.

Neto comentava à Voz da América essa ausência que tem merecido vastos comentários nas redes sociais .

Neto fez notar que Angola e a África do Sul têm “um conjunto de interesses” comuns e que por isso não vai ser a ausência do chefe de estado “ que vai fazer com que venha a descambar todo um processo que foi já construído”.

O analista recordou a história para sublinhar que as relações entre Angola e Nelson Mandela não começaram após a sua libertação mas muito antes da independência quando os nacionalistas das colonias portuguesas se organizavam na Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas.

O analista disse que as relações politicas e diplomáticas entre Angola e África do Sul também foram impulsionadas nos últimos anos, graças á dimensão visionária que Nelson Mandela assumiu para aproximar os dois países, depois de um período marcado por trocas de acusações.

O porta-voz da UNITA Alcides Sakala disse por seu turno esperar que “as futuras gerações sul-africano respeitem este legado de Nelson Mandela e que o seu pensamento continue a iluminar a sociedade africana e sul africana.” Sakala recordou que quando uma delegação da UNITA se avistou com Mandela este disse que se os membros da delegação se quisessem avistar com membros do anterior regime não havia nenhum problema.

O que Mandela fez notar, disse Sakala, é que “uma coisa é o passado que ficava para traz outra coisa é a construção de uma sociedade nova assente numa visão realista”.

“Nelson Mandela como político não se dissocia muito daquilo que era como homem,” acrescentou  Sakala
.

Qunu/ Africa do Sul: Graça Machel chora ao receber a bandeira do caixão de Mandela

Graça Machel chora ao receber bandeira do caixão de Mandela

Corpo do antigo presidente sul africano chegou à sua terra natal de Qunu onde será sepultado Domingo
Unidos em lágrimas. Graça Machel  e Jacob Zuma
Unidos em lágrimas Graça Machel e Jacob Zuma                                                                                                                                                                                                                                                                         Tamanho das LETRAS
Fonte: Redação VOA
Divulgação: Redação Planalto De Malanje Rio Capopa
O corpo do antigo presidente sul africano  Nelson Mandela chegou hoje à aldeia de Qunu na província do Cabo Oriental.

As ruas estavam repletas de gente para saudar o ex-presidente quando o seu corpo foi transportado do aeroporto de Mthatha para a aldeia.

Uma enorme tenda foi montada em Qunu para a cerimónia fúnebre no Domingo.

O enterro será uma cerimónia praticamente reservada á família com apenas poucos convidados.

O Congresso Nacional Africano, ANC, realizou uma cerimónia de homenagem a Mandela na base aérea de Waterkloof antes do seu corpo ter sido transportado de avião para a província do Cabo Oriental.

A viúva de Nelson Mandela, Graça Machel, chorou ao receber a bandeira do Congresso Nacional Africano (CNA) que cobriu o caixão do seu marido durante a cerimónia fúnebre oficial.

Vestida de negro, Graça Machel teve de limpar, por várias vezes, as lágrimas, depois de receber a bandeira com as cores da África do Sul das mãos do Presidente sul-africano, Jacob Zuma.

Durante a cerimónia, Machel ouviu atenta os discursos, sentada na primeira fila, junto a Jacob Zuma e à ex-mulher do antigo Presidente sul-africano Winnie Madikizela-Mandela.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

CABO: Desmond Tutu, aliado de Mandela, não foi convidado para o enterro, diz jornal

Desmond Tutu, aliado de Mandela, não foi convidado para enterro, diz jornal

O partido governista da África do Sul, Congresso Nacional Africano (CNA), recebeu críticas por não ter convidado o ex-arcebispo e aliado de Nelson Mandela na luta anti-apartheid, Desmond Tutu, ao enterro do líder em Qunu, no domingo.

Fonte: MSN
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
13.12.2013
Tutu, que se tornou um crítico do governo, foi uma figura importante na campanha pela libertação de Mandela da prisão.
O fato de não ter sido convidado foi visto como uma atitude mesquinha e política do partido, segundo o "Guardian".
Cerca de cinco mil pessoas vão participar do funeral na vila onde Mandela cresceu.
A filha de Tutu, chefe da sua Fundação, afirmou que "o arcebispo não foi credenciado para o evento e, portanto, não vai estar presente". A Fundação não quis fazer mais comentários.
Bantu Holomisa, um ex-político do CNA, disse que "deve haver um erro". "Ele deveria ser a primeira pessoa convidada", comentou.
Um porta voz da família de Mandela comentou que a família não está envolvida em quem atenderá ou não ao enterro. "É o Estado que está incentivando as pessoas a participar ou não participar. Eu não estou ciente de qualquer exclusão", disse.
O CNA não respondeu a pedidos para comentar o caso.