quarta-feira, 9 de abril de 2014

MALANJE: Clero agachado reza aos pés do ditador

CLERO AGACHADO REZA AOS PÉS DO DITADOR

Fonte: Planalto De Malanje Rio Capôpa
09.04.2014

É triste ver as evidências atestarem o adestramento da igreja cristã, torna-se doloroso aceitar como verdadeira a realidade e presenciar o agachamento dos profetas que um dia serviram a Deus com amor e dedicação trabalhando para os homens serem reduzidos a zero pelo deus dinheiro.
O VERGONHOSO STATUS IMPOSTO POR JES AO CLERO
Eles foram transformados em aficionados escravos do deus mamom, desobedecendo ao que Jesus determinará em (Lucas 16:13). Esse grupo de pastores, reverendos, padres e bispos promíscuos, negaram a verdade do evangelho e dobraram-se em adoração constante ao deus ínfimo do dinheiro transformando-se em obstinados serventes, e hoje são de facto prestimosos comissionados da politica secular imposta pelo ditador JES no interior das igrejas cristãs.

Não podemos chamar a igreja dos nossos dias de igreja cristã, pois ela não serve mais os interesses de Deus na terra, ela transformou-se numa ONG prestativa de serviço propagandístico adstrito a casa de segurança militar do energúmeno ditador JES.  A direção da igreja cristã angolana secularizou a igreja constituindo-a num restrito misterioso cartel de tráfico de influencia ao serviço do plenipotenciário servo da igreja de mamom para daí promover o paganismo junto dos fiéis do Cristo ressuscitado.
 Esses místicos sacerdotes submissos integralmente à vontade de Eduardo dos Santos, o mais fiel servo do satanismo, não só envergonham todos os cristãos como também escandalizam aqueles que poderiam vir a transformar suas vidas através da pregação do verdadeiro evangelho de Cristo Jesus.
A VANGUARDA DOS ADORADORES DE JES COMANDADA PELOS SACERDOTES APOLÔNIO GRACIANO E LUIS NGUIMBI
Hoje constatamos impávidos os chamados sacerdotes católicos e evangélicos endeusarem o tirano, venerando-o como se de um deus se tratasse. Esses apelativos plagiadores da fé cristã adoram e veneram o ditador como jamais adoraram o verdadeiro e único autor e consumador da fé cristã o Senhor da glória, o Cristo do Deus vivo! Esses vampiros nascíveis servos de satã disfarçados de padres, bispos, Pastores e vaidosos reverendos prestativos veículos da vontade do chefe da desgraça dos angolanos, transformaram-se eles mesmo em pegajosos mercadores da fé.
 Os evangelistas foram transformados em marqueteiros, os pastores não querem mais trabalhar altruisticamente e defesa dos mais fracos, eles transformaram-se em inquisidores da verdade autentica do Cristo ressuscitado. O Senhor dos céus é minimizado e transformado em um misero do senhor deus morto, o senhor deles agora é o altivo e infrutífero chefe de fila da corrupção e do banditismo internacional na terra angolana! Esses facínoras vendilhões do templo, indelicados idolatras capitaneados pelo doutrinado idolatra padre Apolônio Graciano no norte e no sul de Angola comandado pelo sinistro engraxador enganador e mentiroso comerciante da fé Luís Nguimbi, desejam a todo custo inverter a verdade de Deus para levar o povo de Deus a reconhecer o ditador JES como maior e mais grandioso que o Deus criador, que reina e governa a vida em toda dimensão do universo!
FARRA FARISAICA DOS ADULADORES DO DITADOR JES 
Era só vê-los, todos os sacerdotes de JES o deus da bufunfa ser venerando e bajulado num culto demoníaco de adoração ao ditador fazedor de uma paz comandada pelo nosso dinheiro. Não estou aqui a destorcer a realidade ao afirmar que não houve nenhum culto a Deus nessa festa farisaica organizada pelos mais venenosos sacerdotes farisaicos, adoradores do messiânico deus Eduardo dos Santos. Na verdade JES é deus para todos os reverendos e padres que se deixaram comprar pelo dinheiro de todos nós e hoje prestam um indecoroso serviço a JES e ao seu regime.
A IGREJA DE JES E DOS FALSOS PROFETAS NÃO PASSAM DE ONGs!
Não tenhamos duvidas nenhumas que o púlpito da igreja contemporânea angolana foi transformado num recinto de palestras onde se profana a palavra do Deus vivo e verdadeiro, dizem-se nesse espaço sagrado enormíssimas blasfêmias. A igreja deixou de ser uma casa de oração e adoração a Deus, ela foi definitivamente transformada numa aberrante quitanda da fé. Aprendi a muito no caminho difícil que levaram a minha conversão, que igreja sem cristo não passa de uma mera ONG que presta serviço social.
 Ninguém na atual igreja quer verdadeiramente servir de vaso utilitário do espirito Santo, essa condição não é rentável para os nossos sacerdotes. Esses falsos profetas estão assombrosamente munidos do espirito messiânico do anticristo, indolentemente desejam ardentemente transformar o Senhor Jesus Cristo no representante comercial dos negócios e da vontade expressa de JES La nos céus. Na verdade os impiedosos bajuladores do gatuno e assassino ditador JES agora afirmam que o céu é uma sucursal do regime terreno de Dos Santos, pode isso estar a acontecer!
 Esses gafanhotos devoradores da mentira satânica têm a pretensão de enganar continuamente todo rebanho de Deus com a constância de profecias falsificadas onde insinuam que JES é um ungido de Deus, por isso pode sim (des) governar Angola e, por conseguinte, ele pode roubar o que quiser e até escravizar-nos ao seu bel prazer. Esses bispos, padres, pastores e reverendos lunáticos comportam-se com verdadeiros verdugos e como vagabundos mentirosos, que a todo custo querem que todos reconheçamos JES como enviado de Deus. Esses miseráveis querem ainda ter o poder de decidir quem e sobe para o céu e quem desce para o inferno, debalde.
A IGREJA ANGOLANA NA VISÃO DO INCRÉDULO CÔNEGO APOLINÁRIO FUNCIONA COMO O ANDAR DE CARANGUEJO, ELA FUNCIONA SEMPRE AO ARREPIO DA VERDADE BÍBLICA.
Fica muito difícil compartilhar qualquer que seja a experiência com os atuais profetas de São José Eduardo dos Santos, o indistinto Padre Apolônio. Esse prelado de princípios sombrios até consegue enraivecer o seu próprio mentor lúcifer com os disparates que diz! O cônego Apolônio não possui saberia alguma que o ajude a discernir as coisas espirituais das coisas terrenas, ele prego o reino da terra na terra, ele preocupa-se demais com as fabulas e com as falsas filosofias, o cônego Apolônio sabe que não é essa a vontade expressa de Deus, que ordenou que nos deleitássemos nas suas riquezas terrenas e não idolatrássemos homem algum como faz com elevada mestria o cônego Apolônio quando se refere ao seu maior padroeiro José Eduardo dos Santos!
SE PARA O CÔNEGO APOLINÁRIO GRACIANO SOMOS TODOS RETARDADOS EXCEPTO AQUELE QUE ESTÁ A TRINTA E QUATRO ANOS NO PODER MATANDO E MANDANDO ASSASSINAR OS ANGOLANOS INDISCRIMINADAMENTE PELAS TROPAS DO REGIMENTO DA SEGURANÇA PESSOAL DO PRESIDENTE!
 Quantos dos muitos filhos e filhas do ditador foram assassinados em angola? Quantos dos filhos e familiares do presidente passam atualmente fome e/ou deram o seu contributo no conturbado conflito militar angolano para merecerem tantas mordomias ao ponto de todos os melhores negócios no país passassem para as mãos dos seus filhos e familiares, inclusive os negócios rentáveis que deveriam força da constituição atípica continuar sob a tutela do estado? Qual foi o grande feito realizado, para que o filho do ditador Filomeno dos Santos (Zenú) sem experiência alguma, e sequer ter pertencido alguma vez aos quadros da administração publica nacional, e muito menos ter alguma vez ter pertencido aos quadros do nosso partido, para merecer a indicação de seu próprio pai presidente nepotista para nomeá-lo no cargo de presidente do fundo soberano angolano?
SOBRE O TRAFICANTE DE ARMAS PIRRE FALCONE NOMEADO EMBAIXADOR EM PARIS, E A MAIS RECENTE NOMEAÇÃO PRESIDENCIAL DE UM PORTUGUÊS PARA UM CARGO EXECUTIVO NA BOLSA DE VALORES ANGOLANA, O PADRE APOLÔNIO TEM ALGUMA EXPLICAÇÃO FAVORÁVEL QUE DIGNIFIQUE A ATUAÇÃO DO SEU DILETO DEUS PESSOAL JES?
 O padre Apolônio e o pastor Luís Nguimbi sabem e/ou dizer-nos de qual constituição foi tirada a redação que levou a nomeação do bandido traficante de armas, Pierre Falcone te para o cargo de embaixador de Angola na UNESCO após ter saído da cadeia com terríveis acusações em Paris? O padre Apolônio Graciano se pensasse com independência e se não tivesse o seu discurso arisca apenso à terminante vontade do tirano Eduardo dos Santos, a muito teria falado com o seu principal ídolo maior que o papa e a virgem Maria juntos, para que o seu adorado ditador de estimação afastasse o capelão da feitiçaria Bento Analfabeto Kangamba do aparelho do estado e do partido que a todos nós pertence!
 Essa coqueluche preferida do ditador marido de sua sobrinha e diretora adjunta do seu gabinete presidencial tem cometido as mais terríveis atrocidades na nossa terra e fora dela. É verdadeira a informação que o Analfabeto Kangamba comete os mais irascíveis crimes internacionais, como branqueamento de capitais acusado em França, trafico internacional de carne humana e prostituição internacional acusado pelo ministério público brasileiro e procurado pela policia internacional (INTERPOL), mão é decoroso que um presidente que se digne ouvir o seu povo, continue a vivenciar oficialmente com uma pessoa da índole do Bento Analfabeto Kangamba que em abono da estrita verdade, não traz nenhuma mais valia para o engrandecimento do aparatoso aparelho do estado nem para a postura do atual MPLA.
O CANDIDATO AO PREMIO NOBEL DA PAZ DO CÔNEGO APOLÔNIO CONTINUA A NOMEAR ESTRANGEIROS EUROPEUS EM LUGARES NUCLEARES DA ECONOMIA ANGOLANA, MENOSPREZANDO A SABEDORIA NACIONAL DOS AUTÓCTONES DONOS DA TERRA SEQUESTRADA!
De onde o padre Apolônio foi buscar essa ideia do ditador ser um valido candidato ao premio Nobel da paz? Por acaso não viu uma vez mais o país a passar por uma flagrante vergonha onde novamente o tirano nomeou outro conterrâneo do marido da sua filha Tchizé dos Santos para um cargo executivo na bolsa de valores? Não acha que o lugar ora ocupado por esse estranho dos nossos costumes e valores socioculturais e econômicos e financeiros, deveria sim ser ocupado por um nobre angolano?
 O que representa e vale para Angola e para os angolanos um presidente que não ouve nem quer escutar jamais o povo sobre sua administração nem sequer ausculta o povo nem atende a vontade da maioria que suplica pela sua saída do poleiro onde se encontra a trinta e quatro anos? O que se pode esperar de um presidente que não respeita a constituição que compra toda a imprensa portuguesa para promover a sua imagem no exterior sem se preocupar nunca com a imagem que os donos da terra têm dele?
QUE NOBEL QUAL QUÊ SENHOR APOLÔNIO, CRESÇA E APAREÇA QUE O PADRE NÃO TEM CONDIÇÕES DE DAR AULAS SOBRE DEMOCRACIA A NINGUÉM!
Que Nobel da paz esse presidente ditador merece, uma pessoa que pensa que só ele tem ideias e sabedoria para desconstruir os frutos da nossa autoctonia aborígene! Que premio Nobel mereceria um presidente corrupto, nepotista, gatuno e mentiroso que só sabe destruir continuamente o tecido nacional da nossa angolanidade como povo africano? Que Nobel da paz merece uma pessoa que não reconhece e concede o direito a liberdade do povo de ir e vir a sua vontade e principalmente lhe concede a completa liberdade de expressão? Que premio Nobel merece o presidente da ditadura que não mantem uma salutar proximidade com o povo que explora e escraviza a mais trinta e quatro anos?
QUEM É O CÔNEGO APOLÔNIO GRACIANO PARA AFIRMAR QUE O PRESIDENTE TOLERA AS PESSOAS QUE O INSULTAM? NEM SOMOS NÓS OS CRÍTICOS DO REGIME DÉSPOTA DE DO SEU IDOLATRADO DITADOR QUE SOMOS DONOS DAS MINAS DE DIAMANTES NEM DOS POÇOS DE PETRÓLEO PERTENCENTE A TODOS OS ANGOLANOS!
O padre Apolônio sabe muito bem que em Angola ninguém abusa ou fala mal o seu candidato ao premio Nobel da paz JES, ele, o seu candidato é que insulta todos os dias o povo! Não somos nós que não estamos com o povo, não somos nós que nos desligamos umbilicalmente do povo faminto de alimentos e de liberdade! Padre Apolônio não são os nossos filhos os donos das minas de diamantes que mantêm exércitos privados nas províncias das Lunda norte e sul, nem somos nós os críticos do regime quem torpedeia e assassinam todos os dias os milhares de pessoas nativas naturais desses lugares param se apossarem da sua riqueza ancestral!
Senhor cônego malvado Apolônio, que fique bem claro que não somos nós os críticos pertencentes ao MPLA que somos os totalitaristas, é o seu candidato ao premio Nobel da paz quem tem estimulado o ódio e a ação militarista em angola para manter-se indefinidamente no poder? Que fique bem claro Conego Apolônio que não somos nós quem manipulou e praticou por três vezes seguidas a fraude eleitoral no nosso país, nem somos nós os opositores do regime no interior do MPLA quem se mancomunou com a Espanha e Portugal para diminuir o ímpeto da democracia em Angola!
O CÔNEGO APOLÔNIO PRECISA URGENTEMENTE DEIXAR DE CONFUNDIR A FICHA DE ELETRICIDADE COM FOCINHO DE PORCO...
Espero que o senhor cônego não continue a confundir novamente a tomada de eletricidade com o focinho de porco e pare de continuar a publicitar as suas constantes blasfêmias, nós angolanos definitivamente não somos mais os mesmos inocentes nem somos um povo bajulador parasita igual ao senhor padre Apolônio, nem somos um povo indecoroso nem mentiroso e adepto do servilismo bajulador Luís Nguinbi, reverendo e adulador vanguardista do deus JES!
Camarada Apolônio, nós angolanos crescemos e olha que crescemos bastante humanamente e grandemente em sabedoria, hoje nós sabemos o que desejamos para nós e o que queremos para Angola, sabemos como povo atento qual a direção que queremos seguir e pode acreditar que a direção certa que a maioria pretende seguir não é a direção desorientadora da paz podre, cheia de espinhos.
O povo deseja que se instale em Angola uma paz verdadeiramente democrática assentem princípios humanamente aceitáveis que enuncie uma nova era de desenvolvimento social próprias de um estado de direito, onde haja de facto o respeito pelos direitos humanos, em que nenhum cidadão angolano seja perseguido, preso, torturado e/ou assassinado por motivos políticos! Essa situação acontece frequentemente na sociedade angolana, o humano deseja e quer uma paz social verdadeira e não apenas a ausência de tiros.
As autoridades constituídas no país continuam a massacrar com ferocidade extrema o povo pacifico. Existe de facto uma guerra assassina silenciosa que continua a fazer frustrar as expectativas da realização do sonho de liberdade e paz do povo com as continuas pressões exercidas pelas autoridades castrenses do regime com as obstrutivas praticadas regularmente contra o povo por motivos fúteis por apenas discordarem do pensamento do pensamento politico desorientador do ditador. Só que nós crescemos espiritualmente e em inteligência para não aceitarmos ser tratados como cabritos.
PADRE APOLÔNIO NÃO POSSUI BACKGROUND PARA ANULAR COM EFICIÊNCIA CONHECIMENTO ACERCA DE DIREITOS E SOBRE DEMOCRACIA QUE INFELIZMENTE ANGOLA NUNCA EXPERIMENTOU. O SENHOR CONÊGO NÃO VAI CONSEGUIR ARRASTAR-NOS TODOS A IDOLATRAR O SEU SANTO CRIOULO SÃO JES!
 Angola não pode continuar a ser apenas de algumas pessoas privilegiadas que se banqueteiam faustosamente com as riquezas, Angola não pode continuar aprisionada no emaranhado de mãos estranhas nem pode mais persistir continuamente atolada aos lamaçais da corrupção nem enrolada nas muitas águas turvas e turbulentas da vergonhosa dilapidação do erário público nacional, e muito menos pode o ditador mergulhar a nossa terra na profundeza do encapelado mar da discórdia e da vergonhosa guerra civil como pretende fazê-lo para perpetuar-se no poder. Pessoalmente entendo que o padre Apolônio tem o direito de bajular o ditador, igualmente penso que o padre Apolônio terá que urgentemente aprender a conviver respeitosamente com posicionamentos políticos divergentes do pensamento politico alienado do seu mentor JES!
Caro sacerdote, não seja dono do pensamento alheio, não queira impor-nos os seus negros pensamentos animalescos, faça uma gentileza para si mesmo e deixe de azucrinar quem esta do outro lado da barricada, não seja mais papista que o papa, pois assim pode correr o risco de ser riscado do livro de pagamentos salariais do país do vaticano. Seja razoável e mais compassivo, o senhor não está em condições de dar aulas de legalidade democrática a ninguém e muito menos possui o background suficiente para passar valores éticos nem para falar de guerra, paz e liberdade, nem possui credibilidade alguma para arrastar-nos a todos a idolatrar o famigerado ditador JES.
A nossa igreja não é a de JES nem a tão pouco veneramos JES nem a momom, nós somos cristãos e não religiosos aduladores que violam a lei de Deus adorando santos humanos não arregimentados pela palavra de Deus. Aprendi na guerra militar onde o senhor padre não esteve nem participou, que antes de assanhadamente pretendamos jantar o nosso inimigo temos que ficar atentos e preparados para não sermos o almoço do nosso eventual inimigo! Chega o quer mais padre Apolônio e reverendo Nguimbi?
Raul Diniz


terça-feira, 8 de abril de 2014

Dos Santos chefe da corrupção em Angola esta prestes a reabilitar o general corrupto Fernando Araújo

Dos Santos Prestes a Reabilitar General Corrupto
Fonte: Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
 08 de Abril, 2014
O presidente José Eduardo dos Santos está em vias de nomear o general Fernando Vasquez Araújo como responsável pela implantação da indústria militar no seio de uma nova estrutura no Ministério da Defesa.

A decisão presidencial está a causar descontentamento ao nível da classe castrense, por se tratar da reabilitação de um general que o próprio presidente demitiu por alegados actos de corrupção.

A 1 de Outubro de 2010, na qualidade de comandante-em-chefe das FAA, José Eduardo dos Santos ordenou a realização de um inquérito sobre alegadas negociatas do então chefe do Estado-Maior General das FAA, general Francisco Pereira Furtado, e do chefe da Direcção Principal de Armamento e Técnica do Estado-Maior General das FAA, general Fernando Vasquez Araújo.

Três dias após ter ordenado a inspecção, a 4 de Outubro, o presidente exonerou o general Furtado.

A Inspecção Geral das FAA deu como provado, na altura, o envolvimento de ambos os generais em actos de corrupção e de gestão danosa. A 24 de Janeiro de 2012 o presidente também exonerou o general Araújo.

Pode portanto dizer-se que, à luz da iminência desta recondução do general Fernando Vasquez Araújo a um cargo público, as investigações a que os dois generais foram submetidos anteriormente nada mais provam do que a forma arbitrária com que o presidente Dos Santos usa a legislação e os procedimentos administrativos.

As Razões do Passado

O general Furtado, na qualidade de chefe do EMGFAA, aprovou a contratação de duas empresas suas, a CECICORP e a FUJOPEC, administradas pelo seu irmão Cipriano Pereira Furtado e por César Pascoal, para a construção de seis edifícios nas instalações do Instituto Superior e Técnico Militar, no Grafanil.

Por sua vez, as referidas empresas subcontrataram a chinesa Su Jungie China Harbin International para realizar o trabalho.
Mais tarde, o general Fernando Vasquez Araújo, como chefe da DPAT do EMGFAA, entregou, sem quaisquer formalidades, cinco máquinas de construção, incluindo de terraplanagem, e quatro viaturas das FAA ao cidadão chinês Su Jungie, patrão da empresa subcontratada. Este procedeu ao registo dos meios em seu nome, como sua propriedade privada.

Em sua defesa, ambos os generais chegaram a argumentar, através de informes ao presidente, que o uso, para proveito privado, de património militar por generais que os tutelam é um “hábito encontrado e reiterado” nas FAA.

Antes do início do inquérito, a 20 de Setembro de 2010, o general Furtado escreveu ao comandante-em-chefe com o intuito de provar a sua inocência. Anexou facturas da Su Jungie a cobrar, às FAA, pelos meios que recebeu a custo zero das mesmas FAA.

Para resolver o imbróglio, o inquérito, à luz da Lei da Probidade, propôs a instauração de procedimento criminal contra ambos os generais.

O presidente, por sua vez, optou pelo arquivamento do caso.

Como consequência dos esquemas sub-reptícios dos generais Furtado e Araújo, os 16 edifícios construídos pela Su Jungie, de quatro pisos e 16 apartamentos cada, num total de 96 apartamentos, deverão ser demolidos em breve, devido a graves problemas estruturais de construção. Os prejuízos estão avaliados em várias dezenas de milhões de dólares.

Estranhamente, há já muitos anos que o general Araújo tem sido um dos principais fornecedores de bens alimentares às FAA, presenteado com contratos multimilionários, através da sua empresa Trans Omnia. Nessa empreitada, o general tem como sócios os irmãos Safeca: Alcides, secretário de Estado do Orçamento – Ministério das Finanças; Aristides, secretário de Estado das Telecomunicações; e Amílcar, director da UNITEL. O general Fernando Vasquez Araújo nunca foi incomodado com questões acerca de tais actos ilícitos.
 

Este mesmo general é ainda sócio do projecto agro-industrial Terra Verda, na Funda, que foi inicialmente concebido por Arkady Gaydamak para abastecer as FAA, e que custou ao Estado largas dezenas de milhões de dólares.

Com o chefe do Estado-Maior da Força Aérea Nacional de Angola (FANA), general Francisco Lopes Afonso “Hanga” e cidadãos portugueses, o general Araújo é um dos sócios da empresa privada Air Meco, que faz a manutenção das aeronaves da FANA.

Sobre a Air Meco, o África Monitor escreveu o seguinte, em 2012: “Os sucessivos acidentes com aviões e helicópteros militares ocorridos nos últimos anos têm sido internamente atribuídos a problemas de manutenção que comprometem especialmente a empresa e o seu trabalho. É corrente em meios militares que a empresa, movida por expectativas de lucros, não é suficientemente zelosa”.

O Exemplo – de Impunidade – Vem de Cima

Ora, a arbitrariedade e as contradições dos actos do presidente Dos Santos, exemplificadas no caso dos generais Furtado e Araújo, tem um precedente no seu próprio comportamento corrupto.

Nos anos 90, o presidente foi o principal beneficiário dos esquemas de enriquecimento ilícito através da compra de armas durante o conflito armado. As armas eram adquiridas em segunda mão, muitas em estado obsoleto, por dois traficantes de armas, Pierre Falcone e Arkady Gaydamak.

No referido período, a Sonangol depositou cerca de um bilião de dólares em contas de Pierre Falcone. Este mercenário francês cuidava de encaminhar parte desse dinheiro para as contas pessoais do presidente José Eduardo dos Santos e dos seus principais colaboradores.

Segundo documentos compilados pela justiça francesa, pela venda de armas avaliadas em mais de US $790.8 milhões, Falcone e Gaydamak distribuíram comissões aos dirigentes angolanos no valor de US $54.3 milhões. O general Araújo, na época conselheiro de Dos Santos, recebeu US $6.3 milhões, enquanto o comandante-em-chefe aumentou as suas poupanças no Banco Internacional do Luxemburgo com US $ 5 milhões. Do círculo restrito presidencial, o seu amigo embaixador Elísio de Figueiredo, aprovisionou as suas contas bancárias com US $19 milhões, enquanto o então chefe da Casa Civil do presidente, José Leitão, injectou nas suas contas em Lisboa US $17.5 milhões; o então chefe de comunicações do presidente, o coronel (hoje general) Leopoldino Fragoso do Nascimento, viu as suas contas no Banco Comercial Português na Madeira aumentarem em US $3.2 milhões.

Os generais Fernando Miala, Carlos Hendrick Vaal da Silva, Salviano Sequeira e João de Matos, entre outros, também ganharam em comissões.

O famigerado caso Angolagate envolveu também um complexo esquema de corrupção para o pagamento da dívida angolana à Rússia, resultante da venda de armamento. Falcone e Gaydamak pagaram um total de US $36.2 milhões em comissões para contas tituladas directamente por José Eduardo dos Santos, o comandante-em-chefe.

Em resumo, o comandante-em-chefe tem sido ao longo das últimas décadas o principal promotor da corrupção no seio das Forças Armadas Angolanas. Os generais limitam-se a seguir-lhe o exemplo, trocando impunidade por lealdade e protecção ao poder do chefe supremo.

LISBOA: Farsa, mentira e medo!

Farsa, mentira e medo!
Fonte: Esquerda.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa.com
8 Abril 2014
      
 
Qualquer realidade, por mais cruel e desumana que seja, pode adquirir uma aceitação de normalidade para a maioria das vítimas. Por muito estranho que pareça aos que teimam em denunciá-la.

Quando tudo parece adverso, cada um de nós tende a ajustar-se ao menor sofrimento possível. À medida que as circunstâncias vão piorando, o “salve-se quem puder” reforça-se com mil e uma razões sensatas. À nossa volta, os que nos querem bem, relembram-nos vezes sem conta as regras do jogo. Cada um por si. É neste estado deplorável que nos querem os grandes interesses que nos governam.

Entre o que calamos e o que dizemos. Entre o que nos acobardamos e o que enfrentamos. Entre o que só a nós interessa e o que isso custa a outros. Entre o que não fazemos e o que deixamos que façam. Entre um sensato egoísmo e uma exigente responsabilidade social. Entre uma vidinha medíocre e uma vida cidadã plena e digna, agigantam-se a farsa, a mentira e o medo.

A própria indignação que persiste e até parece alastrar episodicamente, tende a produzir um padrão de ruído permanente e também normalizado. Acaba por aliviar a pressão. Tem um efeito catártico. Ao invés de promover a revolta, alivia consciências e mantém o fundamental.

Há também oportunismos, traições, chantagens, palavras que se compram e se vendem, muros convenientes, pequenas e grandes vaidades e um sem número de dificuldades acrescidas vindas de todos os lados.

Tudo quanto foi dito atrás, retrata os dias de hoje. Mas poderia perfeitamente retratar os de há 40 anos. O tempo da ditadura.

Não! Não estou a dizer que a realidade é exatamente a mesma. Claro que não é! E isso é o mais difícil de aceitar. A democracia também dominada pela farsa, pela mentira e pelo medo.

Em Março, sete dezenas de cidadãos profundamente conhecedores da realidade financeira, económica e social do país, com percursos e perspetivas completamente diferentes entre si nos mais variados temas, pessoas da direita conservadora à esquerda mais assumida, de Adriano Moreira a Francisco Louçã, tiveram a coragem de manifestar ao país a ideia comum sobre a necessidade de se encontrar solução para a dívida no quadro de uma reestruturação que a torne sustentável de facto. As reações foram absolutamente esclarecedoras. Os defensores da farsa cerraram fileiras, douraram a mentira e distribuíram o medo como se de sensatez se tratasse.

Sobre o estado a que chegamos, há neste episódio recente muitas conclusões para retirar se nos desprendermos da noção de normalidade absurda a que nos querem habituados. A síntese será a de que é mais que tempo de redescobrirmos um Abril libertador.

Precisamos de começar por recuperar a força inicial das palavras. Para falarmos uns com os outros e sermos ouvidos. Precisamos de encontrar objetivos comuns. Apesar das nossas diferenças. Como no tempo da luta contra a ditadura. Precisamos de distinguir melhor o fundamental do acessório. Precisamos de valorizar de forma inequívoca a dignidade humana e a justiça social.

Precisamos de coragem e de ação.

Texto de opinião publicado na revista ValeMais de Abril
Sobre o/a autor(a)
Carlos da Torre
Designer. Membro da concelhia do Bloco de Esquerda de Caminha.



Fonte : esquerda.net

segunda-feira, 7 de abril de 2014

LUANDA: Grupo Gema condenado em primeira instancia a pagar milhões de dólares de caução

Grupo Gema tem que pagar centenas de milhões de dólares de caução

Caso envolve disputa sobre participação na empresa entre antigos associados do presidente do grupo
O património da poderosa empresa angolana Gema poderá ser congelado caso a companhia não pague centenas de milhões de dólares de caução como ordenado pelo Tribunal Administrativo de Luanda.

O caso envolve uma disputa sobre quem tem direitos de propriedade no grupo e envolve conhecidas personalidades ligadas ao poder político de Angola.

O Tribunal Administrativo de Luanda orientou o depósito de 500 milhões de dólares até Quinta-feira desta semana (dia 10), para caucionar o processo enquanto se espera pela decisão final que virá do tribunal supremo.

Caso não o faça, o grupo deverá ver os seus bens executados ou seja confiscados pelo tribunal até à decisão final.

Pedro Makamba alega que foi afastado ilegalmente e por meios falsos da sua parte na empresa por José Leitão, o actual presidente do grupo Gema.

Ambos são antigos colaboradores do Presidente da República José Eduardo dos Santos.

As empresas do grupo Gema Angola

Pertencem ao grupo Gema Angola empresas ligadas à construção civil, transportes, petróleos imobiliários e bebidas. A empresa consta também da lista de companhias com investimentos em Portugal, isto de acordo com uma obra lançada recentemente neste país.

Pedro Makamba foi convidado, em comunicado publicado no jornal oficial do país, para comparecer e assistir à prestação de contas do Grupo o que rejeitou, afirmando que compete agora ao tribunal decidir sobre a questão.

Makamba disse não saber por que motivo foi convidado: “Como é que eles me vão pôr como sócio se eles diziam que eu não sou sócio?”, questionou.

Pedro Makamba afirma que está confiante que os tribunais angolanos farão justiça no tempo certo.

“Nós sabemos que aqui as coisas vão nas calmas mas temos fé que à hora certa será feita a justiça, porque nós confiamos na justiça”, acrescentou.

A Voz da América tentou sem sucesso ouvir a direcção do Grupo Gema para saber quando poderão fazer o referido depósito.

Leia também
Gema recorre decisão de tribunal de Luanda

domingo, 6 de abril de 2014

LUANDA: Dirigente critica liderança e abandona CASA-CE

Dirigente critica liderança e abandona CASA-CE

Abel Chivukuvuku, presidente da CASA-CE, em campanha em Saurimo (CASA-CE)Abel Chivukuvuku, presidente da CASA-CE, em campanha em Saurimo (CASA-CE)
TAMANHO DAS LETRAS 
O político António Francisco Hebo anunciou a demissão do cargo de secretário executivo provincial da CASA-CE em Luanda e abandono da coligação liderada por Abel Chivukuvuku.

Acompanhado de mais dois dirigentes da mesma formação política, um deles responsável nacional para a mobilização, na Casa da Juventude, em Viana, António Francisco Hebo acusou Abel Chivukuvuku de comportamentos nocivos à democracia interna na CASA-CE.

“O presidente está ultimamente a ter atitudes que contrariam os propósitos da criação da CASA-CE. Ele está a combater a democracia no seio do partido, afastando quadros por pensarem de maneira divergente”, disse o político, que há sensivelmente 12 meses assumiu o cargo como prémio pelo bom desempenho na província do Kwanza Norte.

Para António Hebo, hoje na CASA-CE têm direitos apenas os membros dos quatro partidos que dão corpo à coligação, todos os chamados independentes sem qualquer cunho jurídico que lhes obriga a preservar alguns direitos "são abandalhados".

LUANDA: Consultora BMI desce previsão de crescimento de Angola para 6,8% para este ano

Consultora BMI desce previsão de crescimento de Angola para 6,8% este ano





TAMANHO DAS LETRAS
 
A consultora Business Monitor Internacional (BMI) reviu em baixa as previsões de crescimento económico e de défice orçamental para este ano em Angola, devido aos números mais baixos que o esperado da produção de petróleo no ano passado.

"A produção de petróleo mais fraca que o previsto levou-nos a rever as nossas previsões para Angola", escrevem os analistas da consultora britânica BMI, no sumário executivo do relatório sobre o ambiente empresarial no segundo maior produtor de petróleo em África a seguir à Nigéria.

"Prevemos agora um excedente da balança corrente de 6,7 por cento do PIB em 2014 e 5,9 por cento em 2015", o que compara com a previsão anterior de 8,8 por cento e 7,8 por cento, respectivamente, o mesmo acontecendo para a estimativa de crescimento da riqueza em Angola neste e no próximo ano: "Também por causa da produção de petróleo mais baixa que o esperado em 2013 e das revisões às nossas previsões para a produção, ajustámos a previsão para o crescimento económico, prevendo agora um crescimento de 6,8 por cento este ano, comparado com 7,3 por cento, antes", lê-se no documento do BMI.

Apesar destas revisões em baixa, os analistas da BMI esperam que a atividade económica em Angola "melhore nos próximos trimestres depois de um 2013 desafiante" e sublinham que o principal motor de crescimento da economia angolana será o setor não petrolífero, "em grande parte pela forte despesa pública em infraestruturas e pelo forte crescimento dos consumidores"
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LUANDA: Caso Bárbara - Judith diz ser vítima da cabala

Caso Bárbara: Judith diz ser vítima de cabala


Luanda - Judith Maria Graça da Silva, acusada de ter assassinado a cidadã Bárbara de Sá Nogueira (gerente de um balcão do Banco Millennium Angola) refutou as acusações que pesam sobre si e disse que foi obrigada a mentir por efectivos da Direcção Provincial de Investigação Criminal de Luanda.
                       Judith diz que nunca foi lébisca
Fonte: O País
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
06.04,2014
Disse ainda que tanto as informações que constam no acto de pronúncia como as provas materiais apresentadas pelo Procurador Manuel Bambi, nomeadamente o exame técnico do crime, os autos de exames e a reconstituição do crime foram forjados.

Revelou que foi obrigada pelo director da DPIC, Amaro Neto, a participar na reconstituição do crime e a assumir a sua autoria perante o Ministério Público e a imprensa.

Estas revelações foram feitas quando o juiz-presidente da 6ª Secção de Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, Sebastião Luís Manuel, indagou a arguida se tinha alguma coisa a dizer sobre o que constava no acto de pronúncia (ver Edição 280 de O PAÍS).

Para justificar as razões que a levaram a fazer tais revelações apenas naquele momento, depois de estar vários meses detida, disse que só se sentia livre e segura para contar o que se passou com a sua amiga naquele instante, em pleno Tribunal.

Classificou de oportuna a questão colocada pelo meritíssimo e que esperava havia muito tempo para contar ao mundo a sua versão dos factos, porque a maior parte das coisas que constavam naquele documento tinham sido forjadas por um grupo de investigadores liderados por Amaro Neto, o director da DPIC.

Desmentiu as informações avançadas pelo representante do Ministério Público que davam conta de que ela e a malograda tinham uma relação amorosa, dizendo que se tratava apenas de uma amizade verdadeira que vinha de há 25 anos.

“Tudo não passa de mentiras. Fomos sempre amigas muito íntimas e isso despertava ciúmes de muita gente, incluindo o marido de Bárbara”, foi mais ou menos nestes termos que deixou cair por terra as informações que davam conta de que eram bissexuais.

Deste modo, descartou a ideia de que assassinou a sua amiga depois de manterem relações sexuais, imbuída de ciúmes, pelo facto de suspeitar que estava a ser traída com um outro homem que não o esposo de Bárbara.

Judith da Silva disse que a amiga lhe havia solicitado a cedência do apartamento que tinha no edifício Luanda, situado no condomínio que está defronte às instalações da Feira Internacional de Luanda, para que ela pudesse reunir com algumas pessoas com as quais trataria de negócios que incluiam somas monetárias.

Para justificar as razões levaram a este pedido inusitado, a ré disse que Bárbara de Sá Nogueira a informou que os seus parceiros pretendiam que o referido encontro se realizasse em Cabo Ledo, mas como ela tinha um casamento no mesmo dia, achou por bem que o encontro tivesse lugar em Luanda. E Judith cedeu. Ainda não se tinha instalado no imóvel e nem sequer o havia mobilado, embora tivesse lá alguns haveres.

No dia do encontro, numa quarta-feira, ambas ter-se-ão deslocado ao imóvel e a ré disse que num determinado momento a amiga teria subido para conversar com os supostos parceiros de negócios enquanto ela ficou à espera num dos restaurantes que ali existem.
Disse que esperou por cerca de cerca de uma hora. No dia seguinte, as amigas voltaram a fazer o mesmo percurso, mas desta vez, a acusada disse que aproveitou a pagar as contas de água do apartamento enquanto a amiga reunia com os seus parceiros.
Supostos polícias em acção

Ela disse que assim que regressou foi interpelada por três indivíduos na entrada do prédio, dois de raça negra e um mestiço. Um deles se identificou como agente da DPIC. Depois de um demorado interrogatório sobre o local onde a sua companheira teria guardado um dinheiro, a arguida disse que foi aconselhada a manter-se calada sobre o assunto caso não quisesse ter o desino da amiga.

Segundo ela, os invasores afirmaram que sabiam tudo a respeito, da relação existente entre ambas e sobre a sua família. Exigiram que colaborasse, caso não quisesse perder membros da sua família. No caso, os pais e os irmãos, deixando em vida apenas as crianças.

Perante tal situação, disse que não teve outra hipótese senão obedecer. Foi assim que ordenaram que chamasse o seu motorista, identificado apenas por Lopes, para que a ajudasse a levar uma encomenda que se encontrava no interior de uma mala.

Contrariando a informação avançada pelo procurador, segundo a qual havia transportado pessoalmente a pasta para baixo do prédio e dito ao motorista que se tratava de carne de cabrito para fazer tratamento contra mau olhado, afirmou que foram os seus algozes que se encarregaram de descer com a mala.

Disse que durante o trajecto, o veículo andou entre dois automóveis, sem que o seu companheiro de viagem se apercebesse. Limitava-se a seguir o caminho que ela indicava, seguindo um carro vermelho que transportava alguns dos homens.

Esclareceu, por outro lado, que mandou o condutor aguardar numa pequena lanchonete que há no Zango 3 enquanto supostamente se deslocaria à casa da Mãe Santa. Quando na verdade, se deslocou a um terreno baldio no Kikuxi, onde os supostos polícias trataram de deixar os restos mortais da sua amiga.

A ré, que apareceu no Tribunal com um par de brincos dourados nas orelhas e as unhas aparentemente tratadas, contou que lhes pediu que lhe devolvessem a mala pelo facto de a mesma conter as iniciais do seu nome, o pedido foi satisfeito.

Sobre se os supostos assassinos deixaram escapar os motivos que os levaram a assassinar a sua amiga, a ré disse ter percebido que eles queriam um dinheiro que julgavam que Bárbara lhes tivesse surripiado. Judith disse ter ouvido a quantia de 8 milhões de dólares.

Com o intuito de descartar a tese de que a malograda a havia ferido com um porta-minas, Judith da Silva explicou que foi um deles que a golpeou com um canivete abaixo do estomago.

No início da sessão, a acusada pediu ao juiz-presidente que a autorizasse a abandonar a sala por não se estar a sentir bem, depois de ter passado a noite numa enfermaria da cadeia, mas teve o pedido recusado por falta de um documento que o comprovasse, apesar da confirmação de uma das guardas. O juiz autorizou que permanecesse sentada.

Passados mais de 30 minutos, voltou a dizer que não estava a sentir-se bem e exigia do seu advogado, José Carlos, que intermediasse perante o meritíssimo para que fosse mandada para cela, mas também não teve êxito pelo facto de o seu defensor se ter remetido em silêncio. Mas mesmo assim, ela, por vontade própria, decidiu permanecer por mais de uma hora em pé. Judith contou também que falou pessoalmente com o marido de Bárbara antes de ser detida.

Aos media Atos teria dito que não conhecia a amiga da mulher, como foi citado na altura.
Família em conflito

A morte da bancaria Bárbara de Sá Nogueira terá azedado a relação existente entre a sua mãe e o viúvo. Como prova disso, cada um deles constituiu o seu próprio advogado, mas, por força da lei, a equipa de defensores contratados pelas mãe da vítima, liderada por David Mendes, viu-se obrigada a ver descartada a possibilidade de intervir durante as sessões.

Por este motivo, o também conhecido como “Advogado dos Pobres” deixou um dos seus assistentes no seu lugar.

Somente os advogados contratados por Atos Nogueira, o esposo, têm o direito de intervir. Ele está no rol dos declarantes, mas os juízes da causa viram-se obrigados a priorizar o pedido de antecipação da data para prestar as suas declarações porque terá que ser submetido a uma cirurgia no exterior do país.