sexta-feira, 18 de abril de 2014

MAPUTO: Exclusão de Dhlakama das eleições pode ser fatal para a democracia moçambicana

Exclusão de Dhlakama das eleições pode ser fatal para a democracia moçambicana

"Forçar uma exclusão para o líder da Renamo não se recensear é um erro", diz analista.
TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte: VOA/Miguel Ramos
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
Em Moçambique, a opinião pública é unânime em afirmar que uma eventual exclusão do líder da Renamo Afonso Dhlakama das eleições presidenciais de Outubro seria fatal para a democracia e iria atiçar o conflito político-militar que dura há mais de um ano.

Falta pouco mais de uma semana para terminar o recenseamento eleitoral, e o líder da Renamo ainda não se recenseou, o que constitui motivo de preocupação para muitas pessoas.

Nas hostes da Renamo, Afonso Dhlakama é o candidato "natural" do partido às presidenciais e, entre os requisitos exigidos na altura da apresentação da sua candidatura ao Conselho Constitucionnal, o concorrente deve entregar um documento que ateste estar recenseado.

Neste momento, Dhlakama está em parte incerta, e para o jornalista Machado da Graça, "não parece que as condições para a tal parte se tornar certa estejam a melhorar, pelo que se torna necessário um cessar-fogo que lhe permita sair em segurança do seu esconderijo para se recensear".

Mário Sithoi, militante da Renamo, diz que a presente situação é óptima para a Frelimo, visto que assim pode fazer a sua propaganda contra  Afonso Dhlakama dizendo que ele está contra o processo eleitoral.

Para o jurista Inácio Mungoi, forçar uma exclusão para o líder da Renamo não se recensear é um erro e essa atitude pode ser fatal para a democracia porque, por um lado, iria atiçar o conflito político-militar e, por outro, iria ter graves implicações num parlamento, eventualmente dominado pela Frelimo e pelo MDM, já que alguns membros da Renamo poderão não concorrer às legislativas, em solidariedade com o seu líder.

Para que isso não aconteça, o sociólogo João Colação diz ser fundamental que o Presidente da República Armando Guebuza e o líder da Renamo se entendam.

Por seu turno, o também académico Calton Cadeado diz que tudo deve ser feito para evitar o escalar do conflito em Moçambique, de modo a que as eleições se realizem em ambiente de paz.

Por seu lado, o bispo anglicano, Dom Dinis Sengulane, um dos observadores do diálogo entre o Governo e a Renamo, considera que eleições em clima de paz até podem constituir um momento de festa.

Refira-se que o recenseamento eleitoral termina no próximo dia 29 e, até ao momento, nada indica que o mesmo possa ser prorrogado.

LUANDA: CASA-CE anuncia estratégia para chegar ao poder em 2017

Casa-CE anuncia estratégia para chegar ao poder em 2017

Abel Chivukuvuku "ataca" interior do país e acredita que MPLA vai perder devido à crise que se aprofunda no país.
Abel Chivukuvuku
Abel Chivukuvuku                                                                                                                         TAMANHO DAS LETRAS
 
Fonte: VOA/Manuel José
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
O presidente da Casa-CE Abel Chivukuvuku vai iniciar um intenso programa de trabalho nas províncias de Angola como parte de uma estratégia para vecner as eleições de 2017, disse o vice-presidente do partido Lindo Tito.

Ao falar em exclusivo para a Voz da América, à margem de uma conferência de imprensa, Tito adiantou que a própria situação social “caótica” que vivem os angolanos fruto da “ma governação do MPLA” vai ajudar na ascensão da CASA-CE ao poder em 2017. 
Lindo Bernardo TitoLindo Bernardo Tito

"A situação social está cada vez mais difícil,” disse Tito.

“Os angolanos estão a entrar numa fase de saturação completa e tarde ou cedo as consequências da má governação e da não realização da vontade do povo irão manifestar-se de forma muito dramática," acrescentou.


Tito falou igualmente sobre a reconciliação nacional que para a Casa-CE nunca existiu.

"Não existe diálogo, nós temos uma reconciliação nacional do vencedor da guerra e este vencedor impõe a sua vontade e a sua forma de reconciliação que acaba por ser apenas uma acomodação de alguns interesses político-partidários", disse.

O vice presidente da Casa-CE  disse que o seu partido tenciona também exigir junto do presidente da  Assembleia Nacional que “os debates parlamentares sejam transmitidos em directo nos órgãos de comunicação social"

A CASA-CE prometeu também arrancar com accao de formação junto dos seus militantes já a partir do próximo mês.

LUBANGO: Páscoa deve ser usada para fortalecer a reconciliação em Angola

"Páscoa deve ser usada para fortalecer a reconciliação" - Líder evangélico no Lubango

Vigário católico lamenta afrouxamento da fé.
Fonte: VOA
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
18.04.2014
Reverendo Dinis Eurico
Reverendo Dinis Eurico
A Páscoa deve ser usada para fortalecer a reconciliação entre os homens em Angola, disse  o presidente da Igreja Evangélica Sinodal de Angola (IESA), Reverendo Dinis Marcolino Eurico.

Dinis Marcolino Eurico não tem dúvidas: "a Páscoa é o centro do Cristianismo e neste período a igreja apela à reconciliação entre os homens".

“Tal como Deus se reconciliou com o mundo na cruz em Jesus Cristo, o homem também precisa reconciliar-se com o seu próximo”, continuou aquele líder eclesiástico que acrescentou: "No nosso país também este assunto da reconciliação precisa ser levado em conta e com seriedade, começando pelo espírito em nós mesmo e depois então propagar-se para a nossa casa para o nosso bairro para o nosso vizinho”.

Por seu lado, o vigário da Sé Catedral, padre Jonas Pacheco Simão, entende que a Páscoa é um marco importante para os cristãos e lamenta o afrouxamento da fé na ressurreição de Cristo em prol de uma sociedade consumista.

“Eu creio que devido à sociedade de consumo, de competitividade em que vivemos há uma certa forma de afrouxamento por parte de certos crentes que dizem-se cristãos, mas de facto naquilo que é essencial na fé, como é a fé na ressurreição, não têm prática da semana santa, daí que alguns cristãos infelizmente aproveitam a semana para ir passar alguns dias na praia”, disse.

Na Huíla, preces e orações nos cultos para os evangélicos e nas missas para os católicos preenchem as manhãs, tardes e noites dos templos nesta semana santa.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

MOSCOVO: Putin admite ter enviado tropas russas para a Crimeia


Putin admite que enviou tropas para a Crimeia e espera "não ser obrigado" a enviá-las para o Leste

Fonte: reuters/publico- Por: ALEXEI NIKOLSKYI
divulgação: Planalto de malanje rio capôpa
17.04.2014
Vladimir Putin disse esta quinta-feira que há forças de segurança russas activas na Crimeia, onde apoiam as forças de defesa locais, e afirmou não querer ser obrigado a enviar tropas para a Ucrânia. É a primeira vez que o líder russo admite que enviou tropas russas para a península do mar Negro, anexada em Março por Moscovo.

“Relembro que o Conselho da Federação Russa [câmara alta do Parlamento] concedeu ao Presidente o direito de usar as forças armadas na Ucrânia. Espero verdadeiramente não ser obrigado a recorrer a este direito”, disse Putin num programa em directo na televisão nesta quinta-feira em que esteve a responder a perguntas do público previamente seleccionadas.
Desmentindo a presença de militares russos no Leste da Ucrânia, Putin justificou o envio de soldados para a península da Crimeia. “Em apoio às forças de autodefesa da Crimeia, sim, estão os nossos militares. Comportaram-se de maneira muito correcta”, afirmou Putin “Era preciso proteger as pessoas”, justificou.
“Tivemos de dar passos indispensáveis para que os acontecimentos não se desenvolvessem como acontece actualmente no Sudeste da Ucrânia”, disse ainda Putin. As autoridades ucranianas lançaram na terça-feira uma operação para tentar expulsar os grupos pró-russos que nos últimos dez dias ocuparam edifícios governamentais e esquadras em dezenas de cidades no Leste russófono.
Mas o Presidente russo desmentiu as acusações ucranianas de que enviou forças especiais para outras áreas da Ucrânia e criticou o novo governo de Kiev, defendendo que a sua má gestão está a “arrastar o país para um abismo”. Apelando ao diálogo, Putin acusou Kiev de “um crime grave” ao “ameaçar e lançar os tanques e a aviação contra a população civil”.
“É tudo um disparate. Não há nenhum tipo de unidades russas no Leste da Ucrânia. Nem forças especiais nem instrutores. São tudo cidadãos locais”, assegura, Putin que não deixou de exigir “garantias” sobre os direitos das populações de língua russa na Ucrânia. 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

WASHINGTON: Prêmio Pulitzer paras as revelações de Edward Snowden

Pulitzer 2014 para as revelações de Edward Snowden

O Prémio Pulitzer é um dos mais importantes no jornalismo americano
Washington Post e United States arm of The Guardian ganham Pulitzer com fuga de informação de Edward Snowden. Abril 2014
Washington Post e United States arm of The Guardian ganham Pulitzer com fuga de informação de Edward Snowden. Abril 2014
TAMANHO DAS LETRAS 
Duas publicações sobre a vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA), dos Estados Unidos da América, ganharam o Prémio Pulitzer, depois de terem publicado histórias com base nos documentos queEdward Snowden forneceu.

O prémio, descrito como um dos mais importantes no jornalismo americano, foi atribuído ao Washington Post e ao United States arm of The Guardian por serviço público, nesta segunda-feira, 14.

Mais de 12 prémios foram anunciados na segunda-feira, mas a reportagem sobre a NSA foi a de maior relevância, pelas questões levantadas com a fuga de informação de Snowden e às reacções ao facto.

Apesar de ter sido considerado de que as publicações mereceram o prémio pelo serviço público prestado, a decisão do conselho do Pulitzer não deixou de causar controvérsia.
Os Pulitzers são atribuídos pela Universidade de Columbia.

terça-feira, 15 de abril de 2014

BISSAU: PAIGC virtual vencedor das eleições na Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: PAIGC vencedor virtual das legislativas

Fontes da Voz da América junto dos partidos políticos e da CNE adiantam que o PAIGC é o vencedor das eleições legislativas com pelo menos 62 dos 102 deputados.
Fonte: Voa/Álvaro Ludgero Andrade
Divulgação: Planalto De malanje Rio Capôpa
16.04.2014
Guiné-Bissau, candidato José Mário Vaz e esposa, Eleições Gerais de 13 de Abril de 2014
Guiné-Bissau, candidato José Mário Vaz e esposa, Eleições Gerais de 13 de Abril de 2014
TAMANHO DAS LETRAS 
Dois dias depois das eleições gerais na Guiné-Bissau, continua a contagem dos votos que deve terminar quarta-feira, 16, dia previsto pela CNE para a anunciar os resultados definitivos. Entretanto, em Bissau algumas tendências começam a ser reveladas a partir da contagem dos votos realizada pelos candidatos e partidos políticos.

Fontes da Voz da América junto dos partidos políticos e da CNE adiantam que o PAIGC é o vencedor das eleições legislativas do passado domingo, com pelo menos 62 dos 102 deputados, inclusive os dois da diáspora. No entanto, esse número podia oscilar para baixo ou para cima, mas a vitória do partido de Amílcar Cabral é confirmada inclusive pela oposição.

Aliás, ontem apresentámos o candidato a primeiro-ministro pela União Patriótica Guineense (UGT) e ministro da Presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do Governo de Transição, Fernando Vaz, a confirmar a a vitória do PAIGC. Na ocasião disse ter cumprimentado Domingos Soares Pereira, o mais que provável primeiro-ministro.

O PRS, o partido fundado por Kumba Yala, é o segundo mais votado, e segundo as nossas fontes melhorou o resultado de 2008 quando colocou apenas 28 deputados no parlamento. Agora, o PRS pode vir ter entre 30 e 40 deputados, o que lhe dá uma boa presença na Assembleia Nacional, evitando assim a maioria qualificada do PAIGC.

Ao que se sabe a União para a Mudança terá feito eleger apenas um deputado, continuando o parlamento a ser fortemente bipatridário.
  
Guiné Bissau, Eleições 13 de Abril 2014, campanha de Nuno NabiamGuiné Bissau, Eleições 13 de Abril 2014, campanha de Nuno Nabiam
Quanto às presidenciais, é quase certa a realização da segunda volta a 18 de Maio, entre José Mário Vaz, candidato do PAIGC, e Nuno Nabiam, candidato independente apoiado por largos sectores do PRS e militares próximos ao Chefe de Estado Maior António Indjai.

Ao que conseguimos apurar o candidato do PAIGC José Mário Vaz teve um excelente resultado no domingo, a beirar a vitória na primeira volta e o que o coloca numa boa posição para a eleição do dia 18 de Maio. Para o efeito terá de fazer alianças e cativar os votos de alguns sectores do seu partido que estiveram ao lado do independente Paulo Gomes.

Por sua vez, Nuno Nabiam também precisa alargar a sua base                      eleitoral, aproveitando, por exemplo, o apoio de Abel Incada,  candidato do PRS já derrotado.

Caso se confirmem esses cenários, a Guiné-Bissau terá um Presidente da República e um Governo da mesma cor política, a do PAIGC, e uma oposição com boa presença no parlamento.

O politólogo Rui Landim adverte que, independentemente da cor política dos chefes de Estado e de Governo, eles terão que trabalhar em conjunto para dar início à reconstrução do país.

Entretanto, a Voz da América sabe que a Cedeao  não ficou nada satisfeita com as declarações da eurodeputada portuguesa pelo Partido Socialista Ana Gomes que, no domingo, acusou  a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental de ter patrocinado o golpe militar de 2012.

Uma fonte segura da missão da Cedeao disse à Voz da América que o assunto foi tema de conversa entre responsáveis da organização em Bissau que, no entanto, decidiram não comentar o caso para não desviar a atenção do processo em curso.

VOA-Bissau-Álvaro Ludgero Andrade

MALANJE: Republica da mãe Joana e do pai banana - por Raul Diniz

REPUBLICA DA MÃE JOANA E DO PAI BANANA - Por Raul Diniz

Fonte: Planalto De malanje Rio capôpa

16.04.2015


Em tempo de solidão martírio e dor há sempre alguém que se levanta, há sempre alguém que resiste. Nos ingratos momentos de encapelada turbulência nos instantes de incrédulos existencialismos diluvianos da nossa vida, quando nuvens nocivas se abatem contra nós; nesses exasperantes momentos da vida em que o mar encapelado nos desgasta, aí, nessa encruzilhada, emerge com vigor a nossa invulgar resistência, e renasce a vontade provisional sustentado pela esperança de viver e de sermos povo livre de Deus. Então perceberemos que há sempre um novo amanhã nessa tortuosa vida, e nesses instantes de amargura, há sempre alguém que resiste a sempre alguém que diz não.
A MIM NINGUÉM EM ANGOLA ESTÁ EM CONDIÇÕES DE CALAR-ME, PARTICULARMENTE TAMBÉM NÃO RECEBO LIÇÕES SOBRE DEMOCRACIA NEM DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS E MUITO MENOS DE KOPELIPA E SEUS PARES JOSÉ MARIA, LEOPOLDINO NASCIMENTO “DINO” E CÂNDIDO VAN-DUNEM “CANDINHO”.
 “Há uma pressão política muito forte para que eu seja calado rapidamente”. O MPLA, meu partido, ensaiou até a imitação em 2011 em Luanda, uma repetição da peça teatralizada encenada alvoroçadamente em Portugal/Lisboa, onde coube a realização do julgamento da triste vergonha contra mim realizado em 2001 no tribunal da Boa Hora! O regime e a casa de segurança militar entraram com representações contra meu direito de opinião e tentam cercear minha liberdade de expressão, chantageando inclusive a minha família mais direta!
Porém não me calarei jamais, esse direito me assiste tanto pelo direito adquirido com a minha participação direta na luta pela independência de Angola, assim como cidadão com direito a opinião expressa na virulenta constituição atípica de José Eduardo dos Santos. Não pouparei esforços nem me intimidarei com as ameaças, pois a única coisa que me podem vetar nos meus sessenta e poucos anos é matarem-me, mas para morrer é que eu nasci, mas morro em pé lutando contra as injustiças palacianas. “É clara a tentativa de censura por meio de intimidação. Não é possível que, em plena democracia, a mordaça prevaleça sobre a liberdade de expressão”.
SÁBIO NÃO É AQUELE QUE SE ESCONDE POR DETRÁS DO MPLA, NEM É O QUE MAIS ATORMENTA E ASSASSINA COBARDEMENTE OS GOVERNADOS PARA MANTER-SE VITALICIAMENTE NO PODER.

Um sábio disse uma vez, que quando alguém tem o poder na mão, mas é movida por uma mente diabólica, essa pessoa não controlada nem governa coisa alguma nem a sua própria casa. Torna-se imperativo demolir os alicerces mal posicionados na construção da nossa Angola! Os pilares contorcidos da pirâmide da democracia construídos pelo enigmático MPLA/KOPELIPA-JES é extremamente perigosa, pois ela encontra-se ensombrada pela excentricidade megalômana incontrolável dos detentores do poder em Angola. Não pode a nossa vida estar continuamente nas mãos de pessoas estranhas e muito menos cabe a essas interpostas pessoas decidirem quem vive e quem morre na nossa terra.
Um presidente republicano, que seja democraticamente eleito, deve estar próximo de quem lhe delega o poder para administrar o aparatoso aparelho de estado com responsabilidades acrescidas, para que não se desvie nem para a direita nem para esquerda. Por outro lado, a democracia não se compadece com as praticas de nepotismo, assassinato nem pela corrupção dos detentores do poder. Os governados democráticos não podem jamais ser geridos por decretos que afundam catastroficamente e matam definitivamente o estado democrático e de direito. Ninguém elegeu um presidente para que este se transforme do dia para noite no guardião de uma ditadura assassina e ladra.
OS CAVALEIROS APOCALÍPTICOS FEITOS GENERAIS GATUNOS E ASSASSINOS.
Quem disse ao ditador JES que os angolanos estão orgulhosos pela riqueza bilionária instantânea adquirida ilegalmente por decreto regimental pela sua filha estrangeira Isabel dos Santos, do seu filho Filomeno dos Santos? Quem informou ao chefe de fila da ditadura sangrenta, que os angolanos estão felizes com a super-riqueza de seus demais filhos e filhas dentre outros seus familiares diretos e de seus mais fies cavaleiros apocalípticos feitos generais? Por acaso JES não têm consciência que, a maioria está exposta a um vexatório empobrecimento endêmico degradante?
Em Angola é assim, temos um presidente que ninguém conhece quem é nem sabemos de onde veio nem como chegou à presidência e de lá nunca mais saiu já faz trinta e quatro anos ininterruptos. José Eduardo dos Santos não é nem nunca foi uma pessoa consensual na vida politica no antes e depois da independência. JES não passava de um ilustre desconhecido para a totalidade do nosso povo e continua a sê-lo, desde que emergiu acidentalmente na alta politica neocolonial até ser catapultado para a presidência da republica, a maioria dos angolanos não o conhecíamos e não conhecemos o seu verdadeiro caráter até hoje.
JES NÃO CHEGOU AO PODER POR MÉRITO PRÓPRIO! A VIDA DOS ANGOLANOS NÃO PODE CONTINUAR RETIDA NAS MÃOS DOS TITULARES DE CARGOS POLÍTICOS DA NOMENCLATURA!
É verdade sim que JES é um estranho para a maioria do povo essa é a situação que leva JES a agredir um povo que para ele é igualmente estranho! JES não conhece a profundidade da nossa autoctonia aborígine e nós não conhecemos a sua origem! É preciso levar em conta o seguinte fenômeno da realidade do nosso país.
 JES não chegou ao poder em Angola movido por sentimentos de exuberante altruísmo, nem tão pouco chegou ao poder por uma sucessão de eventos históricos de um enaltecedor heroísmo no combate abrangente na luta de libertação do povo, que, aliás, continua aprisionado e empobrecido ao extremo. É preciso que se diga e rediga que o sinistro presidente da ditadura JES, chegou ao poder por uma sucessão gravíssima de acasos da nossa historia politica contemporânea!
Ao ler atentamente o artigo escrito por um dos maiores dentre os maiores jornalistas angolanos, o meu conhecido Reginaldo Silva, que decertou sobre a estranha celebração da santa paz angolana após 12 anos, onde retrata o esgotadíssimo discurso aberrante e aterrador assim como arrogante do regime, que insistentemente apresenta a doze anos consecutivos o presidente dos Santos como arquiteto da paz. Isso por si só apresenta já uma grande lacuna na administração do aparatoso aparelho envelhecido do regime em dar à volta a situação e caminhar na direção certa rumo à modernidade e desenvoltura econômica.
Nota-se a grande dificuldade do regime sair do encurralado em que se colocou voluntariamente. É verdade sim que o regime e o partido que o sustenta pretende passar a ideia que só a UNITA esteve envolvida na guerra, e isso não é bem assim, pois ninguém faz uma guerra durante vinte e cinco (25) anos sozinhos.
É uma tremenda idiotice tentar tirar dividendos de uma ação negativa que marcou a todos terrivelmente. Não é a UNITA que deseja e quer a guerra, a guerra quem a quer é quem esta no poder, para o regime de Kopelipa e JES tudo vale para que continuem ambos no poder, pois não é a cabeça de nenhum de nós que será pedida num futuro muito próximo e nem será a de nossos filhos quando culminar o falhanço total do regime previsível e visível acontecer á curto prazo.
OS LARÁPIOS DA RIQUEZA DOS ANGOLANOS NÃO ESTA ENTRE O POVO QUE VIVE NA ANGOLA PROFUNDA.
 Não somos nós o povo quem dilapida todo erário público, que maltrata e subjuga a maioria do povo donos da terra angolana! Não somos nós que tememos o povo que amamos e damos voz as suas reivindicações abortadas pelos donos da ditadura.
Igualmente não somos nós os angolanos que engrossamos a fileira dos excluídos quem fez de seus filhos e filhas super-ricos e bilionários, muito menos somos nós filhos do povo da angola profunda, que nomeamos nossos filhos como gerentes e presidentes de fundos financeiros formatados com o vigoroso comprometimento de engordar rapidamente as contas bancários dos ciosos governantes com dinheiros públicos.
ACASO SOMOS NÓS POVO OS MAUS DA FITA?
Não somos nós povo de segunda quem buscou mercenários internacionais para surripiar a nossa alegria de sermos povo. Nem fomos nós cidadão de segunda com direitos restringidos a zero, quem distribuiu cidadania a bandidos traficantes de armas, como o conhecidíssimo caso sobejamente conhecido do criminoso Pierre Falcone, transforma do dia para noite em herói nacional, merecendo até, da parte do dono da quitanda o direito de ser constituído embaixador extraordinário e plenipotenciário da republica de Angola junto da UNICEF em Paris. Definitivamente que fique bem claro, não somos nós os maus da fita! Igualmente não somos os responsáveis das politicas publicas de exclusão generalizada da sociedade.
TEMOS DE PÔR COBRO A REPÚBLICA DINÁSTICA DO FARSANTE DITADOR ABSOLUTISTA
É bom que se saiba, não somos nós que não queremos a partilha do poder nem somos nós angolanos mantidos de parte que obstruímos a verdade politica com inúmeros disfarces repugnantes. Os angolanos desejam intimamente a paz e segurança social que não possuímos no longo reinado do titubeante ditador, desejamos sim, que sejam realizadas eleições viáveis, versadas na liberdade de escolha dos partidos e candidatos onde qualquer cidadão idôneo possa livremente candidatar-se ao cargo de presidente da república sem questiúnculas nem impedimentos de espécie alguma. Não somos nós que fraudamos as eleições por três vezes seguidas, nem somos nós que não quem não deseja a realização de eleições autárquicas e também não somos nós que fugimos delas como o diabo foge da cruz! Situações desse tipo não acontecem de maneira alguma em países onde as democracias são aceites por serem conduzidas com isenção e total imparcialidade pelas autoridades competentes.
NEM EM AFRICA CONSEGUIMOS ENCONTRAR DIRIGENTES CORDEIRINHOS DOMESTICADOS IDÊNTICOS AOS QUE O MPLA/KOPELIPA-JES POSSUI.
 Nem mesmo na nossa conturbada África, esse tipo de atrocidades antissociais acontecem com tanta normalidade. Só mesmo na nossa Angola travestida de democrata, é que acontecem coisas como estas! Fica claro que, o impiedoso ditador criminoso é absoluto comediante farsante, pois conseguiu transformar os seus colaboradores em cordeirinhos de estimação domesticados, os meliantes que se dobram religiosamente aos pés do ditador sequer podem ousar referenciar a palavra sucessão no interior do partido!  O situacionismo, o medo e o servilismo tomaram conta das falanges do comité central, hoje falar na substituição da emérita ave de rapina do comando da corrupção generalizada, é no mínimo considerada uma grave blasfêmia! Na verdade, o ditador arrogante transformou o nosso país, numa república dinástica da mãe Joana e do pai banana.
Raul Diniz