quarta-feira, 31 de maio de 2017

LISBOA: A UNITA e a Instrumentalização da CNE

A UNITA E A INSTRUMENTALIZAÇÃO DA CNE


Chegou às redacções um comunicado longo e cuidadosamente redigido do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, focando em detalhe muitos dos atropelos legais em que a CNE se tem desdobrado na preparação das eleições, de acordo com o principal partido da oposição.
Desde logo, esses atropelos residem no incumprimento das normas legais imperativas para a contratação pública de empresas cuja função é mapear as assembleias de voto, elaborar os cadernos eleitorais e credenciar os agentes eleitorais, bem como fornecer o material de votação e o equipamento tecnológico para o escrutínio.
Afirma a UNITA que a CNE confundiu a lei e recorreu a procedimentos não aplicáveis; designadamente, aplicou os procedimentos previstos para a contratação simplificada numa situação de concurso público.
Não entrando aqui na análise jurídica detalhada da escolha dos procedimentos para efectivar contratos públicos, o ponto importante é que essa escolha está sujeita a parâmetros claramente indicados nos artigos 22.º e 30.º da Lei dos Contratos Públicos (Lei n.º 9/16, de 21 de Abril). E, nessa medida, há que explicitar qual o fundamento legal para a escolha de procedimentos da CNE. É essa a exigência fundamental que a posição da UNITA deve fazer.
Dito de outra forma, qual a norma da lei que permitiu que a CNE convidasse a SINFIC e a INDRA para apresentarem propostas, sobretudo atendendo aos valores em causa e à matéria sensível?
Onde está a justificação dessa decisão, exigida nos termos do artigo 32.º da Lei dos Contratos Públicos?
O segundo ponto a referir, e que decorre da lei também, coloca uma nova pergunta: por que razão a INDRA foi a única empresa que conseguiu elaborar uma proposta para o fornecimento de material de votação e da solução tecnológica, e a SINFIC a única que conseguiu apresentar uma proposta de qualidade para a elaboração dos cadernos eleitorais e o credenciamento dos agentes eleitorais?
Segundo a informação avançada pela UNITA, todas as demais empresas declinaram, ou porque não receberam indicação das quantidades dos materiais a fornecer ou porque acharam que seis dias não era tempo suficiente para apresentar uma proposta de qualidade.
Em relação a este aspecto, há que exigir a apresentação pública das cartas-convite e do caderno de encargos produzidos pela CNE nos termos do artigo 44.º e seguintes (em especial, 46.º e 47.º) da lei, para perceber se continham todos os elementos indispensáveis à contratação, e se foi a estes que as propostas da SINFIC e da INDRA responderam, ou se o procedimento está pejado de ilegalidades e é anulável.
É que a UNITA pode ir a tribunal impugnar estes procedimentos e assim impossibilitar que se realizem eleições que considera fraudulentas.
A UNITA também levanta uma questão que nos tem preocupado: a contagem dos votos. A lei eleitoral determina que os resultados eleitorais provisórios sejam transmitidos pelos cerca de 12 mil presidentes das assembleias de voto para as 18 Comissões Provinciais Eleitorais pela via mais rápida. Realça a UNITA que “a CNE, ao invés de programar transmitir os resultados pela via tecnologicamente mais rápida a partir das próprias assembleias de voto, programou contratar a Polícia para transportar os resultados eleitorais de madrugada, para 167 centros de despacho que a lei não prevê”.
Do ponto de vista legislativo, a lei deveria ser diferente: deveria impôr que os votos fossem contados no local e imediatamente afixados. A transmissão dos mesmos seria apenas um evento administrativo posterior, sem relevância política. Insignes juristas com quem tenho discutido esta questão explicam que tal é possível nas cidades, mas não no meio do mato, onde algumas assembleias de voto estão debaixo de árvores e não há rede de comunicações, havendo medo de ataques de feras. Sendo assim, deveria estabelecer-se uma regra: todos os resultados são contados localmente e aí afixados, e admite-se uma excepção nos casos em que existem os problemas referidos (feras e ausência de rede de comunicações).
Face à lei vigente, a mesma regra deveria ser estabelecida. Sempre que possível, os resultados deveriam ser comunicados electronicamente e da forma mais rápida. Só onde tal não fosse possível é que se utilizariam outros métodos. Regra e excepção, e não tornar a excepção como regra e assim dificultar e tornar o processo eleitoral mais nebuloso.
E nunca, mas nunca, atribuir à polícia a responsabilidade de transportar os resultados. A polícia deveria ser escolta, e o transporte deveria ser feito sempre por elementos civis neutros.
Muitos mais variados pontos levanta o comunicado da UNITA. Mas há um tema importante e fundamental: há que cumprir a lei e assegurar que as eleições são justas e livres, não estando assegurado um vencedor antecipado.
Todas as eleições são importantes, mas estas revestem-se de especial relevância. Pela primeira vez, vai haver uma mudança presidencial pela via eleitoral. O regime está doente e em declínio, como tem sido demonstrado por vários sintomas nos dias recentes, desde a própria doença do PR e o manto de secretismo que a envolve, à palhaçada da compra do relógio (ou das fotos) por 500 mil euros, à falta de dinheiro no Estado, ao apoderamento pelos filhos do presidente das principais fontes de rendimento do país. Tudo isto demonstra que a liderança de JES chegou ao fim. Chegou o tempo da mudança.
Nessa medida, a posição da UNITA deve ser vista como um alerta muito claro, contendo uma exigência simples para uma mudança pacífica: cumpra-se a lei.

terça-feira, 30 de maio de 2017

LUANDA: Isabel dos Santos Quer Biliões do Estado

ISABEL DOS SANTOS QUER BILIÕES DE DÓLARES DO ESTADO


A gestão errática da Sonangol pela filha primogénita do presidente José Eduardo dos Santos, Isabel dos Santos, tem encaminhado a petrolífera nacional para o descalabro. A sua gestão é feita por controlo remoto, através de consultores portugueses que não têm conhecimento do sector petrolífero. Mas a fachada começa a ruir.
A 17 de Maio passado, Isabel dos Santos foi ao gabinete do ministro das Finanças, Archer Mangueira, pedir uma dotação de três biliões de dólares para resgatar a Sonangol da situação de falência em que se encontra.
Segundo fonte ligada à consultoria portuguesa que administra a Sonangol em nome de Isabel dos Santos, o ministro informou a presidente do Conselho de Administração que, de momento, o Estado não tem disponibilidade financeira para socorrê-la.
Desde a sua nomeação, Isabel dos Santos tem encontrado dificuldades em obter crédito no mercado financeiro internacional devido à promiscuidade dos seus negócios privados com os da Sonangol, que dirige. A sua imagem como empresária tornou-se tóxica no mercado internacional.
Os consultores portugueses temem que o poder de Isabel dos Santos se esfarele em breve, tomando boa nota de que o ministro lhe sugeriu com firmeza que fosse pedir o dinheiro ao seu pai-presidente.
José Eduardo dos Santos pode determinar o recurso às reservas do Estado para satisfazer os caprichos da filha e resgatar a sua imagem de gestora. O presidente regressou ontem de Barcelona, onde esteve em tratamento médico durante quase um mês, e deverá intervir nos próximos dias sobre o assunto. Depois das eleições de Agosto, o chefe de Estado e do Executivo abandona finalmente a Presidência.
As anteriormente fontes notam que nem as ameaças de Isabel dos Santos a Archer Mangueira sobre as consequências de este lhe ter negado o pedido demoveram o ministro.
O anterior ministro das Finanças, Armando Manuel, foi demitido, muito por conta da sua resistência em aceder a um pedido de fundos por parte do segundo filho do presidente, José Filomeno dos Santos, de quem era muito amigo e protegido.
Entretanto, na sede do MPLA propaga-se um desconforto cada vez maior em relação à gestão de Isabel dos Santos. A direcção do MPLA recebeu uma queixa de um grupo de empresas ligadas a altas figuras do partido contra a anulação do processo de licitação dos blocos de petróleo, em 2015, em que os mesmos participaram.
Os visados demandam uma indemnização de 80 milhões de dólares, alegadamente pelos danos causados aos vencedores, que tiveram de investir na licitação.
Segundo fonte do MPLA, a direcção do partido dirigido por José Eduardo dos Santos pediu que Isabel dos Santos comparecesse na sua sede para dar explicações sobre o assunto, mas esta recusou-se.
Há duas semanas, perante a recusa de Isabel dos Santos, o MPLA convocou o Conselho de Administração da Sonangol para prestar esclarecimentos, mas os seus membros também se recusaram, por falta de autorização de Isabel dos Santos.
Para evitar o choque directo com figuras do MPLA, Isabel dos Santos demandou que o administrador executivo da Sonangol, Paulino Jerónimo, assumisse a anulação da licitação, tendo este assinado a ordem.
Entre as empresas afectadas pela anulação da licitação, encontram-se as operadoras Somoil (Bacia do Congo, COM 1), que tem o secretário de Estado dos Petróleos, Aníbal Silva, entre os accionistas; a Simples Oil (Bacia do Kwanza, KON 6), que tem como testa-de-ferro Alberto Jorge de Jesus Mendes, coordenador do Fórum Angolano de Jovens Empreendedores (FAJE), secretário do Comité Nacional da JMPLA para Estudos e Análises Económicas e filho de Isalino Mendes, um veterano do MPLA. Por sua vez, a Sunshine (Bacia do Congo, COM 6 e Bacia do Kwanza KON 5) é controlada por Muadi Efani, filho do ex-ministro dos Petróleos Desidério Costa e veterano do MPLA; enquanto a Soconinfa (Bacia do Kwanza, KON 17) tem Ginga Isabel Neto Costa e Almeida, também filha de Desidério Costa, como uma das accionistas.
Entre os afectados do Bureau Político do MPLA constam o candidato a vice-presidente, Bornito de Sousa, e Roberto de Almeida, através da Poliedro (bloco COM 6); assim como Pitra Neto e Carlos Feijó, através do Grupo Gema (Bacia do Kwanza, blocos KON 8 e KON 19).
A licitação teve como objectivo promover as empresas nacionais e, para além da elite do MPLA, a própria Isabel dos Santos e a restante família do presidente também faziam parte da lista de beneficiários. A Isoil, empresa privada de Isabel dos Santos, acabou como parceira da Sonangol Pesquisa & Produção, de que é presidente da Comissão Executiva, nos bloco Kon 9 e Kon 17, na Bacia do Kwanza.
Por seu lado, a irmã do presidente e tia de Isabel, Marta dos Santos “Mana Marta”, entrou como parceira da sobrinha nos blocos Con 1, na Bacia do Congo, com duas empresas: a Servicab e a Prodoil. No Bloco Con 6, na Bacia do Congo, Mana Marta também se fez associada com uma terceira empresa, a Prodiam.
É o slogan do partido no poder que agora se coloca em questão: “Angola a crescer mais, a distribuir melhor”, entre a família presidencial e o MPLA. Quer Isabel ficar com tudo, ou o MPLA está a receber demais?

LUANDA: Nandó, os Lexus e os Palhaços da Assembleia Nacional do Feudo Eduardino

NANDÓ, OS LEXUS E OS PALHAÇOS DA ASSEMBLEIA NACIONAL


Nos últimos tempos, Fernando da Piedade dos Santos “Nandó”, presidente da Assembleia Nacional e membro do Bureau Político do MPLA, tem conseguido manter o seu nome afastado do lamaçal de corrupção que inunda e afoga o regime de José Eduardo dos Santos.
Estranhamente, Nandó sobrevive incólume ao escândalo da aquisição de 250 viaturas de marca Lexus, modelo LX 570, pelo valor total de aproximadamente 78 milhões de dólares. As viaturas destinam-se aos deputados a serem eleitos em Agosto próximo. Isto significa que cada Lexus terá custado 312 mil dólares. O presidente da Assembleia Nacional autorizou esta compra quando assinou o Despacho n.º 3/17, de 25 de Abril, oficializado pelo Diário da República de 22 de Maio. Não se pode, por isso, dizer que Nandó seja isento de responsabilidade em tão arrepiante despesa.
Acontece que o gabinete do presidente da Assembleia Nacional argumenta que os deputados precisam de dignidade. Interessante que essa dignidade não resida no serviço que prestam aos cidadãos, mas sim na vaidade que exibem ao fazerem-se transportar em carros de luxo, adquiridos a um valor de tal forma sobrefacturado, que antes parece um roubo.
Angola atravessa uma grave crise económica que, como é hábito, afecta terrivelmente as franjas mais desprotegidas da sociedade: os hospitais, por exemplo, estão sem seringas e sem medicamentos básicos para os pacientes como comprimidos para a malária. A culpa é a falta de verbas. Mas a falta de verbas não parece impedir a compra de centenas de viaturas que custam muitos milhões de dólares.
Não se trata aqui somente de uma injusta e incompreensível distribuição do dinheiro. Trata-se claramente de um caso de corrupção antecipada, tanto mais grave quanto impede que prevaleça a esperança de que algo vai mudar em Angola com as eleições que se aproximam. O caso da compra destas viaturas exemplifica uma velha história angolana: todos os deputados têm de ser corruptos ou corrompidos à partida, para que a integridade moral, a honestidade e a verticalidade política se mantenham longe da Assembleia Nacional.
É interessante reparar, de resto, que nenhuma bancada parlamentar e nenhum partido político da oposição emitiu um comunicado oficial veemente a denunciar o saque com a sobrefacturação dos Lexus, ou a pouca vergonha de se importarem carros de luxo quando o povo, o eleitor, passa cada vez mais fome.
Nenhum deputado da oposição, nenhuma figura da oposição manifesta publicamente que, caso seja eleito, recusará tal presente da corrupção moral com que o MPLA governa sempre.
A sociedade está chocada com o gesto de Danilo dos Santos, de 25 anos, o filho de José Eduardo dos Santos que gastou 500 mil euros a comprar umas fotografias antigas de estrelas de Hollywood dos anos 30 e 40. Duvidamos que ele tenha sequer visto algum filme dessa época. De qualquer modo, já não se livra da imagem do relógio de luxo, conforme inicialmente reportado.
Qual é então a diferença entre o comportamento de Nandó, enquanto presidente da Assembleia Nacional, na aquisição dos Lexus LX 570, e Danilo dos Santos, enquanto filho de JES sem actividade profissional conhecida, na compra das fotos ou do relógio? A diferença é que Nandó está habituado, de cinco em cinco anos, a repetir procedimentos para benefício de 220 deputados cujo desempenho é melhor enquanto palhaços do que enquanto representantes do povo. Portanto, as acções de Nandó contam simultaneamente com a cumplicidade do MPLA e com a da oposição representada na Assembleia Nacional.
Por sua vez, Danilo dos Santos brinca com o dinheiro roubado pela família aos angolanos para fazer banga pessoal em Cannes. Neste caso, conta somente com a cumplicidade dos pais e dos irmãos.
Ora, o povo não deve encarar de forma diferente a atitude de esbanjamento de Nandó e dos seus cúmplices na Assembleia Nacional e o insulto de Danilo dos Santos. No primeiro caso, há insensibilidade e falta de juízo. No segundo, há imaturidade. Isto para dizer o mínimo. Ambos, no entanto, desgraçam o bom nome de Angola, ambos agem de forma antipatriótica. O pior é que há muitos mais como eles, no seio do MPLA e do regime, que pisoteiam a dignidade de todos os angolanos.
É triste ver a fúria e o gozo com que nas redes sociais se ataca um imberbe, e se deixa passar incólume um profissional do esbanjamento do erário público como o presidente da Assembleia Nacional. Convém não esquecer que Nandó é o terceiro nome na lista de candidatos do MPLA. Acabemos com a cobardia nacional. Exijamos aos partidos da oposição, nomeadamente a UNITA, CASA-CE e FNLA a recusa oficial antecipada dos Lexus LX 570 para os deputados que venham a eleger, sob pena de serem rotulados como farinha do mesmo saco  – o da corrupção.
Vamos ao Nandó!

segunda-feira, 29 de maio de 2017

LUANDA: Eles Comem Tudo e Não Deixam Nada - Por Raul Diniz

ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA
O caso Danilo dos santos ajuda a dar forma da verdadeira dimensão da corrupção entranhada no epicentro do regime. Essa situação mostra a pobreza que existe no debate sobre a corrupção, que de certa maneira ajudou a colapsar em todas as vertentes a situação politica do país. Por outro lado, percebe-se igualmente que não pode destrinçar a atitude criminosa do filho do presidente de corrupção centrada na imagem de José Eduardo dos Santos.

Fonte: Planalto de Malanje Rio capopa
29/05/2017
Apesar da república ter sido transformada no país do pai banana, ainda assim a situação é penosa e extremamente gravosa por tratar-se de um crime praticado por um dos muitos filhos do mais alto magistrado da república.
O eleitorado não quer o silencio do nosso candidato, e muito menos dos demais candidatos, dos quais se esperava estarem dissociados de praticas nocivas, e improprias para consumo, principalmente em tempo de eleições. A situação do país é deprimente, porém, as lideranças político-partidárias não tiraram as devidas ilações, esses apenas olham para o seu bem-estar e de seus afectivos dependentes.
A crise de valores éticos e morais está explanada a olhos nus e são de uma flagrante realidade fantasmagórico, porém, os políticos não conseguem retirar as reais ilações para ajudar a mudar o rumo desastroso que o país segue. A imensidão de escândalos praticados pelo clã familiar do presidente Dos Santos demonstra em certa medida uma clara e perceptibilidade de corrupção centrada na imagem do líder do regime despótico.
Agora, pouca ou nenhuma dúvida existe nas sucessivas declarações costumeiras do candidato da situação não esta nem nunca esteve comprometido seriamente no combate a corrupção. O silencio de João Lourenço em torno da compra do relógio só ajuda comprovar que as mesmas estão nutridas de perjúrio e da ausência de verdade exequível.
Tudo que foi dito por JL relacionado com o combate a corrupção, não passa de puro eufemismo doseado de engodos horripilantes descontextualizados da realidade que o país e o povo vive. Quero assim afirmar, que a campanha contra corrupção proclamada pelo JL está despida de qualquer credibilidade, por ter sido tremendamente beliscado pelo silencio observado pelo MPLA aquando da inédita atitude de Danilo dos Santos comprar um relógio, e/ou de fotografias por 500.000 dólares num leilão nos Estados Unidos.
Em face de mais um escândalo protagonizado por um membro da família real, não se verificou a condenação e/ou a indignação do nosso candidato João Lourenço que se escusou de reagir contra o acontecido. Mas afinal, de que lado João Lourenço afinal está? Do lado dos gatunos, corruptos bajuladores, ou do lado dos espoliados? Pior de tudo que aqui foi relatado acerca do gravoso acto gravoso praticado pelo miúdo Danilo dos Santos, é a falta de humildade dos pais do garoto.
Essa situação coloca a nu a enorme pobreza no debate politico em Angola. Essa situação ajudou fortemente a colapsar a estrutura do regime. Hoje o MPLA encontra-se desestruturado e está despido de valores éticos e morais. João Lourenço sai  muito beliscado dessa episódica acção de impunidade criminosa. É claro que  expressividade exposta no discurso de combate a corrupção passa a ser indigerível por ter sido posta em causa a sua credibilidade.
Não se pode continuar a banalizar o estado galopante da corrupção e ao mesmo tempo tratar com leveza as pratica relevante de nepotismo que grassa por todo país. Essa realidade certamente não ajuda a moralizar a ordem publico-social. Por outro lado, a sequência de transferências financeiras ilegais para contas ofshores, originarias da corrupção e lavagem de dinheiro praticadas pelo próprio ditador e sua família têm que ser estancadas, elas não podem continuar a prosperar. Essa situação vergonhosa somente será drenada quando existir em Angola a separação dos três poderes. Sobretudo, Angola precisa ter a cabeça um presidente  munido de valores profundamente éticos, que ajude a moralizar as instituições do estado.
Para se ter noção da temperatura prevalecente no interior do poder, basta observar a gravidade do ensurdecedor silêncio motiva pelo gesto insano do filho do presidente, reflecte da parte do ditador uma gritante falta de respeito a toda sociedade. O vergonhoso gesto do filho do presidente do feudo veio mostrar a dimensão real do estado degradante do regime.
A corrupção e a deslealdade do MPLA em relação ao soberano têm sido uma constante realidade. Não se trata aqui de um caso isolado, esse irreflectido gesto do rapaz Danilo está ligado aos inúmeros actos de puro gamanço praticados pela família do presidente da república que ao longo do consolado de 38 anos de usurpação do poder. É preciso não esquecer a riqueza acumulada pelo presidente e sua família cifrada na ordem dos biliões de dólares.
Em iguais circunstancias, a oposição parlamentar e arregimentada em torno do poder, deles assenhorou-se um aflitivo medo reconhecido no silêncio. Até aqui ainda não ouviu nenhum pronunciamento de reprovação da parte dos nossos candidatos presidenciais acobardados. A luz do dia eles se negam a contrariar o todo poderoso ditador. Cada vez mais essa gentalha se parece uns dos outros, como soi dizer-se, são tão iguais até mesmo nas diferenças.
Essa realidade vem comprovar a ausência de valores defendidos por João Lourenço, o candidato do MPLA deseja obter a todo custo o poder pelo poder. Fica também demonstrado o desejo ardente de JL continuar a militar em torno de mentiras maquiada como verdades. É caso para reportar o académico, musico e politico Zeca Afonso, que cantava assim: (eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada). A hora e o momento são de mudança senhores donos da nossa Angola. Nós militantes extra-CAPs queremos a mudança, e o povo agradece.

domingo, 28 de maio de 2017

LUANDA: Os "bajús" Apertam o Cerco a João Lourenço

Os “bajús” apertam o cerco a João Lourenço

Fonte: Correio Angolense
Reedição: Planalto de Malanje Rio Capopa
Os “bajús” apertam o cerco a João Lourenço
O MPLA vai a votos, em Agosto, com o compromisso de “Melhorar o que está bem e Corrigir o que está mal”. Melhorar o que está bem será uma empreitada gigantesca. Há muito, mas muito mesmo o que fazer.
Por Graças Campos
Mas, complicadíssimo mesmo é o repto de corrigir o que está mal. Aqui, coloca-se desde logo a questão da ordem de prioridades. Por onde começar?
A frequência com que se refere ao assunto sugere que, se eleito para presidente da República, a agenda de João Lourenço será encabeçada pela cruzada contra a corrupção. 
Mas a corrupção, essa chaga endémica que dilacera o nosso País, é apenas um na imensidão dos males que têm de ser corrigidos. Associados à corrupção, atravessam o País males como a ineficiência do serviço público, o nepotismo, compadrio, amiguismo, opacidade, clientelismo, enfim, essa infinidade de “coisas” que transformaram Angola numa caricatura de país. 
Se quer que os angolanos o tomem a sério, João Lourenço tem de “convocar” para o seu campo de batalha outra chaga que prosperou no consulado do Presidente José Eduardo dos Santos. Trata-se do culto à personalidade. 
Com a tácita anuência do Presidente José Eduardo dos Santos, o culto à sua personalidade quase ganhou dignidade constitucional, tornou-se no modus vivendi de muitos de angolanos que à sombra dele acumularam fortunas. Foi com a cobertura do culto à personalidade de JES, que o comando de importantes instituições públicas caiu nas mãos de pessoas medíocres; foi graças a ele que muitos angolanos prosperam em actividades para as quais não têm as menores qualificações.
Em países sérios e decentes, entidades como Movimento Nacional Espontâneo e afins fariam os cidadãos corar de vergonha. Mas em Angola, elas são criadas e sustentadas com dinheiro público para servir um único fim: exaltação das virtudes, reais e imaginárias, de José Eduardo dos Santos. 
Neste país, a formação técnica e académica não são garantia de bom emprego ou de remuneração decente. Já ser sabujo ou adulador profissional é o segredo que abre as portas do sucesso e das fortunas.
Repetindo: se quer que os angolanos o tomem a sério, João Lourenço tem de incluir também na sua agenda uma vigorosa e decidida cruzada contra o culto à personalidade.
Contudo, já emergem sinais sugerindo que o candidato do MPLA não tem os olhos virados para essa frente. 
João Lourenço ainda não foi coroado, mas já há sinais de que convive tranquilamente com o culto à personalidade. As repetidas manifestações desse fenómeno em todas as capitais de província que tem visitado mostram que ao Presumível isso não incomoda particularmente.
Sempre na vanguarda de manifestações constrangedoras, a província de Malange tomou uma iniciativa reveladora de que, para algumas mentes, o culto à personalidade, encorajado por José Eduardo dos Santos, não é apenas para manter, mas para aperfeiçoar.
João Lourenço é apenas candidato, mas as autoridades de Malange já o tratam como se fosse presidente da República.
"Com o patrocínio do governo local, na cidade de Malange foi realizado recentemente um torneio de futebol infantil denominado “Taça Candengue de João Lourenço”. "
Neste momento, a Amangola, uma ONG liderada por Job Capapinha e que compartilha com o Movimento Nacional Espontâneo o mesmo objecto social, ou seja, a adulação ao líder circunstancial, promove em vários bairros de Luanda um torneio de futebol infantil também denominado “Troféu João Lourenço”. 
Ou seja, João Lourenço nem sequer ainda foi eleito Presidente da República, mas os profissionais da adulação já estão em campo. 
O perigo não está, apenas, na doutrinação das crianças, algumas das quais até podem ser levadas a acreditar que o futebol seja uma invenção do candidato do MPLA. O perigo está, também, no facto de o próprio João Lourenço poder afeiçoar-se à ideia de que é o melhor dos melhores de entre os angolanos e, à semelhança de José Eduardo dos Santos, vir a encorajar o culto à sua personalidade. Se se habitua à ideia, há o risco de que um dia desses JL tomar a adulação à sua pessoa como uma obrigação de todos os cidadãos angolanos.
É com João Lourenço ao leme que o MPLA acreditar ser possível arrancar o país do atraso em que se encontra. João Lourenço, diz-se, conduzirá o país ao desenvolvimento.
Ora, o desenvolvimento do país não se conseguirá com o endeusamento de João Lourenço. Com José Eduardo dos Santos o endeusamento foi um poderoso obstáculo ao desenvolvimento. Promoveu a mediocridade e, inversamente, afastou a competência e o conhecimento. Com José Eduardo dos Santos, os aduladores converteram-se nas principais estrelas do regime. 
Estamos fartos disso.
Queremos viver num país em que João Lourenço, ou qualquer outro que venha a ser eleito presidente da República, se diferencie dos restantes cidadãos apenas pelas funções que exerce e não por quaisquer qualidades artificiais.
Precisamos de construir um país em que os servidores públicos, nomeadamente os ministros, não sejam tomados como simples bocas de aluguer ou moços de recados do presidente da República. Como acontece hoje.
Temos de construir um país em que os filhos ou netos não se sintam permanentemente constrangidos porque o seu pai ou avô, que é membro do Governo, não pode, sequer, tomar a iniciativa de mandar construir um chafariz ou uma retrete. Temos de rejeitar um país em que homens de barba rija, pais, avôs e até mesmo bisavôs assumem publicamente a sua incapacidade de estruturar um único pensamento sem a “sábia orientação” do seu chefe.
Precisamos de construir um país em que o presidente da República aceite que todos os cidadãos têm massa encefálica, que lhes permite discernir.
É o esforço colectivo que tirará o país do pântano em que se encontra. Nenhuma mente, por mais brilhante que seja, o fará sozinha.
A crença de que havia entre nós um “Messias” deu no que deu. Angola é o que é hoje porque alguns chico-espertos creditaram na dita “clarividência” de José Eduardo dos Santos soluções para tudo. 
Pessoas sérias e sensatas aprendem com os próprios erros. Pretender que João Lourenço será o novo Messias é persistir no erro. E isso tem nome: burrice!
Se se deixar embevecer pelo discurso laudatório, João Lourenço abandonará, rapidamente, os desafios que se propõe, designadamente, a cruzada contra os corruptos.
No fundo, João Lourenço está a ser conduzido para uma armadilha em que, se se deixar apanhar, dificilmente se libertará. 
É dever dos patriotas angolanos alertá-lo para os perigos dissimulados nesses súbitos surtos de adulação. 
Aqueles que hoje arrastam despudoradamente as asas, descobrindo em João Lourenço qualidades que ele próprio desconhece, não tardarão em cobrar-lhe as contrapartidas. E essas manifestam-se, grosso modo, em exigências de bons e rentáveis empregos na administração pública e até mesmo em empresas privadas, em bolsas de estudo no estrangeiro, em casas em Angola e no estrangeiro, carros topo de gama, lugares cativos nos banquetes oficiais, além de drenagem permanente de dinheiro nas suas contas bancárias. 
O Presidente José Eduardo dos Santos, graças a quem a bajulação quase ganhou dignidade de emprego honrado, ainda está em funções, mas para muitos oportunistas que ele catapultou já se trata de um produto fora de prazo, portanto descartado.
Na internet, por exemplo, circula um Vídeo em que três crianças cantarolam qualquer coisa como:
“Não dá muita volta
Xé,
Não dá muita volta
O Zedú já não está na moda
Não dá muita volta
Quem está na moda
É João Lourenço”
João Lourenço não se engane: os pais dessas inocentes crianças por certo que são pessoas que comeram à grande e à francesa sob o regime de José Eduardo dos Santos.
O bajulador tem uma única Pátria: o seu bem-estar.

sábado, 27 de maio de 2017

FONTE: Actualização/ O Relógio ou as Fotografias de Danilo dos Santos

ACTUALIZAÇÃO: O RELÓGIO OU AS FOTOGRAFIAS DE DANILO DOS SANTOS


Danilo dos Santos já veio afirmar que não comprou um relógio por 500.000 dólares, mas sim uma colecção de quadros (sic) de George Hurrell por 500.000 euros.
Uma primeira correcção a Danilo: não foi uma colecção de quadros que ele comprou, mas sim uma colecção de fotografias. Hurrell não foi pintor, foi fotógrafo.
Relógios, quadros ou fotografias… Nada muda. Apenas sublinha a leviandade do gesto.
Em vez de 500.000 dólares, Danilo gastou ainda mais dinheiro: 500.000 euros, ou seja, cerca de 560.000 dólares.
Em vez de um relógio de luxo, comprou uma colecção de fotografias de luxo de George Hurrell.
George Hurrell foi um fotógrafo de Hollywood, famoso nos anos 1930/1940 pelas suas fotografias glamorosas de estrelas de cinema: Rita Hayworth ou Bette Davis, entre muitas outras.
Muitas das suas fotos originais estão à venda no e-Bay por cerca de 100/200 dólares cada.
Entregar as fotos à sua associação é um gesto oco. Para que quer a associação essas fotos?
Relógios de luxo ou fotografias de Hollywood por 500.000 euros são sinónimo de total falta de discernimento.

LUANDA: Carta ao Querido Danilo dos Santos - Eva Rapdiva


Carta ao querido Danilo dos Santos - Eva Rapdiva



Luanda - Querido Eduane Dos Santos, em primeiro lugar quero dizer que tu és uma PEP, que para quem não sabe, os PEP são aquelas, "segundo a definição do Parlamento Europeu, “podem representar um risco mais elevado de corrupção pelo facto de exercerem ou terem exercido funções públicas importantes”, como chefes de Estado, chefes de governo, ministros, membros dos órgãos de direção de partidos políticos, juízes de tribunais supremos e deputados, assim como cônjuge, pais, filhos e os cônjuges destes últimos.
Fonte: Facebook
Reediçºao_ Planalto de Malanje Rio Capopa
27/05/2017
Nos negócios que envolvem os próprios titulares de cargos políticos, mas também seus familiares diretos ou até pessoas conhecidas como estando estreitamente associadas a pessoas politicamente expostas, devem ser tomadas diligências para determinar, por exemplo, a origem do património e a origem dos fundos envolvidos em transações acima dos 15 mil euros. Mas apenas durante o período em que os respetivos titulares ocupem os cargos públicos visados pela lei e nos 12 meses seguintes após a sua saída. Assim sendo, sugiro que depois de teres feito essa doação possas explicar de forma transparente de onde vem esse dinheiro.

Por outro lado, e porque és uma PEP, aconselho-te a seres mais forte meu querido e a não ficares triste e insatisfeito com as publicações dos contribuintes do país do qual o teu pai é Presidente da República, porque se o nível de vida que ostentas for comparado ao rendimento dos teus pais e aos teus efectuados legalmente possivelmente iras ficar triste e insatisfeito dentro de uma cela por alguns anos. Então, respira fundo e sorri, porque os comentários da internet são coisa leve.

Deixa me falar-te também de algo bastante importante: o país do qual o teu pai é presidente tem a maior taxa de mortalidade infantil do mundo, e a causa desse triste facto não é o HIV, são doenças muito, mas muito mais simples e baratas de medicar, mas nem para elas nós temos meios. O HIV é sem duvida um grande problema para o nosso país e continente, e desde já aplaudo a tua preocupação em contribuir de forma tão generosa para essa causa mas pessoas como eu acham que algumas crianças que morrem todos os dias nos hospitais da nossa Angola podiam estar vivas se os 500 mil euros que doaste em vez de estarem ao teu dispor estivessem ao dispor dos hospitais públicos do nosso país. O problema não é o teu nobre gesto de doar esse dinheiro, o problema é tu seres um miúdo com pouco mais de duas décadas, seres filho de um presidente de um país com riquezas mas com um povo pobre e teres ao teu dispor esse dinheiro... Trabalhas onde? Quais são as tuas empresas? Onde foste buscar dinheiro para os teus investimentos? Estas são questões de uma cidadã, que não tem nada contra ti mas tem muito a favor da transparência. E não vale olhar para este tipo de questões e dizer "essa pensa que é quem para se meter assim na minha vida?" Ou "no meu dinheiro mando eu e dele faço o que quiser!"... Não vale porque como já disse és uma PEP, tens sim que justificar, tens sim que esclarecer a opinião pública, tens sim que explicar de forma transparente de onde veio esse dinheiro. É fruto do teu trabalho ou dos cofres do estado? É dinheiro teu ou é meu e de todos os angolanos?

Por outro lado, sugiro que arranjes pessoas de tua confiança para te aconselharem porque esse teu suposto nobre gesto é um tiro no pé do partido do qual a tua família faz parte, do qual algumas pessoas da minha família também são militante, o MPLA.

Partido que tem feito grandes esforços para reconquistar a confiança dos angolanos, partido que até tem um novo candidato que para muitos tem se saído bastante bem nos seus discursos, partido que tem neste momento milhares de militantes que trabalharam para sair com a vitória nas próximas eleições e tu, com esse teu suposto nobre gesto, consegues descredibiliza-los, consegues inclusive revoltar grande parte dessas pessoas e trazer um grande recuo nos avanços que o mesmo tem feito na sua campanha eleitoral. Podes dizer que o teu objectivo é contribuir para o blá blá blá blá... Mas meu querido, fica a saber que pessoas como eu, sabem que tu não és o MPLA e que a maior parte das pessoas desse partido não tem nada a ver com as tuas doações, mas há muita gente que não pensa assim. Há muita gente a direccionar a revolta que o teu nobre gesto causa ao MPLA. Por isso, sugiro que tires umas férias em Angola e nos próximos meses acompanhes a caravana da campanha do MPLA e vejas o país que se chama Angola mais de perto, quem sabe percebas que para além de ser errado um menino como tu ter ao seu dispor 500 mil euros para doar, na próxima vez que o queiras fazer te lembres dos sítios do teu país que muito precisam em vez de estares feito um burguês a fazer doações desse género a organizações americanas que estão a pesquisar a solução para um problema que nos afecta mas que é complexo demais perante as doenças que já tem cura mas ainda matam pessoas no nosso país. Sim, porque temos falta de medicamentos básicos meu caro...

A cura do HIV é muito importante, mas aqui onde nem soro e seringas temos acho que o destino desse dinheiro teria bons fins... Do que me vale ter as telhas para fazer o telhado da minha casa se não tiver betao para os pilares que vão suportar o telhado? Se o Zé Povinho nem soro tem queres convencer quem que a cura para o HIV vai beneficiar-lo? Eu cá acho que vai em primeiro lugar beneficiar as pessoas da elite da qual tu fazes parte que estão contagiadas com a doença e tem acesso a tudo primeiro que todos e as pessoas da elite da qual fazes parte (que como se diz por aí) sub-factura com o negócio dos medicamentos que deviam estar nos hospitais mas estão à venda nas farmácias e praças, ouvi dizer... Só ouvi dizer...

Não é pessoal, é só a minha opinião... Já agora, gostava que usasses o teu lado solidário para apelar aos que te sao próximos para não prejudicarem está humilde jovem trabalhadora por estar a exercer o seu direito de exprimir a sua opinião livremente.

Já agora, desculpa estar a fugir do assunto manda também um beijinho meu à nossa Exma. Primeira Dama, Dra Ana Paula por quem tenho uma enorme simpatia, porque para além de ser uma Sra cheia de classe e bom gosto, tem o mesmo nome que a minha estimada mãe, não sei se elas têm apenas o nome em comum, mas se também tiverem a mão pesada, acredita não quero estar no teu lugar, porque a minha Ana Paula, numa situação como está dava-me umas belas palmadas.

Kiss Kiss
Eva Rapdiva