domingo, 29 de setembro de 2013

LUANDA: Mentira Euro Enganosa - Por Raul Diniz

MENTIRA EURO ENGANOSA

Fonte: club-k.net
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
29/09/2013
Aconteceu de tudo um pouco nessa semana finda, começando pela agressividade descabida de um governo inerte sem estrutura para assumir a administração de topo, um regime que nem sabe como estabelecer um dialogo aberto e franco com a sociedade descontente pelos seus constantes atropelos a lei e a constituição, e pelos variadíssimos disparates praticados por aqueles que deviriam honrar com prestigio, a condução dos destinos da nossa angolanidade, hoje definitivamente soterrada na profundeza do abismo, motivado pela forma leviana como tratam irresponsavelmente a gestão da coisa publica nacional.
A IGNOMINIA DE JOSÉ MANUEL DURÃO BARROSO, PRESIDENTE DA COMISSÃO DA UNIÃO EUROPEIA!
 Mas triste mesmo foi lermos noticias vindas da União Europeia divulgadas pelo porte parole do presidente da comissão da União Europeia Dr. Durão barroso compadre de JES e padrinho de casamento da sua filha Tchizé dos Santos. Seria melhor que Durão barroso fica-se calado do que vir tentar atirar areia para os olhos de toda sociedade politica, cívica e civil em luta pela retirada tardia do regime de José Eduardo dos Santos seu amigo. Sinceramente, onde foi que o Expert em politica angolana Dr Durão Barroso foi buscar essas ultrajantes ideias disformes, quando afirma existir no país do pai banana legitimidade processual do ponto de vista legal! Não pretendo litigar a legalidade institucional do senhor Durão Barroso por mentir a respeito da legalidade do poder judiciário angolano. Apenas estou indignado com a maneira insurgente como Durão Barroso veio em defesa mais cruel e despótico ditador dos tempos de modernidade politica democrática. Entendo por saber, que o senhor presidente da comissão europeia, sempre esteve ao lado do mais cruel dos ditadores do nosso tempo em toda sua existência de politico ativo, sem nunca se importar com o sofrimento do nosso povo. 

NÓS NÃO PROCURAMOS LEGITIMIDADE POLITICA EXTERNA PARA CONHECERMOS OS NOSSOS DIREITOS E POR ELES LUTARMOS!
Sobretudo queremos informar ao Presidente da comissão europeia que em Angola nós não estamos à procura da legitimidade afirmativa externa para lutarmos contra a tirania de uma ditadura das mais cruéis e ferozes do universo politico atual. Saiba o senhor Barroso que assim como aconteceu em Portugal quando se tratou no passado recente, a ditadura salazarista ao instaurar processos contra os opositores do regime neocolonial fascista não existiam processos legalmente instaurados contra os autores da luta antifascista, aqui em Angola passa-se o mesmo, senhor Dr Zé Manuel deve saber que, nessa luta fratricida travada contra o ditador e contra a ditadura, nós os democratas temos apenas uma finalidade que é a de derrubar essa maléfica ditadura do tipo feudal mais retrógrado! Onde anda ou a quantas anda o raciocínio com base no conhecimento da ciência do direito constitucional e institucional democrático do presidente da UE, que não entendeu ainda a legitimidade do povo ver-se livre de um regime que apenas a Europa do senhor Durão Barroso não avaliza?
EM QUE PLANETA POLITICO VIVE O PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA?
Em que planeta politico habita o presidente da comissão europeia?  Por onde anda o sentido estadista critico e a verdade analítica do senhor presidente da comissão da maior região geográfica democrática do universo humano?  Será que o direito a vida e a liberdade democrática se tornou apanágio apenas dos países que compõem o território da União Europeia?  Quero lembrar ao presidente da comissão europeia que não existe demérito algum nos propósitos da luta que travamos em Angola contra a vil ditadura instituída na terra de nossos ancestrais autóctones, e também lembro ao ilustre amigo Zé Manuel, que em Angola nós não estamos em luta mortal contra o reino da gatunagem e do nepotismo institucionalizado para nos divertirmos, por outro lado quero que saiba que nós cá na terra da exploração humana e do peculato institucionalizado não somos assassinados dia após dias de brincadeirinha, é tudo verdadeiro, aqui somos torturados e assassinados de verdade senhor Durão Barroso! Nós somos perseguidos, somos presos arbitrariamente, somos torturados, assassinados sistematicamente pelo regime a mando do ditador.  Aqui tudo é a sério e ninguém deseja isso para a família e amigos do senhor Durão Barroso.
APELO AO BOM SENSO DO Dr DURÃO BARROSO PARA NÃO INCENTIVAR O CONTINUO ASSASSINATO DOS PACÍFICOS CIDADÃOS ANGOLANOS!
 Apelo ao Zé Manuel, que não fortaleça mais o regime do seu amigo e compadre JES e não queira que Angola continue sendo o país do pai banana! Aquilo que no entendimento democrático do senhor Durão Barroso não serve para Portugal e tão pouco para a União Europeia como regime politico, não queira o senhor Presidente da UE desejar para Angola. Um homem da estatura e dimensão politica do preside a união democrática como a UE, não pode ter linguagens dúbias, uma para UE e outra para a União Africana, democracia é democracia em qualquer continente, seja o continente europeu, africano, asiático ou americano, pois o sistema com que se regem as democracias independe dos dogmas de cada estado, por serem os mesmos. Não vale apenas passear-se pela mentira politica, e quer concorde ou não comigo, reafirmo que em Angola não existe regime democrático nenhum nem próximo disso, e o senhor Durão Barroso sabe bem que é verdade.
APENAS NÃO OFUSQUE A VERDADE POLITICA ANGOLANA
Não tenha a pretensão de tentar ofuscar a verdade politica apenas para confundir os angolanos, pois não é de bom tom e torna-se ultrajante receber da mais alta entidade politica da UE uma mentira tão deslavada e delatora de contornos assustadoramente malignos. Quando os porta vozes do senhor Durão Barroso a mais alta entidade da EU e o da ministra dos negócios estrangeiros da EU vêm a publico afirmar que foram instalados processos legais aos destemidos jovens presos e torturados pela ditadura apenas porque desejavam manifestar-se, para reivindicar junto da ditadura os seus inalienáveis direitos de cidadania subtraídos, torna-se no mínimo ridículo!
O MAGISTRADO EQUIVOCADO DURÃO BARROSO, MESTRE EM “ANGOLANISMO” JESEANO!
Todos quantos assistiram a carga desnecessária desferida pela policia do regime contra indefesos jovens que sequer haviam começado a manifestar-se entraram em colapso coletivo aterrorizados pelo que vivenciávamos daí estar-se irritado com o douto magistrado Durão Barroso mestre em “angolanismo JESEANO” por vir indignamente aventar a hipotética existência de legalidade processual nos tribunais de um regime tão vil e reconhecidamente ditatorial, isso é ridículo, é obra!  Não queira o português Zé Manuel destilar a fúria do fel assassino politico partidário do seu passado existencial, que marcaram a sua passagem pelo MRPP para cima do povo sofrido de Angola! Definitivamente amigo Zé, o senhor não quer olhar de frente a realidade angolana com olhos de ver, portanto não queira de maneira alguma transferir para angola o que Portugal jamais aceitaria que de Angola fosse exportado para Portugal, mesmo porque, os nossos irmãos portugueses não merecem de jeito nenhum, que uma sinistra figura da estirpe de José Eduardo dos Santos se tornasse presidente das parcas riquezas do Portugal democrático de hoje.
NOSSOS IRMÃOS PORTUGUESES JAMAIS QUERERIAM PARA PORTUGAL UM BANDIDO COMO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS COMO PRESIDENTE E MUITO MENOS ACEITARIAM SER CONIVENTE COM UM REGIME TÃO DESPÓTICO E RETROGRADO COMO O DE ANGOLA.
Não existe em Portugal alguém em sã consciência, que afirme existir em Angola, um regime legitimamente democrático. Por esse motivo valido senhor o Dr Durão Barroso, não tente atirar areia para os olhos do sábio universo dos países democráticos com as usas insufláveis afirmações, de que existe uma justiça aceitavelmente isenta equidistante do poder politico e que seja democrática, pois isso nem o diabo acreditariam em tamanha insensatez tão aleivosamente enganosa. Mesmo sendo o diabo o detentor do monopólio da mentira, não assinaria por baixo essa pressagiosa desinformação, pois nem o próprio diabo não estaria em condições de confirmar existência de tal poder judiciário livre e independente em Angola, e já la vão 34 anos de tirania de constantes tramoias! O importante mesmo é o Senhor Dr Durão Barrosa utilizar com sabia mestria a palavra certa no momento certo, e, declare publicamente, que o povo vivencia em Angola um regime autocrático onde impera a mentira como padrão, o nepotismo como a marca maior do regime, a corrupção emblemática, e o peculato como medida para o enriquecimento ilícito, que, aliás, grassa de sobremaneira como fonte de águas turvas. Em suma trata-se de um regime de orientação governativa medieval, onde se destacam as praticas doutrinais anômalas como a violência gratuita, o feiticismo, a magia negra, o fatalismo medíocre da desgraça coletiva e da sobrecarga das politicas publicas errantes misturadas ao nepotismo desenfreado e a devastadora soberba, essas são a verdadeira essência do regime esgotado, que perdido, sem eira nem beira sem principio, apenas e com fim marcado para morrer. Eduardo dos Santos, sua família e seus confrades internos e internacionais decidiram rumar contra a maré, consagraram os desígnios da sua existência como poder totalitarista inviável aos demônios.
ESPERAMOS TODOS DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA TOTAL ISENÇÃO E DISTANCIAMENTO NA AVALIAÇÃO QUANTO AO DIREITO DO POVO LUTAR CONTRA O REGIME SEGREGACIONISTA E IRRESPONSÁVEL DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.
 Esperamos nós militantes democratas, que o pensamento antidemocrático ora apresentado pelo senhor Dr Zé Manuel sobre Angola seja definitivamente lançados para degredo assim como desejamos todos, que a justiça expansionista e decrépita instalada pelo regime segregacionista, para tentar subverter a vontade democrática do povo angolense seja ambas lançados para o abismal mar do esquecimento. Gostaria muito saber que mais tem o ex-premiê Tuga para dizer acerca da repressão do dia 19 de Setembro, pois se de facto tiver algo de importante para dizer aos angolanos desesperados como eu, que seja dita com verdadeira independência, e com expressiva lisura, e, que sejam igualmente chamados os bois pelo nome e/ou se cale o senhor Durão Barroso para sempre, e entenderemos que em defesa do seu familiar Eduardo dos Santos, então saberemos, que uma vez mais o politico JMDB, atirou o povo angolano para o matadouro num gesto sacrificial deliberado. Nós democratas angolanos estamos declaradamente em guerra politica contra ditador e contra o seu regime, por isso aguardamos esperançados que venham a existir mudanças substanciais na comissão europeia com a saída do senhor Durão Barroso da presidência da comissão. Talvez outros ventos menos maliciosos venham soprar naquela organização internacional europeia para Gaudio dos povos oprimidos de África e do mundo oprimido em geral. Quanto ao regime angolano, todos sabem que se trata de um sistema maléfico, decadente, cleptomaníaco e antidemocrático com contornos deveras alarmantes de nepotismo , o que alias, é apanágio de JES e do seu desqualificável partido déspota, o MPLA/JES.
LEMBRANÇAS DO PASSADO PARA O ZÉ MANUEL
Apenas quero lembrar ao amigo Barroso, que a situação angolana é terrível, o que se passa em Angola é muito pior daquilo que se passou no Portugal de antes 25 de Abril. O Dr Durão Barroso não pode descurar a verdadeira origem que legitimou a queda do regime colonial fascista português, não se devem esquecer os paradigmas da revolução dos cravos e os seus declives como o insurgente caso FP 25 de Abril que como ato condenável de autentico terrorismo de estado, tive o apoio explicito do ditador angolano, amigo especial do Dr Durão Barroso. Na Angola de hoje não é diferente, os angolanos querem um estado de direito e democrático, por isso lutamos contra a máquina que nos impede sermos livres. Nós angolanos Acreditamos, que o politico Durão Barroso os portugueses e todo angolano que esteve envolvido na luta contra o regime neocolonial fascista em território do então Portugal continental, lutamos com afinco lado a lado com o povo português e com abnegado espirito de sacrifício nos batemos com empenho dentro e fora na cidade universitária num invulgar gesto antifascista, e com elevado sentimento de altruísmo cabal, contribuímos para que os portugueses se tornassem livres do regime de Oliveira Salazar, Américo Thomas e Marcelo Caetano, lembro que foi a justeza dos nossos ideais que nos levaram a lutar sem medo, o que provocou o derrube do sistema politico e administrativo da época. Em Angola caro Zé Manuel, não vai ser diferente, quer queira ou não o senhor e o seu amigo e compadre ditador, esse regime déspota vai mesmo ter que ser jogado para o lixo, onde é o seu lugar.

Raul Diniz

terça-feira, 24 de setembro de 2013

LUANDA: Ajudem os jovens revolucionários a sair da prisão. Apenas eles não desejam a continuidade do ditador ladrão no poder em Angola.

Apelo Urgente de Solidariedade
por Maka Angola -
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
24 de Setembro, 2013
A Associação Mãos Livres e o Maka Angola realizam, a partir de hoje, uma campanha de angariamento de fundos em prol do direito à manifestação.
 
São necessários um milhão e 520,000 kwanzas (US $15,400) para o pagamento da caução dos jovens manifestantes detidos, pela primeira vez, a 19 de Setembro por terem tentado protestar, de forma pacífica, contra as injustiças sociais em Angola.
 
Em sessão de julgamento sumário, no dia seguinte, o Tribunal das Ingombotas, conhecido como o Tribunal de Polícia, libertou-os sob termo de identidade e residência. A audiência foi interrompida e a nova sessão marcada para 23 de Setembro.
 
Os jovens gozaram de liberdade condicional por menos de meia hora. Foram novamente detidos, a cerca de 300 metros do tribunal, quando concediam entrevistas ao director do Maka Angola, Rafael Marques de Morais.
 
Inconformados com a decisão judicial, o comando da Polícia de Intervenção Rápida encarregou 45 agentes seus, fortemente armados, que cercaram e procederam à detenção e tortura dos recém libertados e dos jornalistas com quem estavam, incluindo Alexandre Solombe e Coque Mukuta.
 
Novamente presentes a juízo, a 23 de Setembro, os jovens re-encarcerados, foram libertados sob caução porque a acusação não pode apresentar factos incriminatórios.
 
Dada a condição económica dos jovens e a grande injustiça de que estão a ser alvo, a Associação Mãos Livres e o Maka Angola solicitam a sua contribuição necessária para o pagamento dos (US $15.400,00) essenciais para garantir a liberdade dos jovens.
 
Contamos com a sua solidariedade.
 
 
Contacte:
 
Salvador Freire dos Santos
Presidente da Associação Mãos Livres
Tel: 925 811 728
E-mail: salvafreire@gmail.com
Conta bancária Associação Mãos Livres
116554596 31 BFA
 
Rafael Marques de Morais
Director do Maka Angola
Tel: 912 331034
E-mail: rafael@makaangola.org

ESTRASBURGO: A Euro-Deputada portuguesa a Socialista Ana Gomes Instou o compadre do ditador angolano, presidente da comissão da União Europeia José Manuel Durão Barroso a parar o seu amigo José Eduardo dos Santos a parar com as perseguições, prisões arbitrarias e torturas exercidas contra o povo pacifico e contra jornalistas angolanos. Euro Deputada Socialista

Ana Gomes Pressiona Durão Barroso sobre Angola
por Maka Angola 
Divulgação: www.palanaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
 23 de Setembro, 2013
Ana Gomes enviou hoje uma carta ao Presidente Barroso e à Alta Representante da UE para a Política Externa, Catherine Ashton, sobre a violenta detenção do jornalista angolano Rafael Marques e de outros dois jornalistas que entrevistavam manifestantes recém-libertados em Luanda, no passado dia 20 de Setembro.

Os três jornalistas, assim como os sete manifestantes e um empresário que filmava o ocorrido, foram detidos por agentes da polícia de intervenção rápida e levados para uma unidade central da polícia, onde sofreram várias agressões e maus-tratos. Foram obrigados a deitar-se no chão, enquanto um oficial e outros agentes caminharam por cima deles com as botas, os coletes e o equipamento pesado vestidos, saltando-lhes em cima e pontapeando-os. Mais de quatro horas depois, os três jornalistas e o empresário foram transferidos para as instalações da polícia de investigação criminal e libertados sem qualquer acusação. O equipamento fotográfico foi-lhes devolvido com as lentes destruídas. Segundo a “Human Rights Watch”, os sete manifestantes continuam detidos, apesar do mandado de libertação emitido pelo tribunal, e poderão ter de responder em julgamento apesar de não terem sido acusados.

Na carta a Barroso e a Ashton, Ana Gomes qualifica como “inaceitável” este comportamento das autoridades angolanas, face às obrigações e compromissos de Angola enquanto Estado-parte do Acordo de Cotonou (ACP-UE) e do Acordo de Parceria “Caminho Conjunto UE – Angola”. A eurodeputada socialista insta, por isso, a UE a exigir às autoridades angolanas que ponham termo às detenções arbitrárias e à agressão contra manifestantes pacíficos e jornalistas.

“Tem sido dito ao Parlamento Europeu que a cooperação entre a UE e Angola investe na promoção do Estado de direito. É necessário que se faça uma avaliação desta cooperação e dos seus resultados, tendo em atenção as constantes violações de direitos humanos, os abusos de poder, a impunidade e a corrupção reinante em Angola, que os eventos da semana passada tristemente exemplificam”, sublinhou Ana Gomes.

LUANDA: O repugnante estado de ditadura que insiste em permanecer na nossa terra, colocou o contestatário, e menor de idade incomunicável numa cela solitária .

Menor Confinado em Cela Solitária
por Maka Angola
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
23 de Setembro, 2013
Manuel Chivonde Baptista Nito Alves, de 17 anos, detido a 12 de Setembro passado, continua a ser mantido em regime de detenção solitária e sem direito a banho, por alegada difamação ao presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Desde a sua detenção, em Viana, a Polícia Nacional não tem permitido aos advogados da Associação Mãos Livres o contacto com o jovem, para prestação de patrocínio jurídico. Nito Alves está detido na Cela 11 da Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC), no Distrito do Rangel, em Luanda.

Segundo o advogado Afonso Mbinda, “inicialmente a acusação que pendia contra o Nito Alves era de crime de calúnia e difamação contra o presidente da República, sob o processo 65/13-VN”.

“O caso transitou para a DPIC onde passou a ser identificado sob o processo nº 9848/13 O.P. e julgámos que o procedimento seguinte seria por via de julgamento sumário de polícia correcional”, disse Afonso Mbinda.

De acordo com o advogado, o Ministério Público tinha oito dias, dentro do processo de polícia correcional, para encaminhar o detido a julgamento sumário ou ao Tribunal de Menores.

“Ao não terem cumprido com essa tramitação, o Ministério Público não tem como sustentar a acusação”, explicou o representante da Associação Mãos Livres.

Afonso Mbinda revelou também a conversa que teve com o procurador junto da DPIC, Carlos Santos, sobre o seu cliente.

“O procurador disse-me que o Ministério Público precisava de mais 10 dias para aprofundar as investigações, dada a gravidade dos factos que lhe são imputados””, explicou.

De acordo com o advogado, “o procurador informou que não podia dizer, nessa altura, sobre a acusação que pendia contra Nito Alves. Disse apenas que havia indícios de crime contra a segurança de Estado”.

Em comunicado de imprensa, datado de 18 de Setembro, a Associação Mãos Livres condenou a acção da detenção de Nito Alves sem mandado de captura.

A Associação Mãos Livres considerou que o comportamento da Procuradoria-Geral da República, no tratamento do caso do Nito Alves, “viola o estabelecido no artigo 63º da Constituição que impõe o dever de informar aos presos, no momento da sua detenção, as razões e o crime cometido”.

Por sua vez, o pai de Nito Alves, Fernando Baptista, um veterano da Polícia Nacional, lamentou a indisponibilidade da DPIC em prestar qualquer informação oficial à família sobre o detido. “Então, o meu filho não tem direito a nada, nem sequer a falar com o seu advogado? Não sei o que pensar ou dizer”, desabafou o pai.

O Ardil da Segurança

Maka Angola teve acesso à cópia do papel manuscrito, para a impressão de 20 t-shirts com os seguintes dizeres na parte frontal: “Zé-Dú/ fora/ Nojento/ Ditador”. No verso da t-shirt solicitava-se a seguinte inscrição: “Povo angolano/ quando a guerra/ é necessária e urgente em Angola/para mudarmos o governo ditador”. As inscrições no verso, são uma corruptela do título de um artigo e de um livro de Domingos da Cruz, Quando a Guerra é Necessária e Urgente.

O manuscrito não tem qualquer assinatura ou logótipo.

Maka Angola realizou uma investigação junto de pessoas próximas dos meandros da detenção. Após ter sido reportada, à polícia e serviços de segurança, a intenção de se imprimirem as referidas camisolas, o responsável da gráfica, conhecido como Lavoisier, cancelou a produção.

“Os agentes da segurança deram ordens ao Lavoisier para imprimir as camisolas. Ele cumpriu. Depois telefonou ao Nito Alves para ir buscar a encomenda, conforme lhe instruíram. E assim o detiveram [Nito Alves]”, explicou a fonte.

Nito Alves fazia-se acompanhar de um jovem, Feliciano Adão Nunes, de 18 anos. Maka Angolaapurou junto de familiares e amigos que este jovem foi mandado em liberdade pelos responsáveis da captura de Nito Alves “com ameaças de morte caso revelasse a alguém sobre o modo como o seu companheiro foi capturado”.

“Agora o Feliciano tem estado a viver com medo de ser eliminado e anda fugido”, acrescentou Raúl Mandela, amigo dos dois jovens.

Um outro advogado, Luís Nascimento, esclareceu que para haver crime de difamação tem de haver publicidade. “Como se pode deter alguém por ter manifestado, em privado, a intenção de supostamente difamar?”, questionou.

Difamação e Propaganda na TPA

No entanto, através dos serviços de propaganda da Televisão Pública de Angola (TPA), publicitou-se o verso da camisola mandada imprimir pelas próprias autoridades. A parte frontal, que chama o presidente José Eduardo dos Santos “Zé Dú” de ditador, foi omitida.

A TPA cingiu-se ao discurso segundo a qual o menor de idade estaria a incitar à guerra no país.

A 6 de Setembro passado, o juiz Salomão Filipe, do Tribunal Provincial de Luanda, absolveu o jornalista Domingos da Cruz, autor da expressão original usada no verso da camisola, que havia sido acusado de instigação à desobediência colectiva.

No seu despacho de pronúncia, o juiz considerou a acusação improcedente por não haver, na legislação vigente, a tipificação do crime de que era acusado o réu.

A 8 de Agosto de 2009, Domingos da Cruz publicou um texto de opinião, no semanário Folha 8, intitulado Quando a Guerra É Necessária e Urgente. A seguir publicou um livro com o mesmo título. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou-o de ter perturbado a ordem pública e de ter incitado o povo à guerra, com a publicação do referido texto.

No seu texto, Domingos da Cruz opinou sobre os métodos de governação do presidente José Eduardo dos Santos a quem reputou de autoritário, corrupto e insensível ao sofrimento do povo.

Nito Alves permanece encarcerado numa cela solitária, sem direito a intervalos no pátio. Como parte da rotina de abusos, Maka Angola apurou que alguns agentes têm passado pela cela do jovem, apenas para o ameaçarem de morte.

Aos 17 anos, segundo a lógica do regime do presidente José Eduardo dos Santos, Nito Alves abalou a estabilidade do poder com a intenção de imprimir umas camisolas.

Quem tem medo de uma “revolução” das camisolas?
ProvaContraNito 735x1024 Menor Confinado em Cela Solitária
Documento de prova contra Nito Alves.

LUANDA: Nova vaga repressiva da ditadura de José Eduardo dos Santos contra dissidentes pacíficos, que apenas não querem mais ao ditador na presidência de Angola

HRW: Angola – Nova Repressão de Dissidentes Pacíficos
por Maka Angola 
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
 23 de Setembro, 2013
O governo angolano deve pôr imediatamente termo às detenções arbitrárias e à agressão contra manifestantes pacíficos e jornalistas, anunciou hoje a Human Rights Watch.Todos aqueles que foram detidos pelo exercício do direito de reunião e de expressão devem ser libertados ou acusados de forma credível sem demora.
Em 19 de Setembro de 2013, a polícia deteve 22 manifestantes perto da Praça da Independência de Luanda que procuravam manifestar-se e distribuir panfletos que clamavam por justiça social.Dois manifestantes soltos no mesmo dia foram citados nos meios de comunicação locais, alegando ter sido espancados e vítimas de outros maus-tratos enquanto estiveram detidos. Em 20 de Setembro, três jornalistas que tentaram entrevistar alguns manifestantes recém-libertados foram também eles detidos, ameaçados e agredidos pela polícia.
“A detenção e agressão de manifestantes pacíficos e jornalistas não passa de uma tentativa opressiva para tentar silenciar indivíduos que têm todo o direito a expressar os seus pontos de vista,” declarou Leslie Lefkow, directora-adjunta de África da Human Rights Watch. “O governo angolano deve voltar rapidamente atrás, libertar os indivíduos detidos indevidamente e investigar os agentes da polícia responsáveis.”
Um grupo de jovens conhecido como Movimento Revolucionário disse que informou formalmente as autoridades do protesto planeado para 19 de Setembro com a devida antecedência, em conformidade com a lei. A manifestação procurava chamar a atenção para a corrupção, justiça social, violência policial contra vendedores ambulantes, despejos forçados e o desaparecimento forçado de dois organizadores de uma manifestação em 2012. No dia 18 de Setembro, um porta-voz da polícia avisou publicamente que o protesto seria reprimido pelas autoridades. Testemunhas em Luanda disseram que, no dia seguinte, havia um enorme dispositivo policial montado, que incluía helicópteros, polícia militar e brigadas caninas.
Dez dos 22 manifestantes detidos em 19 de Setembro foram libertados sem nenhuma acusação no mesmo dia.Outros oito fora libertados por ordem do tribunal em 20 de Setembro, juntamente com um membro do partido da oposição Bloco Democrático que também tinha sido detido.A polícia de intervenção rápida deteve três jornalistas – Rafael Marques, um destacado defensor dos direitos humanos, que fundou o blogue anticorrupção Maka Angola, Alexandre Neto, presidente do Southern Africa Media Institute em Angola, e Coque Mukuta, correspondente da Voz da América – quando entrevistavam os oito manifestantes libertados.
Os jornalistas contaram à Human Rights Watch que estavam a realizar as entrevistas na rua, a aproximadamente 300 m de distância do tribunal, quando cerca de 40 agentes da polícia de intervenção rápida, fortemente armados, chegaram em cinco carros com sirenes, entre os quais havia dois veículos blindados.Os agentes detiveram os três jornalistas, sete dos manifestantes recém-libertados e um empresário que havia filmado o incidente a partir um edifício próximo do local.Foram todos levados para uma unidade central da polícia de intervenção rápida.
Os jornalistas e o empresário disseram à Human Rights Watch que as agressões começaram assim que chegaram à unidade da polícia. Disseram que um oficial ordenou aos 11 detidos que se deitassem numa carrinha da polícia de cara no chão.
“Não havia espaço para todos no chão,” disse Neto à Human Rights Watch.“Tivemos de nos deitar uns em cima dos outros.Um de nós tinha asma e teve dificuldade em respirar.De seguida, um oficial e outros agentes caminharam por cima de nós com as botas, os coletes e o equipamento pesado vestidos, saltaram-nos em cima e pontapearam-nos.”
Os jornalistas disseram que os agentes da polícia ameaçaram matá-los, gritando “Vocês dão-nos muito trabalho. Merecem levar um tiro. Vão morrer hoje.” Marques queixou-se de ter sido agredido no pescoço com um objecto não-identificado e que ainda sente dores.Foi-lhe pedido que retirasse os óculos no início. A cena foi filmada por uma agente da polícia.
Os maus-tratos infligidos aos jornalistas foram claramente uma tentativa de intimidar os meios de comunicação social, afirmou a Human Rights Watch.
“Eles sabiam exactamente quem nós éramos,” Marques revelou à Human Rights Watch.“Os agentes da polícia tomaram nota dos nossos nomes diversas vezes.”
Mais de quatro horas depois, os três jornalistas e o empresário foram transferidos para as instalações da polícia de investigação criminal e libertados sem qualquer acusação.Devolveram-lhes o equipamento fotográfico com as lentes destruídas. Os setes manifestantes continuam detidos, apesar do mandado de soltura emitida pelo tribunal, e poderão ter de responder em julgamento apesar de não terem sido acusados.
Um dos organizadores da manifestação de 19 de Setembro, Manuel Chivonde Nito Alves, de 17 anos, fora detido em 12 de Setembro por ter distribuído camisolas que chamavam ao presidente de longa data José Eduardo dos Santos um “ditador nojento”. Nito Alves continua detido e ainda não foi acusado de nenhum crime.
“O tratamento violento a que estes jornalistas e manifestantes foram sujeitos, em flagrante desrespeito de uma ordem do tribunal, revela um desprezo deliberado pelo Estado de Direito,” denunciou Lefkow. “O governo angolano tem de levar a tribunal todos os agentes da polícia responsáveis por estes abusos e mostrar aos angolanos que a polícia não está acima da lei.”
Contextualização
Desde 2011, inspirado pelos levantamentos populares no Médio Oriente, um pequeno movimento pacífico de grupos de activistas angolanos tem procurado manifestar-se contra a corrupção, as restrições impostas à liberdade de expressão e a outros direitos, e o aumento das desigualdades na nação angolana rica em petróleo. Agentes da polícia e de segurança têm repetidamente interrompido manifestações pacíficas organizadas por diferentes grupos, incluindo jovens e veteranos de guerra.A polícia usa regularmente força desnecessária ou excessiva e detém manifestantes de forma arbitrária.
Os meios de comunicação do estado encenaram uma campanha em que chamaram aos protestos antigovernamentais uma tentativa de “incitar à guerra”.Num país pela primeira vez em paz na última década, estas campanhas lançaram o medo entre a população.
Jornalistas e outros observadores que procuraram documentar as manifestações e as respectivas respostas do governo têm sido regularmente assediados, detidos e, por vezes, vítimas de maus-tratos.

sábado, 21 de setembro de 2013

EUA: julgamento de Bubo na Tchuto foi novamente adiado

Julgamento de Bubo na Tchuto de novo adiado

Falta de tradutores dificulta início do processo. Nova audiência maracada para Novembro. Estado de saúde do acusado está a deteriorar-se, diz advogada.
Bubo Na Tchuto
Bubo Na Tchuto

TAMANHO DAS LETRAS
 
Redacção VOA
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
O início do julgamento do antigo comandante da marinha da Guiné Bissau, Bubo na Tchuto foi de novo  adiado por falta de  tradutores.

A advogada de Na Tchuto disse ao tribunal por outro lado que o estado de saúde do antigo comandante da marinha guineense se está a deteriorar aparentemente com problemas  de visão

Na Tchuto compareceu em tribunal em Nova Yorque Quinta feira na companhia de dois outros acusados, Pais Djeme e Tchami Yala.

Todos estavam vestidos com uniforme prisional castanho.

A advogada Sabrina Shroff disse a defesa tinha contactado as Nações Unidas para encontrar tradutores  de crioulo guineense mas sem sucesso.

Shroff disse haver apenas um tradutor mas que isso não é suficiente.

Foi a segunda audiência em que o juíz ouviu questões relacionadas com a falta de tradutores.

O juíz marcou uma nova audiência para Novembro.

Sabrina Shroff disse que os atrasos estavam a ter um efeito negativo sobre Bubo na Tchuto.

Shroff disse que o estado de saúde de na Tchuto se está “a deteriorar”.

“As suas cataratas estão a piorar,” disse a advogada para quem isso se deve “ á prisão e à idade”.

Na Tchuto foipreso ao largo da costa da Guiné Bissau  numa operação da agência de combate à draga dos Estados Unidos, a Drug Enforcement Agency, DEA.

Na Tchuto foi atraído a um navio  onde segundo as autoridades americanas pensava que ia finalizar um acordo para o transporte de drogas da América do Sul para a Europa via Guiné- Bissau.

O antigo comandante da marinha guineense foi subsequentemente transportado para Nova Yorque.

A operação visava também capturar o actual comandante do exército guineense António  Indjai  autor do golpe de estado de Abril de 2012.

LUANDA: Sindicato dos jornalistas protesta violência policial contra os jornalistas

Sindicato dos Jornalistas Protesta Violência Policial Contra Jornalistas
por Maka Angola - 21 de Setembro, 2013
O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) condenou a violência policial contra três jornalistas ontem em Luanda e acusou as acções policiais de serem politicamente motivadas.
 
Os jornalistas Rafael Marques de Morais (director e fundador do Maka Angola), Alexandre Neto Solombe (presidente do MISA-Angola, Instituto dos Mídia da África Austral) e Coque Mukuta (correspondente da Voz da América) foram detidos ontem por agentes da Polícia de Intervenção Rápida e alvo de agressões físicas. Os seus materiais de reportagem, incluindo câmaras fotográficas e telemóveis, foram apreendidos e danificados pelos agentes policiais.
 
Em comunicado emitido hoje, o SJA expressou a sua “total e incondicional solidariedade” para com os jornalistas. Estes foram libertados após várias horas de detenção.
 
O SJA manifestou o seu “repúdio ao comportamento repressivo das autoridades”. A organização sindical denunciou ainda a “total falta de garantias que o exercício da actividade jornalística tem em Angola […] sempre que os interesses do poder político estejam em causa”.
 
Os jornalistas foram detidos quando se encontravam a entrevistar alguns dos jovens manifestantes que tinham acabado de ser libertados, por ordem do tribunal, depois de terem sido detidos na passada Quinta-feira, a 19 de Setembro, durante uma tentativa de manifestação anti-governamental. Os jovens também foram detidos, meia hora depois de terem sido libertados, enquanto conversavam com os jornalistas.
 
Encontram-se detidos Amândio Canhanga, Adolfo Campos, Adolfo António, António Ferreira, Joel Francisco, Roberto Gamba e Pedro Teka.
 
O SJA considera “que é fundamentalmente política, a causa que está na origem de todo o tipo de violência” sobre os profissionais da imprensa “nacionais e estrangeiros, que nos últimos dias em Luanda foram molestados pela polícia e impedidos de desenvolver normalmente sua actividade”.
 
A tentativa de manifestação anti-governamental na passada Quinta-feira resultou em pelo menos23 detidos, segundo as informações apuradas por Maka Angola.
 
A cobertura noticiosa da manifestação foi também fortemente reprimida pela polícia que,segundo a agência de notícias Reuters, ordenou aos jornalistas estrangeiros que abandonassem o local sob ameaça de serem também detidos.
 
Um correspondente da Voz da Alemanha (Deutsche Welle), Nelson Sul D’Angola, foi interrogadoa 18 de Setembro sobre supostas actividades de espionagem contra o país. A sua câmara fotográfica foi confiscada quando captava imagens dos murais do Hospital Militar em Luanda.
 
O SJA indicou que vai informar as organizações internacionais sobre as ameaças à liberdade de imprensa em Angola.
 
Também o Comité de Protecção de Jornalistas (CPJ), organização internacional de defesa dos profissionais de imprensa, emitiu ontem um comunicado condenando as ações da polícia em Angola. “As acções brutais da polícia angolana tiveram a clara intenção de intimidar os jornalistas e impedir suas reportagens”, disse o coordenador do CPJ Mohamed Keita. “Instamos as autoridades angolanas a punir os responsáveis e garantir que os jornalistas possam informar livremente”, acrescentou.
 
Vários dos manifestantes presos a 19 de Setembro têm sido submetidos a tortura sob custódia policial. Um outro activista, Nito Alves, de 17 anos, encontra-se detido desde 12 de Setembro.
 

LUANDA: Jornalista Rafael Marques reage após ser posto em liberdade, e responsabiliza o governo do ditador angolano pelas agressões sofridas.

Jornalista Rafael Marques responsabiliza Governo angolano por agressões

Fonte: TSF e LUSA
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

O jornalista angolano Rafael Marques disse hoje à agência Lusa, após ter sido libertado da detenção, que foi agredido pelos efetivos da polícia, responsabiliza o Governo e disse que já apresentou uma participação na Direção de Investigação Criminal.

Na sexta-feira, três jornalistas angolanos que falavam com sete jovens que tinham sido detidos na sequência de uma manifestação um dia antes, acabavam de ser libertados pelo tribunal quando foram retidos novamente por efetivos da Polícia de Intervenção Rápida.
Rafael Marques disse que ele e outros dois jornalistas, Alexandre Solombe e Coque Mukuta, correspondente da Voz da América, foram conduzidos a uma viatura celular, onde foram "pisoteados" e depois para as instalações da Direção de Investigação Criminal de Luanda, onde os sete jovens que "estiveram 20 minutos em liberdade" continuam presos sem culpa formada.
«Eu apresentei logo, mal saímos, uma participação mesmo lá na Direção de Investigação Criminal. Como sabemos, neste país eu estou sempre a litigar porque estou sempre a apresentar queixas, mas nós depois, os queixosos, acabamos como acusados», lamentou Rafael Marques, que criticou o comportamento das autoridades e do governo angolano pelo sucedido.
«O comportamento da polícia de Intervenção Rápida foi um comportamento selvático, um comportamento digno de energúmenos. O facto de, até ao momento, o Comando Geral da Polícia Nacional não ter corrigido a situação, não ter libertado os jovens, prova que a lei não funciona neste país. Não há lei neste país, não há ordem neste país. Isto é uma verdadeira ditadura. Isto é um verdadeiro ato de abuso de poder, de tirania porque não é justificável que um indivíduo que um juiz manda soltar, passados 20 minutos seja detido sem causa absolutamente nenhuma», disse à Lusa o ativista de direitos humanos.
«Só pode ter sido ordem de alguém importante do governo do presidente José Eduardo dos Santos a fazer aquilo que nos fizeram. Não é uma ordem daqueles oficiais da polícia. Não é uma iniciativa pessoal daqueles agentes, foi ordem que eles receberam de alguém lá de cima. As tais ordens superiores que eles recebem sempre. Eu responsabilizo o chefe do Governo e o comandante-geral da Polícia por aquilo que aconteceu hoje», adianta.
Lusa

LUANDA: Tempos de trevas aproximam-se - Por Raul Diniz

TEMPOS DE TREVAS APROXIMAM-SE

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Ninguém escreveu e também ninguém falou ou nada se disse acerca do desenfreada estado de violência gratuita adotado pelo regime do ditador JES para imolar em fogo abrasador o nosso pacifico povo. Apesar de todos sabermos as reais motivações dessa demoníaca violência, ainda assim toda boca se cala e de joelhos glorificam os feitos do desalmado tirano que satanás colocou como presidente da morte e das riquezas dos angolanos. Até a igreja angolana dita de cristo se rende aos pés do anticristo JES, só mesmo Deus para ter misericórdias pela enegrecida alma perdulária dos prelados e doutos pastores e bispos que apoiam essa carnificina desencadeada pela agoniante ditadura que se prepara para tornar-se falecida no nosso solo pátrio.
IGREJA APOSTATA
 A decadência do pensamento dos bispos da CEAST é comprometedor ao extremo por estar a tornar-se perigoso pelo silencio exasperantes de suas atitudes enquanto pastores! Ao invés de pregadores da palavra da salvação transformaram-se em lideres da apostasia da igreja cristã, eles tornaram-se autênticos fariseus e em auxiliares da matança daqueles que sequer foram ainda salvos. Na verdade o clero católico nada faz para eventualmente ajudar a desencorajar o desalmado presidente a deixar o povo em paz, prestar contas pelo desregrado tratamento que ele dá a todos nós! Existe sim um certo grupo de sacerdotes ligados à liderança da igreja católica que são integralizados ao regime e por essa razão acobertam as diversificadas maldades do regime que são sustentadas com mentiras, e em troca recebem as benesses das mãos amaldiçoadas do velho ditador. Esse grupo de bispos e padres conotados com o regime é comandado pelo padre Apolinário irmão do antigo secretário geral do partido de JES João Lourenço. O mais alarmante é vermos lamentavelmente quase toda uma igreja evangélica agachada, dobrada sobre si, e com as mãos em riste adulam o famigerado ditador mentiroso, essa submissa confraria de pastores apostatas mendigam ajoelhados aos pés do acuado filho das trevas suplicando-lhe migalhas para Gaudio deles por ficar garantida a edificação dos seus patrimônios financeiros pessoal ilegalmente conseguido.
O SÃO JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS O PREFEITO DA IGREJA SATÂNICA  MANDA E CONSAGRA SACERDOTES DENTRE O PRELADO BAJULADOR ANGOLANO!
Pelo recebimento de elevadas quantias em dólares dentre outras benesses como a de pertencer ao conselho da presidência da republica, esses pastores e reverendos filhos do alheio veneram o ditador por um lado, e por outro lado eles subalternizam a igreja de Cristo as vontades do demolidor de almas, deixando mesmo o tirano governar a casa de oração de Deus ao seu bel prazer, com total permissão de a sua vontade imiscuir-se nos assuntos da soberania Divina, e, sobretudo permitem-no levar a corrupção e a miséria espiritual ao campus divino! Posso afirmar sem rodeios e sem medo de errar, sem equívocos e com toda verdade, que igreja dirigente do país ruiu e saiu do seu sacro mandamento de pregar o evangelho, batizar e salvar almas, a igreja cristã tem sido sistematicamente apostata na sua caminhada rumo ao nada, e a garantia de que a igreja se tornou um circo de vaidades e de atitude verdadeiramente bajuladora é uma verdade real. Pessoalmente reconheço que a igreja cristã de hoje precisa de facto converter-se dos seus maus caminhos, e aos pés do salvador rogar perdão por colocar as ovelhas do Deus Altíssimo em debandada. Também tem de sair dos caminhos da iniquidade retirando-se da tutela do terrorista politico e selvático bandido ditador José Eduardo dos Santos que de santo nada tem. Por outro lado pode-se infelizmente considerar igreja evangélica de hoje uma organização que vive em fel de amargura e em laço de iniquidade, por isso ela necessita de ser salva pelos seus melhores pastores.
O POVO VIVE DE HUMILHAÇÃO EM HUMILHAÇÃO, NINGUÉM O SALVA DAS INJUSTIÇAS PRATICADAS PELO "SOBERANÍSSIMO" (REI EDUARDO ULTIMO).
  A desordem é tamanha e as violações do direito da nossa cidadania são tão evidentes, e de tal forma violentados, que mais ninguém acredita que essa situação de desamor entre o povo e o ditador se venha a alterar. Para onde vamos apenas uma pessoa não sabe, essa pessoa inocente é nada menos e nada mais que o nosso amoroso querido e estimado presidente ditador, o nosso verdugo real, sua senhoria o “rei EDUARDO ULTIMO” que a muito vai nu! O país sequestrado e manietado pelo ditador e pela sua família gerou um outro país, o país politico fora substituído pelo país militarizado. Aconteceu à gota de água que faltava para que tudo resvalasse para o abismo, consagrou-se e solidificou-se a rotura politica absoluta, não existe mais a possibilidade de um saudável relacionamento entre o ditador e a sociedade civil, não há retorno permeável entre a ditadura e a democracia completara-se o ciclo final, por completo cessou definitivamente o passível relacionamento de paz e respeito entre o ditador e o pacifico povo nacional. A humilhação é generalizada, alguém me diga o que falta acontecer mais na nossa terra para que tenhamos a decência de sair em socorro daqueles que não têm voz e que por tuta e meia são violentamente sovados as claras por uma policia que deveria encontrar-se noutra barricada. Essa policia dita nacional só poderia seguir os caminhos da verdade e da decência para defender a liberdade e a ordem democrática. Num país em luta a policia deveria defender com exclusividade o povo e nunca sair em defesa de um opressor maníaco que dia a dia se transforma no monstruoso ditador obsessivo e manipulador.
AS BAJULAÇÕES DOS ADULADORES DE PLANTÃO E A INTOLERÂNCIA POLITICA SÃO PRATICAS CONSTANTES NO INTERIOR DO REGIME DO DITADOR MANIACO INDECENTE.
Toda direção do MPLA/JES é omissa, ninguém quer olhar de frente a situação com olhos de ver, porem ninguém escapa da responsabilidade do crescente estado de intolerância politica a que chegamos, mas todos mesmo, e sem exceção alguma somos responsáveis desse estado de coisas que se passam na nossa terra. Apenas uma ressalva, o único que não possui culpa alguma do estado doloroso em que somos tratados é o nosso saudoso e adorável guia imortal da mortandade infinita, o presidente da ditadura José Eduardo dos Santos. Esse homem correto de ideias claras, de elevados sentimentos marcadamente altruístas, e de uma sanidade mental dócil e civilizada, esta isento de qualquer culpa, ele é santo e definitivamente nobre de sentimentos, honesto e verdadeiramente DEMOCRATA. Sinceramente estou estupefato com o ensurdecedor silêncio cínico dos nossos arautos nacionalistas ditos defensores do povo que, o abandonaram na altura em que o povo mais necessita de ajuda. Esses sinistros cobardes alienados pela propaganda mentirosa e pelas benesses ganhas do regime embarcaram a muito no navio das maravilhas tripulado pelo patrocinador da nossa desgraça nacional, o ditador José Eduardo dos Santos, o nosso adulado presidente mentecapta. Esses senhores outrora tratados como cachorros vira latas, hoje o adulam JES com galanteios bajuladores estrondosamente escandalosos, como forma de agradecerem o ditador por tê-los comprados com dinheiro que a eles por direito lhes pertence.
A ENDEMIA VISCERAL DO REGIME ESTA LATENTE
O regime com toda certeza caminha para a sua galopante autodestruição, nada mais é como antes, JES caminha a passos gigantescos rumo a sua vergonhosa destituição! Eduardo dos Santos não tem sabido fazer uma leitura renovada e sabia do evoluir dos tempos, ele parou no tempo e nada mais sabe do que se passa realmente em torno de si mesmo por estar a demasiado tempo poder, ele pensa que poderá ainda manobrar a seu bel prazer à vontade de todo um povo que o quer ver longe para se tornar livre para realizarmos na nossa terra um novo país, sábio e feliz sem JES e sem a sua família composta de indecorosos gatunos e de endiabradas ladras compulsivas. Os Bajuladores de Eduardo dos Santos sabem que o país esta doente, JES não tem mais ninguém em sã consciência para alertá-lo da periclitante e perigosa situação que a sua vida e de seus filhos e filhas correm nos tempos de hoje. Toda comunidade nacional e internacional a muito já perceberam que o regime de JES chegou ao fim, é tudo uma questão de tempo muito curto, pois o regime está desgastado e com os dias contados, por sofrer de uma enfermidade endêmica tão maligna quanto os canceres de que padece o nosso ditador de estimação.
FINALMENTE O FIM ESTA A VISTA DE TODOS
Estamos a atravessar a velocidade cruzeira o fim de um tenebroso ciclo de poder absoluto, e como se sabe, tudo que funciona com total absolutismo funciona mal, quem confiaria em sã consciência no regime atual? JES e sua família composta de filhas e filhos e genros estrangeiros nunca confiaram no nosso povo e com ele nunca conviveram de perto, por outro lado o povo não acredita e muito menos confia em JES e nas suas filhas e filhos e demais familiares aventureiros. O capitulo seguinte da nossa história será com toda certeza escrito sem a presença de JES, família e sem amigos bajuladores mais próximos.
A VERDADE QUE O REGIME NEGA, MAS QUE O FAZ ESCONDER OS OLHOS DEBAIXO DA AREIA COMO FAZ O AVESTRUZ.
Sem falsas modéstias temos de encarar com realismo o momento que o país e o povo angolanos atravessam! Não é demais lembrar os assassinatos cometidos pelo regime, às muitas perseguições levadas a cabo contra a imprensa livre e democrática, as vás tentativas de anular o pensamento de liberdade dos homens da imprensa independente, sem claudicarmos da nossa paciência, tenhamos lá a paciência desculpem-me desde já o pleonasmo, mas sinceramente como podemos aceitar a prisão do nosso camarada e amigo Rafael Marques? Vamos ficar mesmo assim calados meus camaradas? Essa seborreia politicas a Lá JES tem de terminar com uma ida as ruas reivindicarmos a passagem do país politico e econômico das mãos sanguinárias do ditador para as mãos do povo. Temos que constatar que os recentes acontecimentos têm marcado a agenda politica no sentido de termos a obrigação de vislumbrarmos uma saída politica para o país, que seja diferenciada da dos atuais donos da nossa terra. Angola precisa nascer de novo e crescer em sentido contrário ao do atual crescimento negligente e demencial! Os atuais detentores do poder totalitário em Angola precisam urgente sair de cena. Angola e os angolanos merecem isso, todos desejamos um novo tempo venha a acontecer que traga uma nova aliança entre os políticos e o povo. Se o povo angolano for banhado em novas águas e se revestir-se de um agradável refrigério que lhe traga uma esperança renovada, então o povo não sucumbira jamais pelo simples facto de estar ressabiado e capaz de lutar pelo seu bem estar social. Temos por outro lado, que salvar do perigo iminente todos aqueles que amam cegamente o MPLA/JES, tira-los atempadamente do “desnorte” e posiciona-los na nova caminhada rumo à liberdade.

 Raul Diniz

PRETÓRIA: Fuga de capitais preocupa Mbeki antigo presidente da África do Sul e o presidente de Moçambique o ditador Guebuza, que se reuniram para analisar essa problemática.

Mbeki e Guebuza discutiram fuga de capitais

Mais de 50 mil milhões de dólares saiem anualmente de África
Thabo Mbeki e Armando Guebuza
Thabo Mbeki e Armando Guebuza

TAMANHO DAS LETRAS
 
Simião Pongoane
Divulgação: Radz Balumuka
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LUANDA: Dialogo entre o ditador e JES tornou-se o fiasco do amo.

Angola: Diálogo juvenil causa controvérsia

Governo diz que mais de 7.500 jovens participaram no diálogo através do pais; diálogo é encenação, dizem críticos
Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos
Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos

TAMANHO DAS LETRAS
 
Agostinho Gayeta
Divulgação: Radz Balumuka
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O diálogo com a juventude a ser levado a cabo pelo governo está a causar controvérsia com analistas a considerarem que se trata de uma “encenação” sem qualquer repercussão real.

Se para uns o diálogo juvenil foi um avanço para democracia para outros não passou de uma encenação cujo objectivo era cumprir apenas uma agenda política do partido no poder.

O Professor Universitário Menezes Domingos afirma que embora seja uma iniciativa com pendor pedagógico, o diálogo juvenil foi uma “máquina” montada para bajulação e monopolização de ideologias, politização da juventude e não serviu para debater os reais problemas da juventude do país.

O Professor sustenta a sua afirmação apontado como exemplo a ausência da sociedade civil no Fórum Nacional da Juventude e a selecção “criteriosa” dos intervenientes que no seu entender não tiveram liberdade de expressão.

Dados disponibilizados pelo Ministério da Juventude e Desportos aponta para mais de sete mil e quinhentos jovens, dos 15 aos 35 anos de idade, o número de participantes no processo de auscultação nas 18 províncias do país no âmbito do programa Diálogo Juvenil.

Pedrowski Teka membro do Movimento Revolucionário diz que apesar do número de participações o diálogo com a juventude excluiu determinados jovens sobretudo membros da sociedade civil o que fez parecer se tratar mais de uma reunião dos membros do partido no poder em Angola que propriamente um diálogo franco e aberto com a juventude.

O relatório síntese de monitorização dos encontros com a juventude publicado na última sexta-feira 13 de Setembro, pelo Ministério da Juventude e Desportos, refere que no decorrer dos encontros provinciais, apuraram-se as linhas de tendência dos temas mais identificados pelos participantes, estando o emprego, educação, habitação e saúde na linha da frente das preocupações dos jovens angolanos.

A este respeito o Activista dos Direitos Humanos Pedrowski Teka diz que os problemas e as recomendações apresentadas pelos jovens ao Executivo angolano não terão solução tão breve quanto possível atendendo ao facto de se tratar de questões já recorrentes e por demais consabidas pelos governantes de Angola.

O Programa diálogo Juvenil foi lançado a 21 de Junho com um mantido entre o Presidente da República José Eduardo dos Santos e várias organizações da sociedade civil. O mesmo encerrou a 13 deste mês com o Fórum Nacional da Juventude.

No fecho do Diálogo com a juventude José Eduardo dos Santos considerou o emprego e a formação profissional como assuntos prioritários na agenda do Executivo.

O chefe de estado angolano aproveitou a oportunidade para considerar injusto o facto das empresas nacionais\estrangeiras terem preferências por cidadãos expatriados para realização de trabalhos cujos angolanos estão capacitados para efectuarem, do mesmo modo condenou as entidades empregadoras que exigem dos jovens recém-formados anos de experiência de trabalho para terem acesso ao primeiro emprego.

Menezes Domingos não acredita no cumprimento das promessas feitas aos jovens, para o académico os pronunciamentos do presidente da república de Angola não passam de uma pré- campanha política.

Para o docente universitário e analista social o diálogo Juvenil que culminou com o Fórum Nacional da Juventude não passou de uma encenação concebida para o Chefe de Estado angolano desculpar-se das ofensas proferidas recentemente à juventude durante uma entrevista que concedeu a um canal Televisivo português.

A alternância democrática no poder em Angola é um dos assuntos que o activista do Movimento Revolucionário Pedrowski Teka gostaria que tivesse sido debatido durante o Fórum da Juventude e por isso se mostra céptico em relação as promessas feitas pelo mais alto mandatário da nação angolana.

O Docente universitário Menezes Domingos recomenda que pela próxima o fórum juvenil seja mais independente, mais realista e com mais abertura para participação da sociedade civil.

O governo angolano desenvolveu durante mais de cinquenta dias um programa de auscultação dos principais problemas da juventude angolana. O Diálogo com os jovens ocorreu em todas as províncias do de Angolano

Em várias das muitas sessões de diálogo estiveram presentes representantes do executivo central angolano que atentamente registaram as preocupações.

LUANDA: A policia do ditador maniaco angolano José Eduardo dos Santos repeliu violentamente uma manifestação pacifica de jovens que pedem ao tirano que se vá embora e deixe o povo livre para escolher o caminho que lhe convém, nesta embrulhada a Lá JES a policia carregou também sobre os Jornalistas independentes, e prendeu alguns deles. dentre os jornalistas encontrava-se o eminente jornalista e ativista Rafael Marques de Morais e Coque Mukuta correspondente da Voz da América em Angola.

Jornalistas violentados pela polícia anti-motim em Luanda

Rafael Marques, Alexandre Neto, Coque Mukuta e mais sete jovens organizadores de uma manifestação, foram detidos pela Polícia de Intervenção Rápida pouco depois da suspensão esta Sexta-feira do julgamento dos autores do protesto desmantelado ontem em Luanda.
Polícia de Intervenção Rápida de Angola agindo contra manifestantes (Arquivo)
Polícia de Intervenção Rápida de Angola agindo contra manifestantes (Arquivo)

TAMANHO DAS LETRAS
 
Redacção VOA
Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
Ao todo foram 11 pessoas detidas nesta tarde  por volta das 14 horas locais em Luanda, pela PIR e submetidas a violência polícial durante 5 horas.

Inicialmente tinham sido detidos os 3 jornalistas e os 7 dos jovens organizadores da desmantelada manifestação anti-governamental de Quinta-feira. Segundo os jornalistas, eles foram presos já no exterior do tribunal, pouco depois da suspensão do julgamento pela juiza do processo, Josefina Pedro.

De acordo com os jornalistas à saida do tribunal decidiram fazer uma pausa para conversar com os jovens que tinham beneficiado de soltura sob termo de identidade e de residencia, quando foram surpreendidos por uma coluna da Polícia de Intervenção Rápida que os deteve e conduziu ao posto policial.

Foi no caminho para a esquadra, que os polícias acabariam por deter a 11ª vítima. Tratou-se de um jovem que se encontrava no seu escritório num prédio nas cercanias e que esteve a tirar fotografias da cena de detenção.

Durante a prisão que durou cinco horas, os jornalistas disseram que foram alvos de violência por parte do comandante da unidade policial como tambem de alguns agentes.

No final do cativeiro, a instituição policial pediu desculpas aos 3 jornalistas e sugeriu que se quisessem poderiam fazer participação do caso a polícia judiciária.

Pelo menos até ao final de publicação desta notícia não se sabia da sorte que iriam ter os 7 jovens que àquela altura continuavam novamente detidos.

Os jovens tinham convocado uma manifestação para a Quinta-feira em Luanda, mas o protesto acabou por ser desmantelado pelas forças de segurança que não permitiram a concentração dos aderentes, tendo preso alguns dos protagonistas da acção e disperso o resto dos que tinham comparecido.