segunda-feira, 25 de março de 2013

ANGOLA-LUANDA = RETRATOS DE UMA DITADURA EM EVIDENCIA. PRESO NA DITADURA SEM ACUSAÇÃO.



Com Alexandre Neto:
Angola é um dos poucos países do mundo onde, ao arrepio da lei, oficiais superiores do exército, particularmente generais no activo, se apresentam abertamente como empresários e fazem negócios privados com o Estado, que supostamente servem, para enriquecimento pessoal.
No léxico oficial, a prática de misturar o exercício de funções públicas com a realização de negócios privados, ao mesmo tempo, tem sido celebrada como o estabelecimento da “burguesia nacional”, “empreendedorismo”, “direito de cidadania” dos dirigentes, “reforço da capacidade empresarial dos angolanos”, etc. Do lado contrário, um auto-proclamado brigadeiro, filho de um general na reserva, dá-lhes luta e afirma-se revolucionário e defensor do povo roubado proclamando: “Faço a minha luta sem violência/ a minha arma de combate são as palavras (…)”. É o polémico rapper Brigadeiro 10 Pacotes.
Os generais-empresários, regra geral, gozam tanto de imunidade quanto de impunidade. Com tais exemplos no exército, aos 23 anos, um soldado da Brigada de Tropa Especial, decidiu também tentar a sua sorte como produtor musical e, por isso, está preso sem culpa formada. Trata-se do comando Jaime Manuel Mateia, mais conhecido por “Negro Py”.
Amante do hip-hop, Negro Py tem estado informalmente ligado à Independente Universal Produções. Esta recentemente importou de França, via DHL, 10,000 cópias do álbum “A Ditadura da Pedra: Vol 2” e do DVD “Brigadeiro 10 Pacotes: O Líder Revolucionário”.
A carga foi supostamente confiscada pela Alfândega Nacional, a 19 de Fevereiro. Representantes da empresa produtora contactaram os serviços alfandegários e foram informados, após terem sido encaminhados para vários gabinetes, que “o caso está com os tubarões, e não podemos fazer nada”.
A 7 de Março, Negro Py, em companhia de Agostinho Rob “Pensador”, representante do Brigadeiro 10 Pacotes, e mais três associados, dirigiam-se às instalações da multinacional DHL no Bairro Cassenda, em Luanda. O grupo tinha em mãos uma carta a solicitar, à DHL, comprovativo escrito sobre o suposto confisco dos discos. “Queríamos um termo de apreensão da carga para lutarmos pelos nossos direitos”, disse o Pensador ao Maka Angola.
A delegação nem sequer chegou à porta da DHL, na Avenida 21 de Janeiro, do lado oposto do Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro. Um forte dispositivo policial esperava-os. “[Agentes policiais] mandaram-nos parar e perguntaram-nos para onde íamos. Percebemos a intenção e começámos a correr”, explicou o Pensador.
Os agentes policiais efectuaram alguns disparos para imobilizar os fugitivos. Negro Py embateu contra uma viatura, caiu e foi detido pelos agentes policiais. Os outros fugiram.
Em declarações ao Maka Angola a partir da penitenciária militar do Tombo, onde se encontra detido, Negro Py revela que, no momento da detenção, foi brutalmente espancado por vários agentes da Polícia Nacional, incluindo oficiais, com bastonadas, pontapés e tabefes. “Os policiais gritavam que eu era ladrão, enquanto me espancavam, para ninguém [traunsentes] ter pena de mim ou questionar a acção da PN”, refere a vítima.
“Bateram-me até desmaiar”, enfatiza. O Pensador, que se havia refugiado numa propriedade com vista para a cena de pancadaria, contou um total de dez agentes que investiam a sua fúria contra Negro Py. O produtor sofreu ferimentos na cabeça, abdómen e nos membros.
Inicialmente, os agentes policiais levaram Negro Py ao Comando Municipal da Polícia Nacional na Maianga, onde o trataram a bofetadas e com ameaças de uma longa estadia na cadeia.
Um vez identificado como militar, a Polícia Nacional entregou o detido à custódia da Polícia Militar (PM), em cujas instalações Negro Py passou uma noite. “Fui interrogado por um coronel da PM, que me quis soltar no mesmo dia, mas depois recebeu instruções superiores e transferiu-me para a Polícia Judiciária Militar (PJM)”, disse Negro Py.
Na PJM, “fui informado que o meu caso está a ser diretamente tratado por um tenente-general , que a seguir veio falar comigo. Eu expliquei o que se passou e ele se foi embora”. Desconhece-se o nome do tenente-general que falou com Negro Py.
O comando sublinhou ter sido interrogado, de seguida, por um procurador militar, o major “Muçulmano”. “Ele perguntou-me se pertenço a algum movimento de protesto, se eu estava no local de uma manifestação, se alguma vez participei numa manifestação”.
“Eu respondi que não sou membro de movimento nenhum, nunca participei numa manifestação e cinco pessoas que vão entregar uma carta a uma empresa privada não podem e nem devem ser considerados como manifestantes”, rematou Negro Py.
Como conclusão do interrogatório, o major “Muçulmano”, como é conhecido o procurador, indicou ao detido que este seria submetido a julgamento sumário. “E não me disseram mais nada”, lamenta Negro Py.
A 13 de Março, o produtor musical manifestou-se surpreso quando recebeu ordens para embarcar na carroçaria de um camião Kamaz, rumo à Penitenciária Militar do Tombo, a sul de Luanda, onde se encontra actualmente.
A Associação Mãos Livres, liderada pelo advogado David Mendes, decidiu patrocinar, de forma gratuita, a defesa do comando, que continua detido sem culpa formada.
A Causa do Brigadeiro 10 Pacotes
Para melhor entendimento sobre a fúria institucional contra Negro Py, é necessário conhecer a música e a trajectória do Brigadeiro 10 Pacotes.
O jovem rapper descreve, nas suas líricas, que os seus pais são veteranos do MPLA e conta como o seu pai o torturou e o expulsou de casa por ele ter participado num concerto organizado pela UNITA, e ter apoiado este partido da oposição.
Conhecida pela suas letras contestárias e críticas do regime, a música do rapper é muito popular entre os jovens e ouvida nos candongueiros de Luanda.
A preocupação do regime em relação ao rapper tem sido extraordinária. O chefe dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar (SISM), general António José Maria “Zé Maria”, encarregou-se, pessoalmente, da operação de cooptação coerciva do Brigadeiro 10 Pacotes, em Junho de 2008, em vésperas da campanha eleitoral para as eleições parlamentares de Setembro do mesmo ano. “Os homens do general Zé Maria praticamente me capturaram na rua e levaram para o Complexo Turístico do Futungo II, onde fiquei sob custódia durante quase três meses”, revela o músico.
Passou a ser assunto de estado. O rapper tinha de assumir o compromisso de apoiar publicamente o Presidente José Eduardo dos Santos e exaltar a sua personalidade como um grande e benevolente estadista.
O Brigadeiro 10 Pacotes explica que “já no complexo, o general Zé Maria ordenou-me que assinasse um documento, sem me permitir a leitura do conteúdo”.
“Durante algum tempo, eu só podia circular com autorização expressa do general Zé Maria e na companhia dos seus oficiais, o coronel Van Troy e o major Suzana”.
Após o período de “quarentena”, o Brigadeiro 10 Pacotes passou a residir num apartamento no Nova Vida, providenciado pelo SISM. Recebeu também uma viatura Mitsubishi de cabine dupla, a promessa de um milhão de dólares, e uma residência no Zango, oferta directa da então secretária do Presidente para os Assuntos Sociais e actual ministra do Comércio, Rosa Pacavira. O Brigadeiro 10 Pacotes passara de artista anti-regime para apoiante do Presidente José Eduardo dos Santos.
Em 2010, o rapper vendeu a residência no Zango e a viatura, emigrou para França e voltou a ser uma voz crítica do regime, com um novo álbum, “A Ditadura da Pedra”. A polícia apreendeu 20 mil cópias do álbum quando seguiam para o local de venda em Viana, na portaria da Rádio Despertar.
Agora, com a edição de “A Ditadura da Pedra: Vol 2”, ei-lo mais uma vez na linha da frente entre os oponentes do Presidente, com líricas ofensivas, às vezes malcriadas, injuriosas, e outras de protesto social. O principal alvo dos ataques é José Eduardo dos Santos, enquadrado na classe de Lúcifer. Os filhos do Presidente também merecem críticas, como “os filhotes mais ricos de África”, pelos actos de corrupção e desgoverno em que se acham.
O rapper esclarece, na batida introdutória: “Sou bastante crítico/ não sou contra o MPLA/ Mas sim a forma de governar dos dirigentes do MPLA/ principalmente do ditador José Eduardo dos Santos/ que está há 32 anos no poder”.
Este ano, no dia 2 de Março, a polícia interrompeu uma sessão pública de vendas de material promocional do rapper, que decorria na portaria da mesma rádio, apreendendo 250 cópias de um DVD e 200 camisolas.
As músicas do artista são bastante populares entre extractos da população que se sentem excluídos, sobretudo jovens, com pouco ou nenhum acesso à informação real sobre o país e sem oportunidades de educação qualitativa. O Brigadeiro 10 Pacotes é um relator hip-hop. Faz uma resenha musicada, sem qualquer sofisticação artística, das críticas sociais que se ouvem pelas ruas, circulam pelas redes sociais e são abafadas pelo poder político. Os táxis, vulgo candongueiros, têm sido os principais veículos de propagação de música contestatária.
“O kambwá está a nos matar/ morrer virou moda/ o kambwá não valoriza a vida (…)”, denuncia o rapper num dos seus trechos musicais. Mais adiante lamenta: “O kambwá fabricou bonecos obedientes (…)”.

ANGOLA-LUANDA = DESCONTENTAMENTO A VISTA ENTRE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, O DITADOR ANGOLANO E AS SECRETAS QUE SE ENCONTRAM AO SEU SERVIÇO CONTRA O POVO ANGOLANO QUE, A TODO CUSTO DE QUER VER LIVRE DO TIRANO FEUDAL.



O colectivo de operacionais dos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) endereçou, recentemente, uma carta ao Presidente José Eduardo dos Santos, a dar conta do elevado grau de desmotivação em que se encontram, por falta de liderança e condições de trabalho.
Para o presente ano, o SINSE tem uma dotação orçamental de Kz 66.6 biliões (US$ 695 milhões). Nos anos anteriores, as verbas também foram bastante generosas. Mas o destino dado a grande parte dessas verbas continua a ser um grande mistério para os operativos.
Na correspondência confidencial dirigida ao Presidente, os operativos do SINSE solicitam a José Eduardo dos Santos que se desloque aos serviços para uma reunião em que estes explanarão as suas reivindicações e os entraves institucionais à realização do seu trabalho.
De forma antecipada, os oficiais do SINSE revelam que o actual chefe da instituição, Sebastião Martins, poucas vezes se apresenta ao serviço e, quando o faz, manifesta-se desmotivado e pouco orienta. Em Outubro passado, o Presidente José Eduardo dos Santos demitiu Sebastião Martins do cargo de ministro do Interior, que acumulava com a chefia do SINSE. Segundo consta, enquanto ministro, Sebastião Martins recusava-se a prestar vassalagem ao ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, o general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”. De forma ousada, Sebastião Martins procurava também impor limites às interferências directas e arbitrárias de Kopelipa nas operações dos seus pelouros.
As relações entre Sebastião Martins e o chefe dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar (SISM), general António José Maria “Zé Maria”, principal aliado de Kopelipa, também são péssimas. O general Zé Maria conspirou contra o seu colega do SINSE e usurpou-lhe a competência de espiar, infiltrar e cooptar dirigentes da oposição e sabotar iniciativas dos partidos políticos. Esta é, actualmente, uma acção militar sob comando do general Zé Maria.
“Conforme dizemos, quem não está com o Kopelipa, não trabalha. É exonerado. É o que aconteceu do chefe do SINSE”, confidenciou uma fonte. Isso explica a forma despachada com que o Presidente aceitou a proposta do general Kopelipa para demitir Sebastião Martins do cargo de ministro do Interior.
Agora, mais uma vez, o destino do chefe do SINSE está à mercê do ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do PR. José Eduardo dos Santos, ao invés de decidir directamente sobre a carta dos operativos dos serviços secretos, remeteu-a à consideração do general Kopelipa.
De modo geral, as intrigas palacianas têm gravitado à volta da gestão e saque do erário público e a disputa entre Sebastião Martins, por um lado, e a dupla Kopelipa e Zé Maria, por outro, não foge à regra. A par da Sonangol, o sector de defesa e segurança, que consome mais de 18 porcento do Orçamento Geral do Estado, é o principal sorvedouro da corrupção institucional. O facto do Presidente não permitir a fiscalização mínima das contas de defesa e segurança, facilita o saque directo, na ordem dos biliões de dólares. Este tem sido o mecanismo privilegiado de enriquecimento ilícito de uma selecta casta de generais.
Com frequência inusitada, sectores dos ramos de defesa e segurança têm estado a enviar missivas ao Comandante-em-Chefe José Eduardo dos Santos, a alertá-lo para situações graves entre as suas fileiras.
Com a mesma frequência, o Presidente da República tem dedicado o seu silêncio estratégico às reivindicações dos militares e agentes dos serviços de inteligência. Na prática, desde 1992, há mais de 20 anos, o Comandante-em-Chefe não visita uma unidade militar. Fê-lo excepcionalmente em duas ocasiões, com breves visitas ao Quartel-General do Exército em Luanda, para render homenagem. A primeira foi a do general Simeone Mucune, tombado no Andulo, em 1999, e a segunda foi a do general João Baptista Cordeiro “Ngueto”, que faleceu num acidente de helicóptero, em 2002. Há 20 anos que o Presidente também não reúne com os chefes dos ramos das Forças Armadas Angolanas e das regiões militares.
No ano passado, membros do Destacamento Central de Protecção e Segurança da Casa de Segurança do Presidente da República, afectos à Unidade de Guarda Presidencial, também remeteram uma carta ao Presidente, a reivindicar melhores condições de trabalho e dignidade no exercício das suas funções. Lembraram o Presidente que quem o defende são os soldados e não os generais. Essa observação encontra eco no facto do Presidente ter, há muito, limitado a sua disponibilidade para ouvir conselhos sobre questões de defesa e segurança. Os generais Kopelipa e Zé Maria parecem ser os únicos a influenciá-lo.
Há uma pergunta fundamental que deve nortear a preocupação dos angolanos. Qual é a situação real de segurança e estabilidade do país face ao crescente nível de descontentamento no seio das Forças Armadas Angolanas e dos serviços de segurança e inteligência?

domingo, 24 de março de 2013

AS REPUBLICAS DE ANGOLA E DA GUINÉ BISSAU NA CORDA BAMBA.


Guiné-Bissau e Angola com "risco político elevado"

Sucessão presidencial coloca Angola num risco político "médio-elevado"
José Eduardo dos Santos num comício da campanha eleitoral de 2012 (TPA)
José Eduardo dos Santos num comício da campanha eleitoral de 2012 (TPA)

TAMANHO DAS LETRAS
 

A Guiné-Bissau é o país lusófono com maior risco político seguido de Angola, indica uma classificação agora divulgada pela gestora de risco e corretora de seguros Aon.

No ranking da Aon para mercados emergentes, a Guiné-Bissau surge entre os países de risco político "muito elevado", devido ao golpe militar de 2012, para além de ter 80 por cento da população abaixo da linha de pobreza.

Com um risco político considerado "médio-elevado", Angola "tem como particular fonte de incerteza os assuntos relacionados com a sucessão presidencial".

Para a Aon, as receitas orçamentais angolanas continuam vulneráveis a oscilações do preço do petróleo, o que limita a capacidade do governo para responder a choques.

Refere por outro lado que e a economia não-petrolífera "continua marginal", penalizada por "infra-estruturas pobres", "melhoradas apenas em parte pelos fortes investimentos chineses". Salienta ainda os riscos legais e regulatórios elevados.

"A elite política do regime angolano exerce um alto nível de controlo económico e a falta de mão-de-obra qualificada, corrupção, nepotismo e burocracia torna dificil o ambiente de negócios desafiante, com o acesso a capital ainda limitado e caro", adianta ainda o relatório.

Para além disso a prejudicar a posição angolana está ainda a "fraca" coesão social, devido a "divisões étnicas e tribais", e negligencia do interior do país, com a riqueza concentrada em Luanda.

quinta-feira, 21 de março de 2013

CHINA-PEQUIM = A RUSSIA E ALGUNS PAISES AFRICANOS RECEBERAM O NOVO PRESIDENTE DA CHINA E SUA ESPOSA A CANTORA PENG LIYUAN. É A FOTOGRAFIA MAIS TRISTE VER PAÍSES EM VELOSIDADE CRECENTE PARA A SUA DEMOCRATIZAÇÃO VERGAREM-SE A TITULARIDADE DO MAIOR PAÍS E O MAIS RIGOROSO OPRESSOR DO POVO CHINÊS, MUNDIALMENTE CONHECIDO E CONDENADO.


Rússia e África recebem novo presidente chinês e sua mulher

A viagem está a criar discussões pelo facto da famosa esposa do premier, Peng Liyuan, viajar com ele.
Nova primeira-dama da China Peng Liyuan actuando  nas cerimónias de Reunificação  de Hong Kong
Nova primeira-dama da China Peng Liyuan actuando nas cerimónias de Reunificação de Hong Kong

TAMANHO DAS LETRAS
 
O líder chinês Xi Jinping parte esta sexta-feira para a sua primeira visita ao estrangeiro, com paragens em Moscovo e três países africanos. Xi participará na cimeira dos BRICS em Durban, África do Sul. Mas esta viagem está a criar discussões e alguma controvérsia devido ao facto da famosa esposa do premier, Peng Liyuan, viajar com ele.

Na China, a primeira-dama Peng Liyuan é tão conhecida quanto o marido. Ele é uma das mais famosas cantoras de música popular e embaixadora da boa-vontade para a SIDA da Organização Mundial de Saúde.

A notícia de que Peng ia acompanhar o marido nesta visita atraiu a atenção geral no serviço de twitter chinês, sendo elevadas as expectativas da sua capacidade em melhorar a imagem da China no estrangeiro.

O cientista político Tang Xiaoyang da Universidade de Tsinghua
diz que uma primeira-dama de qualquer país tem o seu estilo próprio e que o mundo adora é cor e diversidade.

A sra. Peng está acostumada a usar vestidos compridos enquanto entoa canções que glorificam o Partido Comunista. Mas agora, ela vai ser testada num palco completamente diferente, perante audiências que desconhecem a sua carreira de cantora.

Ela estará ao lado do presidente na sua estada em Moscovo, seguindo depois para a Tanzânia, África do Sul e República do Congo, naquela que será a primeira oportunidade do dirigente chinês de definir a sua imagem de novo líder da China perante audiências estrangeiras.

Na Rússia, o presidente chinês tem como prioridade reforçar as relações bilaterais de longa data e aumentar a cooperação em áreas como a energia, aviação, espaço e tecnologia.

Em África, o objectivo é não apenas aumentar as relações comerciais, mas reduzir os receios de que o interesse principal da China no continente são os seus massivos recursos.

A professora de jornalismo Zhong Xin, da universidade Renmin, afirma que são grandes as expectativas de que Peng ajudará o marido a dar uma imagem amigável da China.

Zhong nota que Peng é uma mulher bonita e popular e porque esta será a sua primeira oportunidade de exibir-se no seu novo papel de figura pública, ela poderá ser uma boa influência. A professora acredita que a nova primeira-dama apresentará uma imagem positiva dela, do marido e de todo o país.

Peng deverá participar em várias actividades públicas com outras primeiras-damas. Algumas notícias indicam que ela poderá discursar mesmo durante a cimeira dos BRICS.

Participação em eventos públicos desta estatura é novidade em relação ao passado, nota Zhong Xin.

A China, nota, não tem tradição de uma primeira-dama seguir e acompanhar o presidente como acontece no Ocidente.

Apesar de presidentes recentes como Jiang Zemin e Hu Jintao terem levados consigo as suas mulheres em visitas ao estrangeiro, as primeiras-damas eram tipicamente mantidas longe das atenções e raramente mencionadas nas notícias na China.

O cientista político Shi Yinhong diz que embora Peng seja popular na China, o sucesso do marido dependerá das qualidades políticas dele, não das dela.
“A mulher dele é bastante popular na China e talvez mesmo popular na sociedade oriental. Mas não é isso que importa porque o próprio Xi Jinping tem carisma, e neste momento isso é suficiente.”

A sra. Peng é a segunda esposa de Xi. Os dois conheceram-se, namoraram, e mais tarde casaram na altura em que o novo presidente chinês era o governador da cidade de Xiamen, no sul da China, em 1987.

ANGOLA- LUANDA = O PRESIDENTE DA UNITA DESAFIA O TIRANO ANGOLANO A PROVAR QUE NÃO COMETEU CRIMES CONTRA A SOBERANIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO.




Líder da UNITA desafia presidente angolano "a provar que não cometeu crimes"

Samakuva chamou a imprensa para reiterar que a queixa apresentada pelo seu partido está protegida pela Constituição da República.
TAMANHO DAS LETRAS

O líder da UNITA desafiou o presidente José Eduardo dos Santos “a provar que  não cometeu os crimes de que é acusado na queixa crime apresentada recentemente junto da Procuradoria Geral da República”.

Isaías Samakuva chamou a imprensa para reiterar que a queixa  apresentada   pelo seu partido está protegida pela Constituição da República.

“Não apresentamos queixa contra o MPLA, a Igreja Católica ou contra os analistas mas contra o cidadão José Eduardo dos Santos candidato às eleições de 2012”, disse Samakuva .
Para o líder do maior partido da oposição o presidente José Eduardo dos Santos  tem de provar que "não mandou falsificar os resultados eleitorais com recurso  a especialistas chineses”.

Samakuva diz que foi uma vergonha nacional a forma como o regime e a Igreja Católica  reagiram  à acção da UNITA e advertiu que vai levar o assunto até as últimas consequência pudendo recorrer a  instâncias internacionais.

Isaías Samakuva minimizou igualmente a  declaração da Igreja Católica na qual nega haver corrupção no seio da comunidade.

O líder da UNITA  disse   não ser da sua autoria a constatação de que  este fenómeno  atingiu a Igreja Católica: “ Eu limitei-me a ler a declaração da CEAST publicada no final da  sua reunião que teve lugar na cidade do Bié”, disse.

quarta-feira, 20 de março de 2013

ANGOLA-CABINDA = UNITA QUEIXA-SE DE SABOTAGEM DA PARTE O GOVERNO DO DITADOR JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS


Cabinda: UNITA queixa-se de sabotagem do governo

A UNITA acusa o governo de inviabilizar a realização de encontros de massas e com as autoridades tradicionais.
Monumento do Tratado de Simulambuco, em Cabinda
Monumento do Tratado de Simulambuco, em Cabinda

TAMANHO DAS LETRAS
 
José Manuel
Na província angolana de Cabinda a UNITA acusou o governo de estar a sabotar a sua actividade partidária no interior da província.
De acordo com o secretário para a informação daquele movimento em
Cabinda, João Manuel, o MPLA e o governo estão  a inviabilizar a realização de encontros de massas e com as autoridades tradicionais ao impor restrições nas agendas dos sobas e regedores em alguns municípios do interior da província.

Em Caconco e Buco Zau os sobas foram proibidos de se reunirem com as
delegações da UNITA.

Esses obstáculos segundo a UNITA, não só inviabilizam a actividade
partidária do movimento com as populações e a massa militante, como também, ofuscam  o papel das autoridades tradicionais na defesa dos  interesses das comunidades para as quais juraram servir.

A UNITA afirma que não obstante aos obstáculos criados pelo partido no
poder, não vai renunciar a sua agenda política no interior de Cabinda
e apela as autoridades tradicionais a pautarem as suas condutas e a
servirem a população nos termos do costume e da lei e a salvaguardarem
de maneira independente os interesses das populações do interior do
enclave
.

terça-feira, 19 de março de 2013

ESTADOS UNIDOS DA AMERICA-CAROLINA DO NORTE = UMA IGREJA METODISTA NOS ESTADOS UNIDOS DA AMERICA PERTENCENTE AO ESTADO DA CAROLINA DO NORTE DECRETOU O FIM DO CASAMENTO HETEROSSEXUAL ATÉ QUE O ESTADO DA CAROLINA LEGALIZE O CASAMENTE GAY.. E ESSA HEIN MEUS SENHORES...




Ou se casam todos ou não se casa ninguém: igreja 

dos EUA deixa de fazer casamentos heterossexuais

Uniões entre homens e mulheres só voltam a ser celebradas na Igreja de Green Street quando a Carolina do Norte legalizar o casamento gay.
A maioira dos americanos é a favor do casamento gay    ROBERT GALBRAITH/REUTERS
Uma igreja metodista da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, decidiu que não vai celebrar mais casamentos heterossexuais enquanto o governo daquele estado mantiver a sua política actual, considerada “injusta”, sobre o casamento homossexual.

Enquanto o casamento gay não for legalizado na Carolina do Norte não há casamentos para ninguém na Green Street United Methodist Church, situada em Winston-Salem.
Num comunicado, o pastor Kelly Carpenter explica as razões da sua “insurreição espiritual”, como lhe chama o Le Monde que foi descobrir a notícia na Salon, uma revista online norte-americana.
“Os casais que assumem um compromisso têm necessidade de uma comunidade para os apoiar e ajudá-los a crescer na fé e no amor”, escreve o pastor Carpenter. “Na igreja de Green Street consideramos que as pessoas do mesmo sexo que estão comprometidas numa relação não são menos sagradas para nós e para a nossa comunidade”, continua o texto. “Consideramos que os homossexuais são dignos de receber os santos sacramentos do casamento. Rejeitamos qualquer noção que os torne cidadãos de segunda classe no Reino de Deus.”
Esta tomada de posição insólita surge num contexto cada vez mais favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo nos EUA, onde apenas nove estados federais legalizaram estas uniões. Uma sondagem ABC-Washington Post divulgada na segunda-feira mostra que 58% dos americanos são favoráveis à legalização do casamento gay (eram apenas 32% em 2004).
No final do mês de Março, o Supremo Tribunal dos EUA vai analisar dois casos que contestam a ilegalidade dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo e o número de personalidade e figuras políticas que tem assumido a defesa do casamento gay aumenta de dia para dia
.