quinta-feira, 24 de outubro de 2013

LISBOA: Eu e o Jornal de Angola - Por Ricardo Costa - Expresso

Eu e o 'Jornal de Angola'

Ricardo Costa
Divulgação: Radz Balumuka
www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

Não quero que o "Jornal de Angola" mude o seu estilo, muito menos os adje+tivos que caíram em desuso ou a prosa tonitruante que irrompe nalgumas colunas. Mas gostava de dar uma pequena ajuda ao jornal. Neste caso, uma ajuda sobre mim, só para evitar referências ou insinuações erradas, que envolvem terceiros. Vem isto a propósito do artigo "O mandante dos crimes contra angolanos honrados está identificado", assinado por Álvaro Domingos.

A citação que me motiva é esta: "Os turistas da Jamba e os seus filhos agora tentam sacar umas migalhas ao patrão Pinto Balsemão, considerado o mandante de todos os insultos e ataques à honra de altas figuras do Estado Angolano". Não vou relevar a parte referente ao "mandante", que o meu colega Henrique Monteiro já dissecou ontem no Expresso online. Vou ficar apenas pela primeira parte, pelos "turistas da Jamba e os seus filhos". O autor está obviamente a referir-se a Maria Antónia Palla e a mim, como seu filho.

Primeiro, os problemas factuais. Maria Antónia Palla foi casada com o meu Pai, é Mãe do meu irmão António, mas dá-se o caso de eu ser filho do segundo casamento do meu pai. Não sou, portanto filho de Maria Antónia Palla. Mas atenção, é uma pessoa que admiro infinitamente e de quem gosto muito de ser familiar, no sentido mais lato e profundo do termo. Damo-nos muito bem e temos umas quantas divergências. Uma delas é sobre Jonas Savimbi e a Unita.

Toda a gente sabe que Maria Antónia Palla é uma confessa admiradora de Jonas Savimbi e da Unita. As suas viagens à Jamba são públicas, os seus trabalhos estão todos publicados, a biografia de Savimbi pode ser lida por quem quiser. Coisas naturais numa mulher que nunca teve medo de dizer o que pensa nem de fazer o que lhe apetece, mesmo quando isso era arriscado ou condenável num país retrógrado, atávico e estupidamente conservador.

Acontece que o mundo em que eu cresci não era a preto e branco. O meu pai, por exemplo, sempre foi um apoiante do MPLA. Foi amigo de Agostinho Neto, do Mário e do Joaquim Pinto de Andrade ou do Arménio Ferreira, e como bom militante do PCP nunca duvidou do seu apoio ao MPLA, mesmo quando o marxismo de Angola se dissolveu no ar. Eu sei que o "Jornal de Angola" tem dificuldades em perceber estas coisas. O maniqueísmo não se compadece com pessoas que pensem livremente, muito menos pela sua própria cabeça.

Felizmente, pensar pela própria cabeça é a primeira regra em minha casa. Aprendi isso com o meu Pai e com a minha Mãe. Também fui aprendendo isso com a Maria Antónia nos muitos jantares ou festas de família que felizmente vamos tendo. Não peço ao "Jornal de Angola" que perceba estas coisas. Seria pedir-lhes demais. Mas acreditem numa coisa: nem todas as pessoas do mundo cabem numa etiqueta. Se quiserem dedicar-me mais textos ou insinuações, comprem uma resma de etiquetas. Vão precisar de muitas.      

MAPUTO: Em Maputo aconteceram seis raptos nas ultimas 72 raptos

Seis raptos em Maputo nas últimas 72 horas

Na capital de Moçambique as crianças são o novo alvo dos raptores que agem à porta das escolas e em pleno dia. 
Manuela Goucha Soares

Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com
 
Habitantes de Maputo na entrada de um centro comercial da cidadeEPA Habitantes de Maputo na entrada de um centro comercial da cidade
Nas "últimas 72 horas foram raptadas seis pessoas em Maputo", disse ao Expresso Fernando Veloso, diretor do jornal "CanalMoz". "De há três ou quatro meses a esta parte, começaram a raptar crianças", e esta é a grande e ainda mais preocupante diferença que se verifica no modus operandi dos raptores.
Ontem, foi raptado um aluno do 12.º ano da Escola Portuguesa de Moçambique, conforme confirmou à agência Lusa Dina Trigo de Mira, diretora daquela escola. O rapto ocorreu por volta das 18h30 (17h30 em Lisboa) no Bairro da Coop, numa das zonas centrais da capital Moçambicana.
No dia 22, à porta da Escola Portuguesa, foi raptada a mãe de um aluno daquele estabelcimento de ensino que ali tinha acabado de deixar o filho para ir às aulas.
A população de Maputo está preocupada com o aumento da insegurança. Uma advogada portuguesa contacta pelo Expresso diz que "os raptos são o maior motivo de preocupação" no momento. Fernando Veloso diz que "Maputo já não é o que era, as pessoas evitam andar na rua e não saem de casa depois do jantar".
As duas pessoas raptadas nas imediações da Escola Portuguesa tinham nacionalidade moçambicana.

LONDRES: Filha do emir do catar Al-Mayssa al-Thani foi eleita a mulher mais poderosa do mundo das artes

Filha de emir do Catar é eleita a mais poderosa do mundo da arte


 
DA REUTERS, EM LONDRES

Divulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com

A filha do emir do Catar foi considerada a personalidade mais poderosa do mundo da arte, segundo um ranking divulgado nesta quinta-feira (24), por liderar agressivas aquisições do pequeno país árabe em leilões e vendas particulares do mundo todo para encher seus novos museus.



Al-Mayassa al-Thani, de 30 anos, diretora da Autoridade Museológica do Catar, lidera a lista anual "Power 100" da conceituada revista "ArtReview". É o segundo ano consecutivo que uma mulher encabeça esse ranking.
Formada nos Estados Unidos, Mayassa foi escolhida "por causa do vasto poder aquisitivo da sua organização e da disposição de gastar a um ritmo estimado em US$ 1 bilhão por ano --a fim de obter obras de arte superiores para seus museus em Doha", segundo a "ArtReview".
Karim Jaafar/AFP
A filha do emir do Catar, Al-Mayassa al-Thani, considerada personalidade mais poderosa do mundo da arte
A filha do emir do Catar, Al-Mayassa al-Thani, considerada personalidade mais poderosa do mundo da arte
"Acho que as cifras definitivamente falam por si mesmas, e da importância que ela tem para o mercado da arte", disse o editor da revista, Mark Rappolt, em entrevista por telefone.
Acredita-se que a Autoridade Museológica tenha sido responsável pela aquisição, no valor recorde de US$ 250 milhões, de uma pintura de Cézanne retratando duas cartas de baralho, em 2011. O valor da transação foi aproximadamente o dobro do recorde anterior para uma pintura.
Essa aquisição instantaneamente colocou a Autoridade Museológica do Catar na primeira divisão dos acervos internacionais. As demais peças dessa série de Cézanne estão no Museu d'Orsay, em Paris, no Metropolitan, de Nova York, no Courtauld, em Londres, e na Fundação Barnes, em Filadélfia.
Depois disso, Mayassa e a Autoridade Museológica adquiriram obras de Picasso, Damien Hirst e outros, e também iniciaram um gigantesco projeto para a construção de uma sede em Doha, segundo Rappolt.
"Acho que também se pode dizer de certa forma que a Autoridade Museológica do Catar seja sintomática de uma cultura artística global em que a arte é culturalmente intercambiável", disse.
"Gente endinheirada sempre comprou e comercializou commodities, e a arte é uma delas. De certa forma, não há novidade, mas talvez a escala disso se torne um pouco mais nova."
No ano passado, a liderança da lista ficou com a curadora ítalo-búlgara de origem norte-americana Carolyn Christov-Bakargiev, que é pouco conhecida fora dos círculos artísticos. Foi a primeira vez que uma mulher liderou essa lista.
A lista deste ano, compilada por um júri internacional de 13 integrantes, caracteriza-se por refletir a transição dos recursos públicos para os privados no mercado da arte. Segundo a "ArtReview", os detentores desses recursos privados estão se tornando mais inventivos no seu uso.

SÃO PAULO: Foi presa a quadrilha que explorava prostitutas brasileiras em Angola

Quadrilha que explorava brasileiras para prostituição em Angola é presa em SP

Fonte: Repórter da Agência Brasil: Marli Moreira
Novinhas da net! Fotos achadas e fotos amadorasDivulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.com: Radz Balumuka
São Paulo - Cinco brasileiros foram presos hoje (24) por meio da Operação Garina da Polícia Federal de São Paulo sob a acusação de envolvimento em esquema de tráfego internacional de mulheres. Eles aliciavam as vítimas em casas noturnas da capital paulista com a promessa de que receberiam valores altos em dólares para se prostituirem, em Angola, país que fica na costa ocidental da África.


Segundo nota da PF, as mulheres eram oferecidas a clientes de alto poder aquisitivo. Dois estrangeiros ligados à quadrilha no exterior também tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça Federal e os nomes foram incluídos na lista mundial de procurados pela Interpol. Além das prisões, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Cotia e Guarulhos.
O caso começou a ser investigado pelos agentes federais há um ano, período em que conseguiram juntar provas de que as vítimas eram aliciadas pelo grupo criminoso em casas noturnas paulistanas. Para atraí-las ofereciam pagamento de US $ 10 mil dólares para se prostituirem pelo período de uma semana.
'Há fortes indícios de que parte das vítimas foi privada temporariamente de liberdade no exterior e obrigada a manter relações sexuais sem preservativos com clientes estrangeiros. Para essas vítimas, os criminosos ofereciam um falso coquetel de drogas anti-aids', diz o comunicado.
A ação criminosa, que vinha sendo praticada desde 2007, rendeu em torno de US $ 45 milhões. Os investigados serão indiciados por crime de participação em organização criminosa, tráfico internacional de pessoas, favorecimento à prostituição, rufianismo (exploração de prostituição), estelionato, cárcere privado e perigo para a vida ou saúde de outrem. As penas máximas somadas chegam a 31 anos de prisão.
Segundo esclareceu a PF, o nome dado à operação - Garina, significa menina na gíria do português de Angola, principal local de ação dos criminosos.
Edição: Denise Griesinger
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

LISBOA: A verdade sobre o que Angola quer

A verdade sobre o que Angola quer

  • minuir o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte
Presidente AngolanoPresidente AngolanoDivulgação: www.plamaltodemalanjeriocapopa.blogspot.comTinha pensado em não escrever mais sobre esta telenovela entre Angola e Portugal. Mas a verdade é que o Jornal de Angola insiste em escrever e - raro privilégio - falar de mim. Um tal Álvaro Domingos, que escreveu domingo passado, acha que eu e o Daniel Oliveira fazemos parte de uma central qualquer que recebeu dinheiro da Unita.

Como sabe, quem costuma ler o Expresso, eu e o Daniel Oliveira somos de espetros políticos e ideológicos iguais e ambos fervorosos adeptos da UNITA, movimento que aliás tinha entre os seus quadros a única pessoa que me ameaçou diretamente de morte. Mas adiante...
Mais grave é o próprio editorial do Jornal dizer que "a cúpula portuguesa está a ser desleal em relação aos entendimentos que tem com Angola. A postura atual do Estado português representa uma verdadeira agressão a Angola". Mais grave porque nunca o diretor (ou alguém por ele) escreveria algo não devidamente sancionado; mas também porque - ao contrário do outro autor - José Ribeiro não é alguém que faça do insulto a arte de viver. Ao contrário do tal Álvaro Domingos, que me ataca a mim, ao Daniel e ao Expresso, devemos lê-lo com respeito.
Ora esta insistência de Angola só pode querer dizer uma coisa: que os angolanos querem o processo resolvido o mais depressa possível. E como seria estulto (e não próprio de alguém com dois dedos de testa) pensar que o arquivamento puro e simples, nestas circunstâncias, seria uma saída digna para o nosso Ministério Público, tal significa que querem rapidamente justificações, notificações, acusações.
E aqui está como me associo às pretensões angolanas. Venham as provas, o mais rápido possível. Separem os prevaricadores dos cidadãos honestos. Façam horas extra, ponham mais gente a trabalhar no processo, mas despachem-se.
Se para outra coisa não servir este desaguisado, que ao menos ajude a tornar a Justiça portuguesa mais rápida e ágil do que tem sido. Por que assim é, de facto, desesperante e já ninguém aguenta o tom de alguns escrevinhadores ao serviço do regime de Luanda, que ainda por cima parecem mais papistas do que o papa.
Por Henrique Monteiro
Expresso.sapo.pt

LISBOA: Ministra portuguesa da Justiça pede serenidade na relação com Angola. Será que a Ministra pederia a mesma contensão se apenas se trata-se de um simples cidadão angolano? Vá bugiar para outro aprisco ministra defensora da injustiça.

Ministra da Justiça pede “serenidade” na relação com Angola

  • Ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz
Ministra da Justiça Paula Teixeira da CruzDivulgação: www.planaltodemalanjeriocapopa.blogspot.comPaula Teixeira da Cruz apelou hoje a todas as entidades para que exista uma “grande serenidade” na relação de Portugal com Angola.
Falando à saída da I Conferência Antena 1/Económico, onde discursou sobre Justiça, Paula Teixeira da Cruz não quis comentar as sucessivas violações do segredo de justiça nos processos que existem em Portugal sobre Angola e defendeu que é urgente "evitar o clima" de tensão entre os dois países e "tentar não incendiar".
Questionada sobre se as recentes declarações de responsáveis angolanos sobre Portugal não são uma pressão sobre o Ministério Público português, Paula Teixeira da Cruz não quis comentar, voltando a dizer que é preciso manter a serenidade.
A ministra lembrou os "demasiados laços" que existem entre os dois países e manifestou "preocupação" pelas quebras do segredo de justiça em relação às investigações que decorrem em Portugal sobre alguns membros da elite angolana.
LUSA

LUANDA: Jornal de Angola contesta alegado apoio da UNITA á investigação de Portugal

"Jornal de Angola" contesta alegado apoio da UNITA à investigação de Portugal

Editorial do Jornal de AngolaEditorial do Jornal de AngolaEditorial de hoje acusa o líder da oposição angolana de "ir mais longe" ainda do que Portugal. Samakuva defende que as investigações da PGR devem ir até ao fim.
O "Jornal de Angola" critica hoje a UNITA, o segundo maior partido no país, por ter manifestado apoio à investigação da Procuradoria-Geral da República portuguesa aos governantes angolanos.
Num editorial intitulado "Oposição e Agressão", o periódico condena as declarações ontem proferidas pelo líder da UNITA, Isaías Samakuva, sublinhando que só vêm agravar o conflito diplomático, que Portugal já percebeu que é grave e que não tem saída.
"Samakuva conseguiu ir mais longe do que a linguagem de agressão vinda Portugal. Quando toda a cúpula em Portugal já percebeu que está metida num beco sem saída na relação com Angola, por violar direitos de angolanos e por desrespeitar entendimentos de Estado, Samakuva vem lançar mais lenha para a fogueira, à maneira da Jamba", lê-se no editorial.
De acordo com o jornal, o líder da UNITA "ao furtar-se a condenar as violações do segredo de justiça em Portugal que atentam contra direitos de honrados cidadãos angolanos, demonstra uma absoluta falta de maturidade política e coloca a UNITA, mais uma vez, no lado errado da história."
O editorial defende também que a UNITA conseguiu mais deputados no Parlamento nas últimas eleições, mas que não soube tirar proveito dessa situação. "Em vez de fazer desse sucesso, humildemente, uma plataforma para ampliar a influência do partido, usa-o como arma de arremesso contra o seu próprio país, reproduzindo e aumentando a nódoa que é a atual agressão lançada pelos 'soaristas' e seu gangue, contra Angola", afirma.
O texto vai ainda mais longe e acusa a UNITA de ter origens totalitárias e criminosas.  "Opositores como Isaías Samakuva vêm de uma organização de raiz totalitária. Ele e praticamente todos os seus parceiros da direção da UNITA atiraram lenha para as fogueiras da Jamba onde foram assassinadas mulheres e crianças inocentes. As suas mãos estão manchadas com o sangue de civis inocentes", refere.
"Apesar da bestialidade dos crimes, foi possível, até agora, evitar que esses casos fossem levados a um Tribunal angolano ou a um Tribunal Internacional", conclui.
Expresso.sapo.pt