Odebrecht Investigada por Trabalho Escravo em Angola
Fonte: Maka Angola
Fonte: Planalto De malanje Rio Capôpa
20 de Dezembro, 2013
O Ministério Público do Brasil abriu um inquérito para investigar a empreiteira brasileira Odebrecht pela possível prática de aliciamento para trabalho escravo em Angola.
A decisão ocorreu na última sexta-feira, após o órgão ter sido comunicado sobre a reportagemda BBC Brasil com denúncias contra as condições de trabalho numa usina da empresa.
A decisão ocorreu na última sexta-feira, após o órgão ter sido comunicado sobre a reportagemda BBC Brasil com denúncias contra as condições de trabalho numa usina da empresa.
Na reportagem, publicada hoje, 20 de Dezembro, operários que trabalharam na construção do complexo industrial Biocom, na província de Malanje, relatam ter enfrentado uma série de provações na obra, entre as quais cárcere privado, retenção de passaportes e condições insalubres.
A Biocom, a primeira usina de etanol, açúcar e eletricidade de Angola, é uma sociedade entre a Odebrecht (40%), o grupo angolano Damer (40%) e a petrolifera Sonangol (20%).
O inquérito está a cargo do procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Rafael de Araújo Gomes.
A Biocom, a primeira usina de etanol, açúcar e eletricidade de Angola, é uma sociedade entre a Odebrecht (40%), o grupo angolano Damer (40%) e a petrolifera Sonangol (20%).
O inquérito está a cargo do procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Rafael de Araújo Gomes.
O MPT investigará também as empresas brasileiras que a Odebrecht subcontratou na construção, como a Pirâmide e a Planusi, ambas com sede no interior de São Paulo.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o MPT solicitou às empresas informações sobre os trabalhadores que actuaram na obra.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o MPT solicitou às empresas informações sobre os trabalhadores que actuaram na obra.
O órgão também levantou todos os processos laborais movidos contra as empresas pelas supostas más condições na construção.
Só no município de Américo Brasiliense, sede da Pirâmide, companhia subcontratada pela Odebrecht, tramitam cerca de 60 processos contra as empresas, segundo o advogado José Maria Camos Freitas, que representa o grupo de trabalhadores.
A partir da investigação, o MPT decidirá se entrará com uma acção judicial contra as empresas.
Só no município de Américo Brasiliense, sede da Pirâmide, companhia subcontratada pela Odebrecht, tramitam cerca de 60 processos contra as empresas, segundo o advogado José Maria Camos Freitas, que representa o grupo de trabalhadores.
A partir da investigação, o MPT decidirá se entrará com uma acção judicial contra as empresas.