As preocupações sobre a saúde e a educação dominaram o primeiro “Angola Fala Só” de 2014 em que o tema em discussão foi o desejo dos ouvintes para este novo ano.
Mas as questões políticas foram também abordadas por vários ouvintes com alguns apelando à unidade da oposição em 2014 e num caso talvez único um ouvinte pedindo o fim da democracia e do multipartidarismo em 2014.
“Em 2014 eu não quero mais democracia,” disse o André Muteca que falava da província do Namibe
“A democracia foi o que trouxe o sofrimento a Angola,” disse este ouvinte que acusou os partidos políticos da oposição de “estragarem o país”.
“Esses partidos são terroristas,” disse.
Mas Jacinto Ndala do Kuando Kubango disse que os partidos da oposição se devem unir para fortalecer uma “Angola democrática e de direito”.
“Deve haver união entre os partidos políticos para se combater a pobreza e a falta de respeito da lei,” disse Ndala que criticou também “a falta de métodos e estratégias” dos partidos da oposição.
Este ouvinte disse que a oposição queixa-se e lamenta-se mas pouca visão estratégica mostra.
“As criticas e lamentações não nos levarão a lado nenhum” disse Ndala.
Uma ouvinte de Cabinda disse ser “uma vergonha” que o presidente angolano tenha afirmado no seu discurso de fim do ano que não há assassinatos políticos em Angola.
“É mentira, “ disse Paulo Puna que disse que para 2014 deseja que a questão de Cabinda seja resolvida.
“Nós não somos angolanos,” disse Puna cuja opinião foi compartilhada por um outro ouvinte desse território, Balchior Tati que disse que em 2014 gostaria de ver reaberto “ o dossier Cabinda”.
“A paz (em Cabinda) ainda não é definitiva,” disse.
“O facto de não haver acções militares não significa que haja paz,” acrescentou.
Mas maioria dos ouvintes expressaram a vontade que o ano de 2014 sirva para o governo prestar maior atenção aos sectores da saúde e educação que a julgar pelos telefonemas são obviamente os temas mais preocupam os ouvintes da Voz da América
Daniel Miguel um enfermeiro da Huíla dez notar que “há doentes internados no chão” ou “dois ou três na mesma cama” e referiu-se também à necessidade do governo resolver o problema de salários do técnicos de saúde e das suas promoções.
Técnicos prestam serviços de níveis mais alto do que aqueles em que estão inseridos com salário mais baixo criando descontentamento e frustrações entre os funcionários.
João Baca do Bengo disse que os serviços de saúde em Angola estão num estado “péssimo”
“Eu acredito que o governo pode e tem a possibilidade de fazer melhorar essa situação,” disse Baca que descreveu a educação em Angola como um caso “triste”.
Baca disse ainda que o governo devia adoptar uma política de ajuda á habitação para jovens.
César Salumana da Lunda Norte disse não estar muito optimista para com melhorias em 2014 prevendo que "tudo vai continuar na miséria".
Este ouvinte disse que a situação da saúde na provincia é uma tragédia.
"pessoas doentes são corridas dos hospitais," disse.
O ouvinte Filpe Zonda disse que o governo deve em 2014 resolve rapidamente o acesso dos angolanos a documentos provando a sua cidadania e nascimento.
“Qunado há eleições todos conseguem acesso a documentos muito rapidamente mas depois acaba tudo,” disse Zonda que frisou as dificuldades que isso cria aos angolanos em muitas situações como por exemplo a registar filhos nas escolas.
A questão das pensões dos exe militares foi outro temas que muitos ouvintes consideraram de essencial para o governo angolano resolver em 2014.
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