sábado, 15 de fevereiro de 2014

MAPUTO: Renamo pede novo adiamento do recenceamento eleitoral marcado para sábado

Renamo pede novo adiamento do recenseamento eleitoral marcado para sábado

Fonte do Secretariado Técnico Eleitoral disse à VOA que o recenseamento eleitoral inicia-se este sábado, 15, apesar da solicitação do partido da oposição ao governo.
Afonso Dhlakama, presidente da Renamo
Afonso Dhlakama, presidente da RenamoFonte: Voanews/Simião PongoaneDivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
TAMANHO DAS LETRAS 
O Governo e a Renamo terminaram com sucesso a discussão do pacote eleitoral que encalhou o diálogo num mar de impasses durante cerca de 10meses. Mas no final da sessão, o chefe da equipa da Renamo Saimone Macuiane fez mais um pedido de adiamento do recenseamento eleitoral que deve começar esta sábado, 15.

Este é o segundo pedido, depois do primeiro ter sido aceite pelo governo, dando 15 dias à Renamo.

O governo ainda não respondeu ao novo pedido de adiamento. Entretanto, dois analistas políticos ouvidos pela VOA consideram que não há necessidade de um novo adiamento porque alguns dirigentes provinciais da Renamo já disseram que o seu partido está preparado para o processo.

O professor Rajendra de Sousa considera que hoje com a rede da telefonia móvel que cobre quase todo o Pais é fácil dar orientações para os membros da Renamo participarem no processo de recenseamento eleitoral.

Filmão Suaze também considera que não há motivos para mais um adiamento., depois do primeiro que criou problemas no calendário do STAE.

Uma fonte do Secretario Técnico de Administração Eleitoral disse a VOA em Maputo que o o recenseamento eleitoral vai mesmo começar este sábado, 15, e terá a duração de  75 dias.

As autoridades esperam recensear pouco mais de 9 milhões e 100 mil  eleitores.

No processo similar registado no ano passado nas 53 cidades e vilas municipais foram recenseados pouco mais de três milhões e 500 mil eleitores.

Agora nesses locais haverá apenas uma actualização.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

LUANDA: General Leopoldino do Nascimento: Novo Bilionário Angolano

General Leopoldino do Nascimento: O Novo Bilionário Angolano
Fonte:  Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
 14 de Fevereiro, 2014
O general Leopoldino Fragoso do Nascimento é a segunda figura angolana, com uma fortuna devidamente identificada e em seu nome, acima de um bilião de dólares (mil milhões). Isabel dos Santos é a primeira e continua a ser a única angolana que consta da lista de bilionários da Forbes, com uma fortuna avaliada em mais de US $3 biliões. Consultor do chefe do ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do presidente da República, o general Leopoldino Fragoso do Nascimento é bem conhecido em Angola como delfim e testa-de-ferro do presidente José Eduardo dos Santos.

Segundo investigação do jornalista Michael Weiss, publicada ontem, 13 de Fevereiro, pela revista norte-americana Foreign Policy, só a participação societária do general Dino na multinacional Puma Energy International, de 15 por cento, confere-lhe uma fortuna de US $750 milhões. A Puma Energy é uma subsidiária da multinacional suíca Trafigura, considerada como o terceiro maior negociante privado de petróleo e metais, a nível mundial.

Weiss revelou ainda que em 2010 o general pagou US $213 milhões pela aquisição de 18.75 por cento do capital da Puma Energy, que está avaliada em US $5 biliões. No entanto, em 2011, as acções do general baixaram para 15 por cento, segundo documentos a que teve acesso.

Nos últimos anos, de acordo com a investigação, a Trafigura tem “cultivado interesses comerciais lucrativos em Angola e tem adquirido acções em pelo menos sete empresas diferentes, desde o imobiliário ao transporte marítimo de carga”.

No sector dos petróleos, a Trafigura controla actualmente a importação de derivados de petróleo para Angola, assim como detém o monopólio da distribuição de derivados de petróleo. As suas bombas de combustível Pumangol têm registado uma expansão meteórica e, em breve, deverão suplantar a rede da Sonangol.

As relações entre a Trafigura e Angola não envolvem apenas o general Dino, mas são extensivas ao triunvirato da presidência, que tem como membros mais influentes o vice-presidente da República, Manuel Vicente, e o general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”.

No artigo da Foreign Policy, a Trafigura defende o general Dino como um dos maiores empresários angolanos e alega que o mesmo não desempenha qualquer cargo oficial no aparelho de Estado.

Em resposta, o responsável do Maka Angola, Rafael Marques de Morais, nota que em 2010 o general Dino, então chefe de comunicações do presidente, assumiu novas funções como consultor do general Kopelipa. Oficialmente, continua a exercer as mesmas funções, que fazem dele um funcionário público. Em Angola, segundo a Lei da Probidade, os funcionários públicos não podem acumular funções públicas e privadas, de carácter comercial e lucrativo, nem realizar negócios privados com o Estado, para enriquecimento pessoal.

A Sonangol Holdings é sócia do general na Puma Energy. Em 2011, de acordo com o Financial Times, a Sonangol pagou US $500 milhões por 10 por cento das acções, obtendo uma participação total de 30 por cento. Ao todo, o regime angolano detém 45 por cento da Puma Energy.

“Onde é que o general arranjou os US $213 milhões para investir?” – é esta a questão central apresentada pelo jornalista Michael Weiss.

Para além de ser o único nome listado como proprietário da Cochan Bahamas, empresa usada na compra de acções da Puma Energy, o general Dino também detém 50 por cento da DTS Holdings, outra subsidiária da Trafigura, cuja refinaria de petróleo valia, em 2011, mais de US $3.3 biliões, segundo a Foreign Policy.

Em Angola, com participações societárias qualificadas na UNITEL, na Biocom, na rede de supermercados Kero, no grupo Medianova (detentora da TV Zimbo, semanário O País, etc.), o general Dino ultrapassa largamente a fasquia de um bilião de dólares.

Com o seu percurso de general de gabinete, Leopoldino Fragoso do Nascimento é, certamente, o mais privilegiado dos oficiais das Forças Armadas Angolanas nos esquemas de corrupção e saque do património público, apenas superado pelo seu chefe e sócio, o general Kopelipa, que se tornou na figura mais poderosa de Angola, logo depois de José Eduardo dos Santos.

Grande parte dos US $114 biliões do Produto Interno Bruto de Angola – realça o artigo – desaparece dos cofres do Estado ou vai parar directamente aos bolsos dos governantes.

Como constata Michael Weiss, “os regimes revolucionários comunistas têm o estranho hábito de se transformarem em corruptos praticantes do capitalismo selvagem, e Angola – com as suas grandes reservas de petróleo e profusão de bilionários – tem provado não ser excepção”.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

PRETÓRIA: Morreu Mendes de Carvalho

Morreu Mendes de Carvalho


111
1
 

Pretória – Morreu, aos 89 anos, por voltas das 8 horas da manhã desta quinta-feira, 13, na clínica Girrasol, em Luanda, o político e escritor Agostinho André Mendes de Carvalho, vítima de doença prolongada. O então ministro da Saúde se encontrava há mais de três meses em coma, devido a uma forte queda que sofreu em sua residência.

Fonte: Club-k.net
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
13.02.2014O Club-K sabe que,ainda em vida, o nacionalista recomendou aos seus familiares que fosse sepultado na sua terra natal, numa campa familiar, em Calomboloca, município de Icolo e Bengo, onde há poucos anos tivera construído uma residência para o efeito.De salientar que o histórico do MPLA foi inicialmente evacuado para África do Sul, onde ficou internado no "Kloof Hospital" cerca de três meses.
Logo após a quadra natalícia, um dos filhos, o almirante André Gaspar Mendes de Carvalho “Miau”, que esteve a lhe acompanhar durante a estadia em terras de Mandela, decidiu, após sugestão dos médicos, levar o veterano político de volta a Luanda.

Ainda na África do Sul, o nacionalista Mendes de Carvalho foi visitado pelo líder da coligação CASA-CE, Abel Chivukuvuku, num gesto de solidariedade e apresso.

Sob o pseudónimo literário de Uanhenga Xitu, Mendes de Carvalho publicou várias obras literárias (romances e crónicas) dentre os quais “Mestre ta moda” e “O Ministro”. A par isso foi enfermeiro durante muitos anos. Também cursou Ciências Políticas na Alemanha.

Em 1959, foi preso e considerado participante no “Processo dos 50”.  Foi enviado para a cadeia de Tarrafal, onde permaneceu cerca de oito anos. Após a independência, foi membro do Conselho da Revolução, Comissário (Governador) da Província de Luanda, Ministro da Saúde de Angola e embaixador de Angola na República da Polónia.
O antigo deputado na Assembleia Nacional pela bancada do MPLA foi uma das figuras mais respeitada, nos bastidores do seu partido, pela sua forma frontal de colocar os factos.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

LUANDA: Policia Nacional visita instalações da radio despertar








Polícia Nacional visita Instalações da Rádio Despertar
Fonte: www.unitaangola.org
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
12.02.2014
policiaemblema.gif
Uma delegação do Comando Provincial da Polícia Nacional de Luanda, visitou nesta quinta- feira, 12 de Fevereiro de 2014, as instalações da Rádio Despertar.

A delegação da Polícia Nacional dirigida pela Intendente e chefe de Gabinete de Comunicação e Imagem do Comando de Luanda, Engrácia Costa, visita a Rádio Despertar um dia depois desta estação emissora ter divulgado a morte de um jovem roboteiro no mercado do bombo, na zona da Estalagem em Viana, morto por um agente da Polícia Nacional destacado na esquadra policial do 14.

Engrácia que falava aos microfones da Comercial Despertar no final do encontro que manteve com o Director- Geral da Rádio, Emanuel Malaquias, disse que a sua visita enquadra-se no âmbito da estratégia de estreitamento de relações com os órgãos de comunicação social.

A Intendente, disse ainda ter gostado da visita “ gostamos da visita, e saímos daqui com uma boa impressão”, rematou. 
www.unitaangola.org

BANGKOK: Imagens da princesa da Tailândia consideradas de apoio á oposição

Imagens de princesa da Tailândia consideradas de apoio à oposição

Família real parece cada vez mais dividida na crise política – príncipe herdeiro é próximo do Governo.
Manifestantes da oposição congratularam-se com o que foi percebido como um apoio da mais jovem princesa da Tailândia
 NIR ELIAS/REUTERS
O Rei Bhumibol é o garante de unidade da Tailândia e todos têm medo do que poderá acontecer quando o monarca, de 86 anos e saúde frágil, morrer. A crise política que começou em Novembro exacerbou esse medo, mas o papel da monarquia é pouco discutido.
Nesta crise, os apelos à calma feitos pelo monarca não tiveram, para já, grande sucesso. Morreu uma dezena de pessoas e mais de 600 ficaram feridas em confrontos nas manifestações de contestação ao Governo. “O rei está frágil, o palácio não parece estar unido, e alguns membros da realeza parecem estar a alinhar abertamente com os manifestantes anti-governo”, disse à revista Time David Streuckfuss, um académico a viver na Tailândia.
 
A mais fortes atitude interpretadas como uma tomada de posição foi a publicação, pela princesa Chulabhorn Mahidol, a filha mais nova do Rei Bhumibol, de fotografias suas numa rede social. As fotografias mostram a princesa com fitas da cor da bandeira da Tailândia no cabelo e com uma pulseira com azul, branco e vermelho. As cores da bandeira têm sido usadas pelo movimento de oposição ao Governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, e o seu uso pela princesa foi interpretado por analistas como um sinal de apoio à oposição.
 
“Foi visto como uma declaração de guerra”, disse um analista político próximo do Governo ao diário britânico The Independent. “Ela quis mostrar que estava do lado da oposição”, concordou o professor Patrick Jory, da Universidade de Queensland, Austrália.
 
Há quem defenda que a crise política no país tem, entre várias outras causas, um factor de intriga palaciana: a luta pela sucessão. São especulações, porque tudo o que diz respeito à sucessão não é falado abertamente na Tailândia, tanto pela reverência ao rei como pelas leis de crime de lesa-majestade. A revista Economist, por exemplo, já viu negada a distribuição na Tailândia por ter publicado artigos que discutiam questões reais e a sucessão do rei.
 
O príncipe herdeiro, Maha Chakri Sirindhorn, é visto com desconfiança pela população, que não vê com bons olhos o seu estilo de playboy e seu gosto pelo luxo – muitos preocupam-se também com a proximidade entre este e o antigo primeiro-ministro, Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck Shinawatra. Segundo a oposição, é Thaksim quem controla de facto o Governo desde o exílio em que se encontra depois de ter sido acusado por corrupção – a contestação actual começou aliás por ser um protesto contra uma lei de amnistia que permitiria o regresso de Thaksim, lei que foi entretanto retirada.
 
Muitos dentro do palácio preferiam que fosse a princesa Maha Chakri Sirindhorn a suceder ao rei, e a princesa que publicou as imagens será desta facção.
 
“As velhas elites nunca se preocuparam com a democracia”, diz Andrew MacGregor Marshall, jornalista e autor de um livro sobre a crise na Tailândia prestes a ser publicado.  O Parlamento tem o papel de aprovar a sucessão, assim, a facção que dominar o Parlamento pode ter uma hipótese de ganhar a batalha pelo trono que, para além do poder, envolve um património de mais de 21 mil milhões de euros, segundo uma estimativa da revista Forbes.
 
Numa altura em que o tribunal constitucional decretou que não houve irregularidades nas eleições legislativas realizadas no início de Fevereiro – esperando-se uma derrota para a oposição – o gesto da princesa foi saudado por manifestantes da oposição.
 

LISBOA: Quem é o dono atual da Soares da Costa

                        O ATUAL DONO DA SOARES DA COSTA
Fonte: Diário Econômico
Divulgação: Planalto De Malanje Rio capôpa
12.02.2014
O empresário angolano que hoje passa a ser o dono da Soares da Costa tem interesses nos mais diversos sectores.

Assume-se como independente do poder do Estado, mas não se livra de ser dado como um homem do regime.
Nascido em 20 de Março de 1947 em Calenga, província do Huambo, o angolano António Mosquito passa a partir de hoje a ‘chamar-se' também Soares da Costa, através da aquisição de 66,7% do grupo de construção civil criado pelo português José Soares da Costa em 1918.
Não sendo propriamente um desconhecido nos media portugueses, António Mosquito entrou de rompante nas primeiras páginas dos jornais em finais de Novembro do ano passado, quando deu a conhecer que acabava de fechar acordos de compra da maioria da Soares da Costa ao empresário Manuel Fino e de uma posição de controlo no Grupo Media (dono da Controlinveste), em parceria com Luís Montez (empresário e genro do Presidente da República Cavaco Silva, com 42,5% em conjunto).
Tido como um empresário razoavelmente distante do poder político angolano, António Mosquito não quis nunca seguir um percurso abertamente político - ao contrário de vários outros empresários angolanos, que transitaram da órbita do poder para o mundo empresarial de um momento para o outro, num quadro em que este transvase foi sempre a forma de atingir financiamento fácil. Mesmo assim - e apesar de a pesquisa sobre o perfil e o currículo do empresário ser um ladrilho com várias zonas em branco - Mosquito é apontado como um homem próximo do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que se quis rodear de homens de negócios não exclusivamente oriundos do interior do seu partido, o MPLA. Depois da guerra, interessava ter do lado do poder homens ligados etnicamente à UNITA.
Segundo algumas fontes, António Mosquito era, em Abril de 1974, gerente de uma fazenda de sisal situada na região do Cubal, a Oliveira Barros & Companhia, para onde o seu pai o havia levado ainda novo. Os donos da empresa retiraram-se para Portugal na sequência da Revolução, tendo deixado os interesses do negócio nas mãos do gerente - que aproveitou para aprender a gerir num ambiente de crescente instabilidade, que demoraria várias décadas a ser superado.
Interessado em dar passos mais sustentados no mundo dos negócios, Mosquito criou a Mbakasi & Filhos em 1980 - génese de um grupo que agregaria vários parentes e amigos do empresário e que em pouco tempo haveria de passar a ser conhecido por Grupo António Mesquita (GAM). Num país em guerra, conta o filho Horácio numa entrevista recente, o GAM rapidamente diversificou para a importação e comercialização de uma série de produtos, tanto de consumo como de transformação. Paralelamente, o empresário deixou as terras do Huambo e rumou para a capital, possivelmente em busca de menos exposição à guerra, mais consumo e melhores fontes de financiamento. A guerra, definitivamente, não lhe interessava: "algumas pessoas são generais e lutaram durante a guerra; eu também sou um general porque, na época da guerra, estava a dar algo mais ao meu país, em termos de comida, de trabalho, etc.", terá dito um dia.
Num país onde estava tudo por fazer (a guerra civil angolana durou de 1961 a 2002), a paz foi o esteio necessário para que a economia pudesse crescer. E quando Jonas Savimbi desapareceu, os empresários que já estavam no terreno foram os primeiros a poder usufruir das enormes quantidades de dinheiro proporcionadas pelo petróleo e pelos diamantes, que constituíam as principais riquezas do território.
A GAM entrou, como vários outros grupos empresariais, em regime de alta velocidade. Em pouco tempo agregou em seu torno interesses dos mais diversos sectores, onde se contam a importação de automóveis Audi e VW (em larga escala fornecidos ao Estado); a construção civil, em associação com os brasileiros da Odebrecht e os portugueses da Teixeira Duarte; a exploração petrolífera (desde 1998), através da Falcon Oil (que Mosquito comprou no Panamá e cujo nome resultou da vontade de o empresário comprar um avião Falcon), que chegou a estar quase na falência antes de agregar novos interesses ao inicial Bloco 33; a produção de cerveja, prevista para ser repartida com os franceses da Brasseries Internationales Holding); a exploração mineira (diamantes), concentrada na KSM-Kassypai Sociedade Mineira; e a banca, onde, em 2008, comprou 12% do Banco Caixa Geral Totta Angola (em parceria com a CGD). A criação de uma holding tornou-se uma necessidade: a GAM Holding, que hoje entra na Soares da Costa, está sediada no Luxemburgo. Segundo Horácio Mesquita, indústria, transportes, restauração, gás e energia e novas tecnologias fazem parte dos interesses de diversificação do grupo.
Neste quadro, a entrada na Soares da Costa afigura-se como natural: a diversificação é uma das últimas ‘modas' dos empresários angolanos e Portugal - apesar de todas as ameaças com que José Eduardo dos Santos tem envolvido as relações entre ambos os países - é o país mais procurado. Os conhecimentos adquiridos no sector, a posição que a construtora tem em Angola e as dificuldades de Manuel Fino em gerir uma dívida excessiva, tornavam-na um alvo evidente.
O contrário se passou com o ‘dossier' Controlinveste: num quadro em que o sector da comunicação social não dá dividendos assinaláveis (quando dá...), a posição que Mosquito pretendia era observada como mera forma de obter poder de influência.
Seja como for, dois ou três dias depois de ter anunciado o duplo negócio em Portugal, António Mosquito foi distinguido com o prémio angolano Sirius, para o melhor empreendedor de Angola.
Católico e mecenas de diversas instituições de caridade - para além de patrocinar clubes de futebol e outras agremiações da área do lazer - António Mosquito é referido pelos seus amigos como um homem interessado em desenvolver Angola a partir do anonimato possível, sem excessos de ostentação ou outras superficialidades. Do lado oposto - há sempre um lado oposto - é referido como um mulherengo que não olha a meios para atingir os seus fins.
Numa nota curricular que aparenta ter um carácter oficial, é atribuída a António Mosquito alguma predilecção por uma frase de alemão Friedrich Nietzsche, segundo o qual, "quando se tem um ‘porquê', não importam os ‘como'. O niilismo foi sempre um caminho difícil.

LISBOA: Unita disposta a protestar detenção e julgamento viciado de jornalista nas ruas de Luanda


UNITA ameaça protestar na rua contra detenção e condenação de jornalista em Angola

Fonte: Lusa
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
UNITA ameaça protestar na rua contra detenção e condenação de jornalista em Angola
O maior partido da oposição angolano, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) ameaçou hoje convocar uma manifestação para protestar contra a recente detenção e condenação de um jornalista.
A ameaça consta de um comunicado do Secretariado Executivo do Comité Permanente do partido, enviado à Lusa e em que considera ter-se verificado o que designou como "tamanha violação da legalidade".
Em causa está a detenção durante cinco dias e a condenação a seis meses de prisão, com pena suspensa, e ao pagamento de multa, de Queirós Chilúvia, diretor de informação da Rádio Despertar.
Queirós Chilúvia foi detido na tarde do passado dia 02, junto à Divisão Policial do Cacuaco, um dos distritos de Luanda, depois de ter procurado saber junto da Polícia Nacional a razão dos gritos que tinha ouvido, provenientes do interior das instalações.
O tribunal considerou justa a queixa apresentada pela polícia angolana, por o jornalista ter caluniado a corporação ao entrar em direto na emissão da rádio, que é apoiada pela UNITA, e relatado os factos a que assistiu.
No comunicado de hoje, a UNITA considera que "na árdua missão de cumprir com os pressupostos da Constituição e da Lei", os jornalistas "têm vindo a pagar o preço mais caro traduzido em agressões, prisões, exclusões e até assassinatos", porque, conclui aquele partido, "a separação de poderes e o equilíbrio de competências são um verdadeiro sonho num Estado que se diz democrático e de direito".
"Neste contexto, o Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA exorta à Comunidade Nacional e Internacional que, em defesa da legalidade poderá fazer recurso à Constituição na base do artigo 47º - Direito à manifestação, buscando, assim, frustrar as incessantes prisões e multas ilegais bem como outras formas de agressão aos direitos e liberdades dos cidadãos", conclui o comunicado.
LUSA