quinta-feira, 24 de abril de 2014

MALANJE: Nova unidade policial acusada de receber pagamento para demolicções privadas

MALANJE: Nova unidade policial acusada de receber pagamento para demolições privadas

Posto de Comando Unificado (PCU) nega acusações
Demolições em Viana
Demolições em VianaFonte VOA/Coque MukutaDivulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa24.04.2014                                                                                                                                           TAMANHO DAS LETRAS
 

Uma nova unidade de segurança foi acusada por um activista de receber subornos para derrubar habitações construídas em terrenos particulares.

Com efeito há mais de três meses, o Executivo angolano criou em Luanda uma força conjunta para actuar a nível das reservas fundiárias e agora uma associação ligada aos camponeses acusou os dirigentes daquela Unidade de receberem subornos que podem ir até 8 mil dólares para actuarem em propriedades privadas.

O Posto Comando Unificado – PCU, constituído por agentes da Fiscalização de Luanda, Forças Armadas Angolanas e efectivos da Polícia Nacional, foi criado para controlar as reservas fundiárias do Governo angolano.

Mas Floriano Falcão responsável para administração da associação Anandengue disse que na verdade basta ter dinheiro.

“Eu presenciei uma senhora a pagar 8 mil dólares”, disse Falcão que acrescentou que dessa quantia quatro mil dólares foram destinados “aos homens no terreno” e outros quatro mil para as máquinas necessárias para se efectuarem as demolições.

Falcão disse ainda que nestes casos os camponeses e outros mais desfavorecidos são os que perdem por não terem suporte financeiro para pagar a esta unidade.

A unidade já esteve envolvida em actos de desalojamento de várias famílias nos municípios de Belas, Cacuaco e Viana em zonas que disse serem reservas fundiárias do Executivo angolano.

A Voz da América contactou o responsável daquela unidade que sem gravar entrevista disse que as acusações não correspondem à verdade.

LUANDA: A Mãe que incomoda a Poicia Nacional e exige justiça



A Mãe Que Incomoda a Polícia Nacional e Exige Justiça
Fonte: Maka Angola 
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
 24 de Abril, 2014
Conceição Paciência, de 50 anos, é exigente. Diz ao investigador da Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC) que o seu filho, Paciência de Oliveira, de 27 anos, não irá depor na cadeia onde supostamente se encontra o agente que o alvejou a tiro. Manifesta a sua desconfiança relativamente às intenções da polícia e ajuíza que a acareação entre agressor e vítima não é para ser feita na cadeia. Do outro lado da linha, o instrutor do processo chama-lhe “malcriada” e reitera que só a ela interessa o caso.

Os Factos da Contenda

A 2 de Fevereiro passado, Paciência de Oliveira, cozinheiro de profissão, assistiu ao jogo entre o Stoke e o Manchester United, em reposição, numa lanchonete no bairro da Coreia, nos arredores do Mausoléu. Quando o jogo terminou, já na sua lambreta, o jovem tentou contornar várias poças de água, na estrada, seguindo em direcção a casa.

Segundo o seu próprio depoimento, o jovem parou a motorizada antes de se meter pelo asfalto para limpar a lama dos sapatos. Um patrulheiro da polícia parou à sua frente e dois agentes desceram e abordaram-no, exigindo de imediato a chave da motorizada.

“Eu disse [aos agentes]: vocês têm de ler os meus documentos primeiro. Eu tenho tudo em ordem e só depois posso entregar a chave. Um dos agentes recusou. Disse que era de noite e que não podiam ler os documentos. Por isso, tinham de levar a mota”, explica Paciência Oliveira ao Maka Angola.

Ante a resistência em entregar a motorizada, “os agentes espancaram-me com porretes e pontapés, agarraram-me nos pés e nos pulsos, levantaram-me ao ar e atiraram-me para o chão. Fizeram isso mais vezes”.

Vários cidadãos aglomeraram-se no local do incidente e, de acordo com Paciência Oliveira, manifestaram a sua indignação contra a violência dos agentes. “Um dos agentes, Gelson Xavier, ameaçou dizendo que ‘quem mexer na motorizada será fuzilado’.” Os agentes foram identificados como efectivos da 4.ª Esquadra do Distrito da Maianga.

“Eu tentei proteger a minha motorizada e ele [Gelson Xavier] disparou contra mim, atingindo-me no úmero, no braço direito”, descreve o queixoso.

“O povo [que se juntou no local] pensou que eu tinha morrido e começaram a apedrejar o carro da polícia enquanto outros fugiam”, revela.

Os agentes puseram-se em fuga, com os vidros da viatura partidos pelas testemunhas.

Por solidariedade, um dos presentes transportou o ferido para a Clínica Sagrada Esperança, onde este labora como cozinheiro.

As Razões de Uma Mãe

O disparo contra Paciência de Oliveira revela o estado de delinquência que grassa no seio da Polícia Nacional e os obstáculos intencionais que os cidadãos enfrentam no acesso à justiça.

Desde que o seu filho foi alvejado, Conceição Paciência tem procurado a justiça de forma resoluta. Exige também o pagamento das despesas médicas. O jovem esteve internado duante sete dias.

No dia seguinte à ocorrência, deslocou-se à 4.ª Esquadra para o efeito. “O comandante [superintendente Tinoy] que me recebeu estava a defender os seus homens. Disse que eles tinham sido chamados por um dirigente do MPLA para acabar com uma festa barulhenta e houve rebelião contra os agentes. Por isso eles dispararam”, descreve a mãe da vítima.

“Eu disse que se fosse só a missão do dirigente do MPLA e a polícia estivesse a ser agredida, o partido MPLA ligaria de novo a pedir reforços para ir buscar o povo que estava a atacar a polícia”, acrescenta.

Em resposta, “o comandante disse-me outra coisa, que o povo chama a polícia, mas depois ataca a polícia”.

“Eu disse ao comandante que o javali e o porco têm a mesma carne, porque ele ao invés de agir estava a negar o comportamento dos seus homens. Deu-me apenas o número dele de telefone e mandou-me embora.”

Insatisfeita, a cidadã deslocou-se, no mesmo dia, à Procuradoria Militar, para apresentar queixa. Debalde. Encaminharam-na para a Polícia Judiciária Militar.

O advogado Zola Bambi, da Associação Mãos Livres, refere que a Procuradoria Militar “preferiu manter uma sombra de dúvida e tratou o caso como um acto de delito comum, recusando-se a proceder com a queixa”.

Por sua vez, a Procuradoria Judiciária Militar “aconselhou” Conceição Paciência “a ir para um sítio onde o caso pudesse ser tratado com rapidez”, mandando-a para o Comando Provincial da Polícia Nacional.

O Comando Provincial registou, finalmente, a queixa de Conceição Paciência. “Mas nunca mais me chamou, nem ao meu filho”, conta.

No entanto, Conceição Paciência recebeu uma chamada do comandante da 4.ª Esquadra, à noite, informando-a que falou com o seu filho, que ainda se encontrava internado, e dando pormenores sobre a investigação por si realizada no local do crime.

A 5 de Fevereiro, o referido comandante e a mãe, segundo depoimento desta, deslocaram-se ao local do crime e falaram com testemunhas. “O comandante recolheu os números de telefone de testemunhas que querem falar em tribunal e mandou abrir um processo.”

Conceição Paciência levou o processo à 1.ª Esquadra, na Ilha de Luanda, conforme instruída. Foi ouvida e recebeu o número do processo como sendo 691/14-INQ. Por sua vez, a 1.ª Esquadra despachou-a para a 2.ª Esquadra, no Bairro do Cruzeiro, no Distrito da Ingombota, com o processo para seguimento.

“O comandante da 2.ª Esquadra recusou o processo. Disse que só recebe detidos e mandou-me de volta para a 1.ª Esquadra. Na Ilha [1.ª Esquadra], para onde me enviaram, insistiram que tinha de ser mesmo na 2.ª Esquadra”, lamenta esta mãe diligente.

A ciranda pelas esquadras continuou. A 8 de Fevereiro, Conceição Paciência regressou à 1.ª Esquadra para saber do processo e foi informada de que não havia processo algum, por ora, tendo sido reencaminhada para a 2.ª Esquadra, que a devolveu à 1.ª Esquadra.

“Eu disse ao oficial, na 2.ª Esquadra, que quando o povo começa a ofender a polícia dizem que o povo é mau. Como é que me dão essas voltas todas? Eu avisei-os que falaria à imprensa”, explica, irritada.

“Só assim, depois de muitas voltas, o Sr. Pereira [oficial da 2.ª Esquadra] tirou o processo da gaveta dele e deu-me o número verdadeiro do processo [1195/014/02]. Afinal, na 1.ª Esquadra, tinham-me dado um número falso.”

O caso foi remetido à Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC).

Uma Saga Sem Fim à Vista

Fonte policial refere que “a vítima foi convocada duas vezes para se deslocar à Comarca de Viana, onde o agente se encontra detido, para se fazer a acareação, mas que não compareceu. A responsabilidade é deles [da família], porque o interesse é deles.”

“Mas a cadeia é lugar para ouvir as vítimas? A polícia disparou contra o meu filho. Como agora nos querem levar para a cadeia deles para nos ouvirem lá? Isso é certo? Eu disse ao meu filho: na cadeia não vamos”, reitera Conceição Paciência.

Em sua defesa, Conceição Paciência argumenta que “mesmo os bandidos são ouvidos em tribunal”.

O advogado Zola Bambi, da Associação Mãos Livres, considera que o pingue-pongue empreendido pelas entidades policiais e judiciais, no caso de Paciência Oliveira, tem como “objectivo desgastar psicologicamente a família e fazê-la desistir da queixa para arquivamento do caso”.

Paciência Oliveira continua a receber cuidados médicos, devido à gravidade da fractura do úmero, que ainda tem um aparelho fixador. A sua próxima consulta é a 28 de Abril.

“O comandante da 4.ª Esquadra prometeu-nos que exigiria, à família do agente Gelson Xavier, que fez o disparo, o pagamento dos danos ao carro da polícia e do tratamento do ofendido. Nunca mais fez nada”, lamenta Conceição Paciência.

A clínica tem estado a deduzir os subsídios do seu cozinheiro, que variam mensalmente entre 30,000 (US $300) a 50,000 kwanzas (US $500) para o pagamento da dívida pelo tratamento. Paciência Oliveira explica que o seu salário base é de apenas 20,000 kwanzas (US $200). “Tenho três filhos e renda de casa para pagar, como posso sobreviver com 20,000 kwanzas mensais?”, questiona.

A Versão Policial

Maka Angola partilhou a narrativa da vítima com o Gabinete de Comunicação e Imagem do Comando Provincial da Polícia Nacional de Luanda, a 12 de Abril, com vista à obtenção de uma resposta oficial.

O referido gabinete desdobrou-se em iniciativas internas para o apuramento do caso e para providenciar a devida resposta, tendo ouvido, nomeadamente, Paciência de Oliveira. Foi através desse processo que se ficou a saber que o autor do disparo, o agente Gelson Xavier, se encontra em liberdade.

Por sua vez, o instrutor da DPIC, que se identificou apenas como Augusto, marcou para o dia 23 de Abril, ontem, o encontro de acareação entre o agente Gelson Xavier e Paciência de Oliveira.

Segundo a vítima, o instrutor Augusto deu anteriormente o dito pelo não dito. “[O instrutor] disse que não entende qual é o problema, criticou-nos por termos arranjado advogado e afirmou que já não vai fazer nada”, afirmou o jovem cozinheiro.

Conceição Paciência, mãe da vítima, telefonou ao advogado Zola Bambi. Bambi esclareceu que o procedimento correcto, por parte da investigação criminal, deve ser o de notificação por escrito de ambas as partes.

De acordo com Zola Bambi, “o instrutor ofendeu a família, tratou-os da pior maneira e eu pedi que se retirassem do local para evitarem mais humilhações”.

“Eu disse ao instrutor Augusto que, hoje em dia, a razão é só da polícia. Nós, do povo, temos de aceitar todos os abusos. Vamos fazer mais como?”, lamenta Conceição Paciência.

Por sua vez, o comandante da 4.ª Esquadra, superintendente Tinoy, confirma que o agente Gelson Xavier se apresentou à unidade com mandado de soltura.

“Nós detivemos o agente e responsabilizámo-lo criminalmente. Outros passos já não dependem de nós. É tudo o que temos a dizer”, afirma o comandante.

Maka Angola reconhece o profissionalismo e a boa vontade do Gabinete de Comunicação e Imagem do comando provincial em realizar o seu trabalho.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

NAMIBE: Macacos atacam no Namibe

Macaco ataca no Namibe

Pelo menos dez pessoas feridas cinco das quais hospitalizadas. A polícia abateu "Zé Grande", o macaco enfurecido
TAMANHO DAS LETRAS 
Fonte: VOA/Armando Chicoca
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
Pelo menos dez pessoas ficaram feridas, cinco das quais permanecem hospitalizadas, na sequência de um ataque por um macaco que fugiu de uma jaula no parque infantil do Namibe.

O macaco, conhecido como Zé Grande, fugiu quando um homem tentava mudar o cadeado da jaula.

Carlos Roberto Araújo disse que o cadeado se encontrava enferrujado e que decidiu mudá-lo para evitar que o mesmo acabasse por facilitar a fuga do “Zé Grande”.

Este escapou e atacou várias pessoas antes de ter sido morto a tiro pela polícia.

Araújo, de nacionalidade brasileira, disse que os macacos naquela jaula são mal tratados pelas crianças que lhes atiram pedras e garrafas. Ele próprio foi mordido numa perna pelo macaco.

Uma fonte dos serviços veterinários disse à Voz de América que os animais existentes no parque infantil do Namibe nunca foram vacinados contra a raiva, embora não se saiba se o Zé Grande estava ou não afectado pela raiva.

Esta é a segunda vez que macacos do parque infantil local atacam pessoas indefesas nas artérias da cidade.

CABINDA: Dirigente da CASA-CE acusa governadora de Cabinda de o tentar subornar

Dirigente da CASA acusa governadora de Cabinda de o tentar subornar

Fernando Lello diz que lhe ofereceram casa, carro e dinheiro para se demitir do seu partido
Angola Cabinda governor Aldina da LombaAngola Cabinda governor Aldina da Lomba
TAMANHO DAS LETRAS 

Fernando Lello, representante da CASA-CE em Cabinda, confirma na primeira pessoa, ter sido aliciado a abandonar a formação política a que pertence em troca de casa, carro e dinheiro.

Em entrevista exclusiva, Fernando Lello, explicou que o assédio à sua pessoa tinha sido feito primeiro por interpostas pessoas e mais tarde pela própria governadora Aldina da Lomba que tentou convencê-lo a “aceitar a ajuda” do Governo por supostamente haver informações que apontavam para o seu iminente afastamento da direcção da CASA-CE em Cabinda.

Lello disse que negou a “oferta” de imediato porque tem más recordações do regime do MPLA.

“Eu não preciso nem carro nem de casa. Estou habituado a sofrer”, disse. 

Fernando Lello, que  já foi correspondente da rádio Voz da América em Cabinda, tinha sido julgado e condenado a 12 anos de prisão por um tribunal militar local, em Setembro de 2008, por alegada prática de crime contra a segurança do Estado e instigação à rebelião armada no enclave.

Lello viria a ser libertado, um ano depois, por falta de provas, na sequência de uma deliberação do Supremo Tribunal Militar angolano.

Não foi possível ouvir a versão do Governo de Cabinda não obstante o esforço da Voz da América neste sentido.

MAPUTO: Impasse na mesa do dialogo em Moçambique

Impasse na mesa do diálogo em Moçambique

No diálogo de surdos, ambas as partes manifestam posições bem divergentes quanto às Forças de Defesa e Segurança.
Paz em MoçambiquePaz em Moçambique
TAMANHO DAS LETRAS 

O Governo e a Renamo continuam a não entender-se em duas matérias que podem atrasar ainda mais os acordos que ambos dizem pretender: os termos de referência dos observadores internacionais e a desmilitarização da Renamo.

O chefe da delegação negocial do Governo foi peremptório e disse não haver lugar à paridade com a Renamo nas Forças de Defesa e Segurança

O ministro da Agricultura José Pacheco sublinhou que a reestruturação das Forças de Defesa e Segurança é uma competência do Presidente da República, na sua qualidade de Comandante-Chefe, e não está em discussão na mesa do diálogo.

José Pacheco adiantou ainda que para as Forças de Defesa e Segurança existe um processo normal de recrutamento de cidadãos dentro do qual não se observa o princípio de filiação partidária de quem quer que seja.

Pacheco lembrou que a própria Renamo é defensora da despartidarização da Função Pública, mas contradiz-se quando impõe a sua partidarização.

Por seu lado, o chefe da Delegação da Renamo Saimone Macuiane diz que assim que o Governo aceitar a paridade, o seu partido não necessita ter nenhuma arma, deixando claro ser esta uma condição essencial para qualquer acordo entre as partes.

Frente a este autêntico diálogo de surdos, registam-se apenas  sessões sem acordos.

Com o ponto sobre a missão dos observadores por concluir, a Renamo diz que sem acordo sobre as suas exigências militares não pode haver discussão sobre a missão dos observadores. O Governo reitera que não cederá e que não haverá paridade nas forças de Defesa e Segurança.

PRAIA: PAICV e MDP acusam-se mutuamente de bloquear nomeação dos juizes do Tribunal Constitucional

PAICV e MpD acusam-se mutuamente de bloquear nomeação dos juizes do Tribunal Constitucional

Presidente da República Jorge Carlos Fonseca ouve líderes parlamentares para tentar encontrar uma saída.

Fonte: VOA/Alvaro Ludgero Andrade
Divulgação: Planalto De Malanje Rio Capôpa
23.04.2014
Assembleia Nacional, Cabo VerdeAssembleia Nacional, Cabo Verde
TAMANHO DAS LETRAS 


Em Cabo Verde, os dois principais partidos não chegam a acordo sobre os nomes para os chamados órgãos externos do parlamento, como o Tribunal Constitucional e a Entidade Reguladora da Comunicação Social, e continuam a trocar acusações.

O presidente da República Jorge Carlos Fonseca tomou a iniciativa de ouvir os grupos parlamentares do PAICV, que suporta o governo, e do MpD, na oposição, na tentativa de levar os dois partidos a se entenderem quanto aos nomes para o Tribunal Constitucional e a Entidade Reguladora da Comunicação Social.

Este processo arrasta-se há cerca de 15 anos e há sectores que começam a questionar a real necessidade desses dois órgãos se até agora o país tem funcionado normalmente.

Fernando Elísio Freire, líder parlamentar do MpD, acusou à saída do encontro com o presidente da República, o PAICV de bloquear o processo devido à sua agenda interna, ou seja a corrida à liderança do partido. Freire diz que neste momento há cinco nomes em cima da mesa.

Por sua vez, o líder da bancada parlamentar do PAICV Felisberto Vieira devolve a acusação ao MpD e diz que a oposição está a fazer teatro. Vieira vai mais longe e afirma que o MpD não pode inverter a lógica da política democrática.

Este tema faz aumentar a temperatura política entre os dois principais partidos, sempre que regressa à agenda parlamentar.

No passado mês de Fevereiro, os dois indicados para presidiram o Tribunal Constitucional e a Entidade Reguladora da Comunicação Social vieram a público recusar o convite devido à forma como o assunto tem vindo a ser tratado.

LUANDA: Secretismo obscurece e trama Samakuva após encontro com JES

Secretismo obscurece e trama Samakuva após encontro encontro com JES

Fonte: Planalto De Malanje Rio Capôpa
23.04.2014

Luanda - Ninguém sabe o que se passou na cidade alta quando o dono da cidade alta recebeu o seu aliado de regime Isaías Samakuva em privado! Samakuva já completamente desgastado pelo excesso de tempo afrente dos destinos do Galo Negro, começa a dar sinais de envelhecimento derivado ao desgaste provocado pelo longo período de permanência na presidência do partido! Esta situação faz com que Isaías Samakuva não tenha ainda percebido que chegará a hora de fazer diferente e melhor que o ditador, e sair do poleiro pela porta da frente.

Fonte: Club-k.net
O QUE FOI DISCUTIDO DE RELEVANTE NO ENCONTRO ENTRE O CHEFE DA DITADURA E O SEU PARCEIRO DE REGIME ISAÍAS N'GOLO SAMAKUVA?
A pergunta que corre por toda parte dentro e fora do país é unanime; afinal o que foi fazer o líder da UNITA a casa de mando da republica do pai banana? O que estaria na origem que levou o líder vitalício da UNITA a visitar o seu amigo no seu palácio privado? Ou melhor, o que estaria na base de tanto secretismo relacionado com o encontro quase as escondidas que manteve com o ditador angolano seu parceiro de regime?

Segundo mentes mais abertas da sociedade civil que acompanham a longo tempo a dinâmica do presidente da republica, afirmam que talvez o líder do galo negro tenha ido à cidade alta acertar a qualidade e a quantidade percentual que obterá na próxima fraude nas eleições autárquicas que se realizarão eventualmente em 2014 ou em2015!

De uma maneira ou de outra, o que toda a sociedade politica independente não entendeu e a levou a ficar com a pulga na orelha é intrigante razão que levou o presidente da UNITA a embrulhar-se numa trama tão embaraçante e perigosa ao visitar o covil do lobo, sem razão nenhuma aparente e, sobretudo por ter sido recebido pelo presidente da ditadura sem que nenhum anúncio sobre o facto fosse revelado!

O presidente do maior partido da oposição terá de ter em conta, que não esta sozinha na oposição em Angola, todo cidadão desejaria estar informado sobre o encontro, e isso teria de ser feito sem tabus e sem suspense, mentira e sem omitir nada sobre o que foi dizer e/ou ouviu do ditador. A curiosidade pariu na mente fotográfica dos populares uma imagem negativa sobre a credibilidade de Isaías Samakuva, agora todos querem conhecer, em que condições o líder do maior partido da oposição foi recebido pelo seu presidente e parceiro no fortalecimento da ditadura!

Pior que tudo isso é o silencio que se faz sentir nas hostes da UNITA, no que toca da parte do regime, nota-se que a casa de segurança militarizada do presidente da republica está a morrer de contente por ter conseguido ensombrar definitivamente a credibilidade do líder da UNITA com esse encontro quase secreto. Toda imprensa nacional e externa e o povo em geral, só tomou conhecimento do encontro após Isaías Samakuva ter saído do encontro e veio a terreiro dizer nada sobre nada do que havia conversado com o seu parceiro de regime.

SAMAKUVA QUEBROU A POUCA CONFIANÇA QUE HAVIA ENTRE A UNITA E A SOCIEDADE POLITICA ATIVA EXTRAPARTIDARISTA.
Isaías Samakuva foi promiscuo por ter aceitado encontrar-se com um presidente eleito fraudulentamente. Primeiro por não ter aceitado na altura o resultado das eleições fraudulentas, que acabaram por catapultar novamente JES para o poder! Por outro lado, Samakuva e o seu partido não participaram na cerimonia de investidura do tirano como forma de reivindicar os resultados eleitorais pela terceira vez fraudados pela casa de segurança militarizada, ou estariam apenas a representar?

Samakuva falhou foi deveras sarcástico por não participar nem partilhar o resultado do encontro tido à revelia do povo que o elegeu líder maior da oposição. I Samakuva quebrou a pouca confiança que existia entre a sociedade politica, civil e cívica ativa e a toda militância da organização politica que infelizmente está a leva-la ao suicídio.

Sempre que existiram controvérsias em torno de qualquer situação politica adversa e/ou conturbada no nosso país, Samakuva e a UNITA habituaram-nos as suas frequentes conferências de imprensa, para ali esgrimir e explicar os pontos divergentes que eventualmente poderiam divergir com o pensamento politico do regime claudicante e a sua organização politica.

 Mesmo quando existiram inegáveis atropelos a liberdade que resultaram muitas vezes em assassinatos de membros da sociedade civil em geral e em particular de militantes seus idênticos ao que aconteceu com o caso de Cassule e Kamulingue, a UNITA sempre se pautou em esclarecer tudo em múltiplas conferencias de imprensa promovida nas inúmeras unidades hoteleiras, que felizmente o país possui para informar o que de facto estava a acontecer.

O QUE LEVOU A UNITA E O SEU LÍDER A QUEBRAR ESSA PRATICA DEMOCRATICAMENTE ACEITE POR UNANIMIDADE NO SEIO DA SOCIEDADE POLITICA! AFINAL O QUE ESTÁ POR TRAZ DESSE ENCONTRO PRECIPITADAMENTE ORQUESTRADO ENTRE OS DOIS PARCEIROS DE REGIME TOTALITARISTA?
Esse encontro extraordinário marcou de modo sinuoso os esforços das oposições buscar consensos e minou de sobremaneira a confiança de si já fraquíssima entre as oposições que se encontram hoje completamente desencontradas. A maneira como aconteceu esse encontro, e o segredo que paira sobre o mesmo, quebrou toda e qualquer sintonia entre as oposições e a anuência dessa situação é totalmente do partido de Samakuva.

Hoje a aceitação e a credibilidade entre a UNITA de Samakuva e a intelectualidade nacional e a sociedade civil e cívica ativa, assim como em toda a sociedade politica partidária nacional situa-se em zero vírgula zero por cento (0,0%) por exclusão de culpas da parte dos demais partidos da oposição com acento e/ou sem acento no parlamento da discórdia nacional.
O país obteve oficialmente da UNITA um curtíssimo comentário informativo imitido pelo secretario da informação e das relações internacionais da UNITA, onde deu a conhecer com inusitada leviandade e leveza encontradas nas palavras disformes apresentadas. Alcides Sakala falou tanto sem nunca descrever as razões objetivas que levaram ao secretismo desse encontro acorrido entre o ditador e o candidato I Samakuva!

O próprio site da UNITA nada traz de substancial acerca desse desencontrado encontro entre dois atores comediantes da nossa praça politica, Sakala frisou apenas que, assuntos relacionados com a angola profunda foram à principal preocupação levada à reunião entre JES e o líder do galo negro!
QUAL FOI A ANGOLA PROFUNDA QUE DESTA VEZ FOI TRAMADA PELOS DOIS PARCEIROS DE REGIME?
Afinal que tipo preocupação e de que Angola profunda foi levada discussão junto do ditador pelo guardião do secretismo Samakuva que JES não soubesse já? Por acaso o presidente Samakuva trabalha para o ditador para decidir fechar negociações sem consultar o a sua base eleitoral e o povo que votou na UNITA?

Qual a razão que levou a UNITA a fechar a sete chaves o verdadeiro motivo do encontro e manter em segredo o que resultou desse encontro? O que de facto foi verdadeiramente tratado nesse tenebroso e desconfiante encontro entre as duas comadres que fingiam estar distanciadas e de costas viradas para tão de repente decidirem encontrar-se e amarem-se uma a outra longe dos holofotes?

ISAÍAS SAMAKUVA E A SUA UNITA TEM DE PERCEBER QUE NÃO SÃO O TODO DA OPOSIÇÃO ANGOLANA, E MUITO MENOS REPRESENTE A MAIORIA DE TODA A OPOSIÇÃO PARTICIPATIVA DO PAÍS. QUERO LEMBRAR O MEU KAMBA DE LONGA DATA SAMAKUVA, QUE O DITADOR E A CASA DE SEGURANÇA MILITARIZADA NÃO PODEM NEM TÊM CACIFO PARA COMPRAR CONSCIÊNCIA DE TODOS ANGOLANOS!

O presidente da UNITA e eu somos amigos de longa data, somam já mais de vinte e cinco anos que somos bons amigos, e amigo não é aquele que nos bate nas costas, mas sim aquele que diz frontalmente na cara a verdade do que de errado se passa no âmbito das suas atribuições politicamente falando. Essa é a minha maneira grata de contribuir com gratidão e demonstrar minha extremosa amizade por aqueles que prezo ser amigo e que representam mais que o simples cumprimento ou aperto de mão.

Vistas as coisas por esse prisma, quero informar ao líder da UNITA o seguinte: É pena, mas é pura verdade que infelizmente o presidente de Angola e do meu partido, pode sim comprar muita coisa e muitas gente com as somas avultadas roubadas do nosso erário publico. Porem reserva-me ao direito de informar taxativamente o presidente da UNITA, que apesar de muita gente ser comprada pelo regime para estes realizarem o trabalho sujo denigrindo o caráter firme e honesto de muitos bons nacionalistas.

Ainda assim, o ditador e seus comparsas acoitados no interior da casa de segurança militar situada na cidade alta, não estão em condições nem pode de modo algum comprar tudo e todos, porque existem pessoas nascidas em Angola que não têm preço para que sejam compradas, por serem pessoas com caráter forjado na luta de libertação, e, que venceram financeiramente em negócios realizados com honestidade em outras paragens do planeta, e por isso, são invendíveis, ou seja, não são de maneira alguma compráveis.

A UNITA É UM GRANDE PARTIDO, MAS ESTÁ MUITO MAL ACONSELHADA, OU TEM FALTA DE CONSELHEIROS A ALTURA DAS NECESSIDADES PREMENTES DO PARTIDO COM UMA VISÃO DOCUMENTADA COM A VERDADE POLITICA NACIONAL.
A UNITA não está nesse momento a trilhar um bom caminho, ela precisa diluir-se urgente no seio da sociedade civil para que seja aceite pela sociedade angolana no seu todo. Até os dias de hoje, a Unita não tem marcado a diferença no xadrez politico nacional, aliás, nenhum dos partidos com assento parlamentar hoje goza da simpatia incondicional do povo votante, todos eles estão abaixo das expectativas do que verdadeiramente o povo esperava deles.

Mas a UNITA tem claudicado tremendamente, mas desta vez atropelou tudo e todos ao prescindir dos maiores objetivos, a UNITA desta vez frustrou muito profundamente o sonho de muitos angolanos que nela votaram incondicionalmente nela como alternativa para que o país encontra-se outra via de desenvolvimento.

O país politico e social está à deriva do jeito como o ditador desejava. JES apunhalou e desacreditou profundamente a UNITA perante toda a sociedade, uma vez mais a UNITA titubeou ao permitir que o seu mais ilustre militante se encontrasse secretamente com inquilino vitalício da cidade alta sem antes manifestar tal intenção.

QUANDO É QUE A UNITA VAI TER OLHOS DE VER E PERCEBER QUE NÃO ESTÁ ENM CONDIÇÕES PARA CAMINHAR ORGULHOSAMENTE SÓ!
Nada disso foi feito, e pior que tudo, foi vermos um líder sair de um encontro completamente conformado com o que ouviu e viu e ainda por cima ficou contente por ter sido recebido pelo presidente imortal JES! Samakuva teria ido à cidade alta receber eventualmente orientações do seu sócio JES que estejam relacionadas com a viagem que este realizará no dia 29 de Abril a França?

A UNITA NÃO PERTENCE MAIS A SAMAKUVA NEM AS GENTES DO SUL DE ANGOLA! A UNITA SE QUER CHEGAR A ALGUM LUGAR TERÁ DE MUDAR DE ESTRATEGIA E PERCEBER QUE O PODER EM ANGOLA JOGA-SE EM LUANDA. A UNITA TERÁ QUE TER MUITA ATENÇÃO COM SEU ESTILO TIPO SERVILISTA DE FAZER POLITICA OBEDECENDO AO CHAMADO DO DITADOR.  UNITA NÃO PODE ESTAR CONDICIONADA PARA SATISFAZER OS CAPRICHOS DELIRANTES DO ARQUE INIMIGO DOS ANGOLANOS.

Isaías Samakuva tem de perceber que para chegar à quantidade de deputados que possui no parlamento resultante da fraude eleitoral de 2011, foi graças aos votos conseguidos maioritariamente dos populares que estão em rota de colisão com MPLA e, sobretudo pelos votos dos independentes que não desejariam ver nunca mais o ditador e sua família no comando dos destinos do nosso país.

Ora essas pessoas precisam e exigem mais respeito e melhor acolhimento no centro das decisões a serem tomadas pela UNITA e pelo seu presidente. Nos evasivos pronunciamentos da liderança da UNITA e nas desconcertantes atitudes extasiantes tomadas à revelia afastaram de sobremaneira a UNITA dos populares e não só. A UNITA precisa estar atenta em futuras incursões junto do inclino da cidade alta, pois o povo e toda a sociedade civil ativa esperam e agradece que todas as démarches futuras sejam levadas em conta a vontade de toda oposição e o povo em geral.

Angola não quer nunca mais conviver com segredos situacionistas como aqueles que infelizmente existiram no passado recente nas vergonhosas reuniões vagabundas chamadas de reconciliação nacional!

A DIREÇÃO DE SAMAKUVA NÃO TEM CREDIBILIDADE SUFICIENTE PARA CONTINUAR A COMANDAR A UNITA. PARA BEM DO PARTIDO UNITA, FAZ-SE NECESSÁRIO A CONVOCAÇÃO URGENTEMENTE DE UM CONGRESSO PARA DECIDIR O FUTURO DA UNITA E DE ISAÍAS SAMAKUVA.

Agora um conselho pessoal ao presidente da UNITA. Peço ao meu caro amigo Sam, que não faça feio igual ao seu parceiro de ditadura JES! Mude o foco da sua atividade politica, congele sua ambição de continuar na presidência do partido que dirige, saia em quanto pode pela porta da frente, não se envaideça nem tente jamais perpetuar-se no poleiro da presidência da UNITA, pois mais lá para afrente, o preço a pagar pela sua organização será tremendamente avultado.

Meu amigo o povo não deseja que a UNITA sucumba por sua causa, ninguém mais em Angola suportaria outro ditador em formação. Saio enquanto ainda lhe resta algum respeito, vá-se embora, saia com urgência do lugar de presidente vitalício da UNITA! Seja coerente e deixe o dê oportunidade a outros valentes da UNITA como o general NUMA dentre outros bons quadros que a UNITA formou e possui nas suas fileiras. Permita que outros quadros venham dirigir o partido com outro formato, e, que sejam mais contundentes nos seus posicionamentos políticos.

O presidente Samakuva está em condições mais que privilegiadas de se tornar o ancião conselheiro principal de qualquer quadro que venha a conduzir os destinos da UNITA e se necessário for, voltar à presidência do partido para sanar qualquer situação que perigue a UNITA descambar como grande partido.

É preciso direcionar corajosamente a UNITA para outro mais elevado patamar da alta politica para tira-la do encurralamento em que foi colocada. Permita outros quadros do seu partido fazer mais e melhor para marcar a diferença e levar o grande partido que é a UNITA a um mais direto confronto politico, mais acutilante e eficiente baseado na coragem e na diferença para tirar o partido que o senhor comanda da vulgar e continuada monotonia habitual em que está votado.